No Espírito Santo, Renato Casagrande (PTB) derrota Carlos Manato (PL) e garante mais quatro anos no governo

O atual governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PTB) venceu seu adversário Carlos Manato (PL). Com 100% das urnas apuradas, Casagrande teve 53,80% dos votos válidos no segundo turno e se reelegeu para mais quatro anos no cargo. O rival obteve 46,20%.

A disputa foi mais acirrada do que em 2018, quando Casagrande venceu o mesmo adversário logo no primeiro turno, com 55,49% dos votos válidos.

Durante a campanha no Espírito Santo, o Partido dos Trabalhadores (PT) abriu mão de candidatura própria e decidiu apoiar a reeleição de Casagrande, que, por sua vez, declarou voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ainda assim, Casagrande ouviu críticas de que não se engajou na campanha do petista e até tentou “escondê-lo”, o que ele nega. Mas vale ressaltar que a aliança formada para sua campanha de reeleição abarca partidos que divergem no âmbito presidencial, como PDT, MDB e PP.

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Do outro lado, Manato recebeu apoio de Jair Bolsonaro (PL). Inclusive, na reta final da campanha, um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), foi até Vitória participar de carreata e visitar apoiadores.

No debate realizado às vésperas do segundo turno, temas como aborto, pandemia e greve da Polícia Militar foram abordados. 

O ponto que gerou maior polêmica nas redes sociais foi uma declaração de Manato dizendo que “a pandemia foi uma farsa”. Só no Espírito Santo, a pandemia matou 16 mil pessoas.

O terceiro mandato de Casagrande

Este será o terceiro mandato de Renato Casagrande no governo do Espírito Santo. Ele se elegeu governador pela primeira vez em 2010, depois de ter sido deputado estadual, vice-governador, deputado federal e senador.

Casagrande chegou a tentar a reeleição em 2014, mas perdeu para Paulo Hartung (PMDB) no primeiro turno. Hartung era figurinha carimbada na cena política do Espírito Santo, já tendo governado o estado de 2003 a 2011.

Em 2018, no entanto, ele decidiu não concorrer à reeleição e disse disse que era “hora de passar o bastão”. A desistência abriu espaço para Casagrande voltar ao Palácio Anchieta.

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