🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
No Seu Dinheiro você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.
ELEIÇÕES 2022

Quatro anos esta noite: a trajetória de Lula da prisão à volta ao Palácio do Planalto

Sentença de 12 anos de cadeia, 580 dias detido, condenação anulada, candidatura em 2022, aliança com Geraldo Alckmin — a trajetória do petista até a conquista do terceiro mandato como presidente

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
30 de outubro de 2022
20:09
Luiz Inácio Lula da Silva de terno cinza escuro bate aplaudindo
Luiz Inácio Lula da Silva - Imagem: Ricardo Stuckert/Flickr Lula Oficial

Essa história poderia ter sido contada há quatro anos, mas a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em abril de 2018 adiou a chance de uma vitória que só veio agora, no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Os 580 dias em que esteve detido sob determinação do então juiz Sergio Moro tiraram não só a livre circulação de Lula como a possibilidade de o petista concorrer e derrotar Jair Bolsonaro (PL) na corrida ao Palácio do Planalto daquele ano.

A sentença de 12 anos de prisão definiu as eleições de 2018, marcadas por um sentimento antipetista após os escândalos de corrupção ligados à Operação Lava Jato. Lula liderava as intenções de voto naquele momento.

Na segunda semana de setembro, o PT anunciou oficialmente que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, substituiria Lula na urna. A partir dali, os principais institutos passaram a apontar Bolsonaro como o favorito.

No primeiro turno, Bolsonaro recebeu 49,3 milhões de votos, ou 46% dos votos válidos, terminando na liderança e indo para o segundo turno contra Haddad, que recebeu 31,3 milhões de votos (29%). 

No segundo turno, 57,8 milhões de eleitores, ou o equivalente a 55% dos votos válidos, escolheram Bolsonaro como o presidente do Brasil.

Leia Também

Exatos 1.435 dias depois da vitória de Bolsonaro naquele 28 de outubro de 2018, a história é bem diferente. 

O antibolsonarismo se tornou a bola da vez e serviu como um dos principais motores para a vitória de Lula no segundo turno das eleições presidenciais deste ano — o primeiro presidente a ocupar pela terceira vez o Palácio do Planalto. 

Com 99,24% das urnas apuradas, Lula venceu com 50,85% dos votos válidos contra 49,15% de Bolsonaro.

Lula livre

Em julho de 2017, Moro condenou Lula a nove anos de prisão. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) referendou a decisão em janeiro do ano seguinte e aumentou a pena para 12 anos.

Após ter um habeas corpus negado, Lula foi preso no dia 7 de abril de 2018 para fins de execução provisória da pena, então considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Depois disso, Sergio Moro deixou a carreira concursada no Judiciário para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública por indicação de Bolsonaro. 

A escolha do ex-juiz para comandar a pasta à qual é subordinada a Polícia Federal gerou críticas de petistas, que acusaram Moro de ter agido politicamente ao prender Lula e tirá-lo da disputa eleitoral.

Lula deixou a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba em 8 de novembro de 2019, após ficar 580 dias preso.

“Eu saio daqui sem ódio. Aos 74 anos meu coração só tem espaço para amor porque é o amor que vai vencer neste país”, afirmou Lula na ocasião da soltura. 

O petista foi beneficiado por uma decisão do STF segundo a qual a prisão só poderia ocorrer após o trânsito em julgado, e não após condenação em segunda instância, revertendo entendimento que o próprio tribunal havia adotado em 2016.

Se a prisão de Lula não durou muito, assim também foi a passagem de Moro pelo governo de Bolsonaro. Ele deixou o cargo em abril de 2021 e acusou o presidente de tentar interferir politicamente na Polícia Federal — a acusação virou um inquérito que até hoje está em andamento no Supremo.

Naquele mês, o plenário do tribunal formou maioria para decidir que o juiz havia atuado de forma parcial nos processos envolvendo Lula. O tema terminou de ser julgado em março, e a 2ª Turma do STF decidiu pela suspeição de Moro por 3 votos a 2. 

Até março de 2022, todos os processos envolvendo Lula foram extintos ou arquivados, seja por falta de provas ou devido a prazos de prescrição.

Lula volta como candidato

No dia 7 de maio de 2022, Lula lançou sua pré-candidatura a presidente da República. Ele foi o primeiro a divulgar oficialmente o nome do vice: o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB) — uma união patrocinada pelo sentimento antibolsonarista que era impensável há alguns anos. 

Na ocasião, Alckmin afirmou que “nenhuma divergência do passado, nenhuma diferença do presente nem as disputas de ontem e nem as eventuais discordâncias futuras serão motivos para que ele deixe de apoiar e defender com toda a convicção a volta de Lula à presidência”.

Como uma espécie de copiloto de Lula e dando garantias de que o governo será pacificador, de centro e responsável, Alckmin foi um trunfo e tanto ao colega de chapa.

Ao sinalizar um governo a quatro mãos, Lula conseguiu minimizar a percepção de risco de sua candidatura — parte do porquê o mercado deu um voto de confiança ao petista se dá muito em função de Alckmin como vice. 

Lula vinha repetindo que seu mantra para a economia é estabilidade, credibilidade e previsibilidade — um tripé que traduz para muitos agentes de mercado e empresários o que é Alckmin para o governo petista. 

Mas Lula não voltou ao Palácio do Planalto só com a ajuda de Alckmin. Outros cinco partidos — PCdoB, PSOL, Rede, Solidariedade e PV — também apoiaram o petista no primeiro turno.

Nesta segunda etapa, Lula conseguiu ainda mais apoio, com os maiores economistas do país ao seu lado, além da senadora Simone Tebet (MDB) — fundamental para a conquista de votos entre empresários brasileiros.

O que vem por aí?

Lula terá pela frente um país dividido e uma de suas principais missões será conseguir sanar a fratura entre petistas e bolsonaristas — que pode custar caro ao seu governo.

Em 2002, quando venceu José Serra (PSDB) no segundo turno com 61% dos votos válidos, Lula revisitou o poder das alianças.

Na ocasião, a vitória do petista só foi possível por conta da aliança com grupos conservadores da política brasileira e da promessa de que adotaria medidas pragmáticas para a economia, anunciando que respeitaria todos os compromissos que o Brasil possuía com o capital estrangeiro.

Lula assumiu o Palácio do Planalto em 1º de janeiro de 2003 com uma agenda que combinava ortodoxia econômica com ampliação dos benefícios sociais. Nessa última frente, o grande trunfo veio do programa Bolsa Família.

O governo de Lula ficou marcado por resultados significativos para a economia brasileira: 

  • redução da dívida pública de 76% para 61% do PIB;
  • redução da inflação de 12,5%, em 2002, para 3,1%, em 2006;
  • crescimento do PIB de 5,7%, em 2004, 4%, em 2006, e 6%, em 2007;
  • aumento das reservas em dólar do Brasil para cerca de US$ 300 bilhões;
  • aumento do salário mínimo de R$ 200 para R$ 540 ao longo dos oito anos de governo;
  • baixa da taxa de desemprego de 13% para 6%;
  • redução na desigualdade social, segundo o coeficiente Gini, de 0,589, em 2002, para 0,527, em 2011;
  • 22 milhões de pessoas deixaram a pobreza extrema no Brasil;
  • 25 milhões de pessoas passaram a integrar a classe média.

Os bons resultados do governo na economia gabaritaram Lula para um segundo mandato. Em 2006, ele foi reeleito derrotando Alckmin, então do PSDB. Lula obteve 61% dos votos válidos, contra 39% do hoje ex-tucano.

Agora, o novo presidente promete se afastar dos escândalos de corrupção. Além da Lava Jato, que marcou o governo petista, o fim do primeiro mandato de Lula ficou marcado pelo mensalão — caso no qual membros do PT compraram parlamentares via caixa 2 com o objetivo de garantir o apoio aos projetos no Legislativo.

“A corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada”, afirmou Lula durante a campanha deste ano.

Lula se elegeu com a promessa de transformar o Brasil no mais próximo do que foi o seu governo em 2002, mas com alguns acenos à esquerda. Suas metas são: 

  • Combate à inflação;
  • Fim da política de paridade internacional de preços da Petrobras;
  • Revogação da lei do teto de gastos;
  • Revogação de marcos regressivos da atual legislação trabalhista;
  • Revisão da previdência;
  • Reforma tributária com simplificação de impostos e modelo progressivo;
  • Retomada de investimentos públicos em infraestrutura e habitação;
  • Oposição à privatização da Eletrobras;
  • Recolocação dos mais pobres no orçamento.

Ao longo da campanha, Lula foi vago com relação a como faria tudo isso. Mas o Seu Dinheiro esmiuçou as declarações e propostas dos candidatos que mexem com o seu bolso.

A expectativa é que informações mais sólidas venham à tona no decorrer das próximas semanas, principalmente depois da definição de sua equipe econômica.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
IMPOSTO PARA RICOS

É hora de taxar os super-ricos? G20 faz uma proposta vaga, enquanto Lula propõe alíquota  que poderia gerar US$ 250 bilhões por ano no mundo

19 de novembro de 2024 - 14:19

Na Cúpula do G20, presidente Lula reforça as críticas ao sistema tributário e propôs um número exato de alíquota para taxar as pessoas mais ricas do mundo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo

19 de novembro de 2024 - 8:02

Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer

18 de novembro de 2024 - 20:00

Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro

ELE ESTÁ PRA CHEGAR…

O primeiro dia do G20 no Rio: Biden, Xi e Lula falam de pobreza, fome e mudanças climáticas à sombra de Trump

18 de novembro de 2024 - 19:20

As incertezas sobre a política dos EUA deixaram marcas nos primeiros debates do G20; avanços em acordos internacionais também são temas dos encontros

NA PONTA DO LÁPIS

O tamanho do corte que o mercado espera para “acalmar” bolsa, dólar e juros — e por que arcabouço se tornou insustentável

18 de novembro de 2024 - 13:22

Enquanto a bolsa acumula queda de 2,33% no mês, a moeda norte-americana sobe 1,61% no mesmo intervalo de tempo, e as taxas de depósito interbancário (DIs) avançam

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

ANTES DA CÚPULA

No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental

16 de novembro de 2024 - 15:56

Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula

EMBOLOU O MEIO DE CAMPO

Milei muda de posição na última hora e tenta travar debate sobre taxação de super-ricos no G20

16 de novembro de 2024 - 9:11

Depois de bloquear discussões sobre igualdade de gênero e agenda da ONU, Milei agora se insurge contra principal iniciativa de Lula no G20

ANTES DA DESPEDIDA

A escalada sem fim da Selic: Campos Neto deixa pulga atrás da orelha sobre patamar dos juros; saiba tudo o que pensa o presidente do BC sobre esse e outros temas

14 de novembro de 2024 - 17:32

As primeiras declarações públicas de RCN depois da divulgação da ata do Copom, na última terça-feira (12), dialogam com o teor do comunicado e do próprio resumo da reunião

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA

13 de novembro de 2024 - 8:09

Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar

SE A ELEIÇÃO FOSSE HOJE…

Lula ainda vence a direita? Pesquisa CNT/MDA mostra se o petista saiu arranhado das eleições municipais ou se ainda tem lenha para queimar

12 de novembro de 2024 - 15:45

Enquanto isso, a direita disputa o espólio de Bolsonaro com três figuras de peso: Tarcísio de Freitas, Michelle Bolsonaro e Pablo Marçal

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quantidade ou qualidade? Ibovespa repercute ata do Copom e mais balanços enquanto aguarda pacote fiscal

12 de novembro de 2024 - 8:11

Além da expectativa em relação ao pacote fiscal, investidores estão de olho na pausa do rali do Trump trade

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado

12 de novembro de 2024 - 7:01

Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo

FOME DE AQUISIÇÕES

Mubadala não tem medo do risco fiscal: “Brasil é incrível para se investir”, diz diretor do fundo árabe

11 de novembro de 2024 - 17:12

O Mubadala Capital, fundo soberano de Abu Dhabi, segue com “fome de Brasil”, apesar das preocupações dos investidores com o fiscal

BOMBOU NO SD

Campos Neto acertou, mudanças na previdência privada, disparada do Magazine Luiza (MGLU3) e mais: confira os destaques do Seu Dinheiro na semana

9 de novembro de 2024 - 14:07

Na matéria mais lida da semana no portal, André Esteves, do BTG Pactual, afirma que o presidente do BC, está correto a respeito da precificação exagerada do mercado sobre o atual cenário fiscal brasileiro

COM A PALAVRA

Lula fala em aceitar cortes nos investimentos, critica mercado e exige que Congresso reduza emendas para ajuda fazer ajuste fiscal

7 de novembro de 2024 - 8:04

O presidente ainda criticou o que chamou de “hipocrisia especulativa” do mercado, que tem o aval da imprensa brasileira

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Lula terá uma única e última chance para as eleições de 2026

6 de novembro de 2024 - 20:01

Se Lula está realmente interessado em se reeleger em 2026, ou em se aposentar com louvor e construir Haddad como sucessor, suspeito que sua única chance seja a de recuperar nossa âncora fiscal

ELEIÇÕES EUA 2024

O que Lula e Bolsonaro acharam da vitória de Trump? Veja como políticos brasileiros de esquerda e direita reagiram à eleição do republicano

6 de novembro de 2024 - 16:56

Nomes como Haddad, Tarcísio, Alckmin e a presidente do PT, Gleisi Hoffman, se manifestaram, presencialmente ou via redes sociais, sobre o resultado das eleições americanas

SONHO PARA UNS, PESADELO PARA OUTROS

Recado de Lula para Trump, Europa de cabelo em pé e China de poucas palavras: a reação internacional à vitória do republicano nos EUA

6 de novembro de 2024 - 15:19

Embora a maioria dos líderes estejam preocupados com o segundo mandato de Trump, há quem tenha comemorado a vitória do republicano

SD Select

Ibovespa vai ter rali de fim de ano? ‘Com certeza’, responde analista – principal gatilho pode ser acionado pelo governo Lula ainda nesta semana

5 de novembro de 2024 - 16:00

Acreditar no rali de fim de ano da bolsa brasileira ficou mais difícil nos últimos meses. Devido às incertezas em torno da nossa política fiscal – que é a principal “vilã” dos ativos de renda variável nesse momento –, o Ibovespa acumulou queda de -1,6% em outubro. Mas isso não quer dizer que tudo está […]

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar