Eleições 2022: Após conversa com chefe da Polícia Rodoviária Federal, ministro Alexandre de Moraes pede fim das operações e nega estender horário de votação
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, disse que não houve prejuízo ao voto dos eleitores e que investigação posterior será realizada
Um único assunto monopolizou as redes sociais ao longo da manhã e das primeiras horas desta tarde (30) de eleições — as operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em diversas rodovias do país, contrariando ordens expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia anterior.
De acordo com levantamento realizado pelo portal de notícias G1, das 560 operações mapeadas, 272 delas (49,5%) aconteceram no nordeste, seguida por 59 no Norte, 48 no Sudeste e 48 no Sul do país.
Para diversos parlamentares e autoridades, a concentração de operações no Nordeste, reduto eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva levantou suspeitas. O PT chegou a acionar o TSE para coibir as operações e ampliar o período de votação.
Depois de se reunir com Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou a possibilidade de estender o horário de votação para além das 17h nas regiões atingidas.
Em coletiva de imprensa, Moraes afirmou que a PRF iria suspender todas as operações que estavam sendo realizadas e garantiu que, apesar do transtorno causado e a demora para se seguir viagem, nenhum veículo foi impedido de chegar ao seu destino final.
Segundo o ministro, Vasques, da PRF, disse que as operações realizadas tinham como base o código de trânsito brasileiro, sem intenção de descumprimento da decisão do TSE.
A motivação e extensão das operações serão investigadas posteriormente pela Corte.