Queima de arquivo ou ataque hacker? MPF pede investigação sobre ‘apagão’ nos computadores da Presidência
Formatação dos computadores da Presidência teria ocorrido cinco dias depois da confirmação da derrota de Bolsonaro para Lula
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) pediu na sexta-feira a abertura de uma investigação sobre um "apagão" de documentos nos computadores do Palácio do Planalto.
A suposta formatação dos computadores da Presidência da República teria ocorrido em 4 de novembro, cinco dias depois da confirmação da derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições.
A notícia foi publicada em primeira mão pelo portal Metrópoles.
O que o MPF quer saber
O órgão pediu que a Secretaria-Geral da Presidência explique de quem partiu a ordem de formatação dos HDs e se algum procedimento administrativo foi aberto para investigar as causas e os responsáveis.
O MPF disse que os "fatos são graves e suficientes para instaurar uma investigação". Também afirmou que a Presidência da República não esclareceu se computadores foram formatados, se arquivos foram danificados ou apagados, se dados sensíveis foram vazados, se dados públicos foram perdidos ou se houve alguma apuração interna sobre a origem do ataque.
"Faz-se necessário, assim, para a adequada proteção do patrimônio público e para a segurança da informação constante de bancos de dados da maior relevância para o Estado brasileiro, que todas as circunstâncias do suposto ataque e da suposta formatação sejam apuradas, bem assim que os agentes públicos envolvidos na ocorrência sejam ouvidos, para melhor esclarecer os fatos, seus desdobramentos e consequências", diz um trecho do documento que pede abertura da investigação.
O procedimento foi aberto depois que o portal Metrópoles revelou que HDs de equipamentos da Presidência da República estariam sendo formatados em razão de uma suposta ameaça aos sistemas e aos bancos de dados.
O que diz a Presidência sobre os computadores
A Secretaria-Geral da Presidência disse que um "malware" foi detectado em algumas estações de trabalho. A suposta infecção, segundo a nota divulgada, teria ocorrido por meio de "phishing" - técnica usada na internet para o roubo de dados confidenciais.
A pasta garantiu que não houve vazamento de dados, nem comprometimento de sistemas hospedados na rede da presidência.
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