Em sua primeira transmissão ao vivo nas redes sociais no segundo turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) falou em “problemas” na apuração dos votos na primeira etapa da disputa, voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF), após uma decisão da ministra Cármen Lúcia, e colocou em dúvida a pesquisa Ipec divulgada ontem, que mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 55% dos votos válidos no segundo turno, contra 45% do candidato à reeleição.
Ao duvidar da confiabilidade da apuração das urnas, mais uma vez sem apresentar nenhuma prova, Bolsonaro fez uma comparação com a disputa entre a ex-presidente Dilma Rousseff e o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014.
“Tivemos apurações, alguns problemas apareceram, passei para frente esse problemas. Até o gráfico da evolução que foi feito aqui, levando-se em conta cada porcentual de voto que era computado, criou uma figura geográfica uniforme, bem típica de algoritmos, muito parecida com aquela do segundo turno de 2014”, disse o presidente.
“O Aécio Neves conseguiu maioria e aí ela foi numa paralela até o final. Cada vez que entrava um minuto de voto dava ora vitória de Aécio, ora vitória de Dilma. E assim foi, paralelo, até o final, e foi decidido o segundo turno em 2014. Agora, parece que, se tivesse mais cinco minutos aqui, mais 5%, o nosso oponente teria conseguido a eleição no primeiro turno”, emendou Bolsonaro.
O presidente também voltou a criticar os institutos de pesquisa e disse que a “palhaçada” começou de novo, ao comentar o levantamento do Ipec.
No primeiro turno, Lula obteve 48,43% dos votos válidos, contra 43,20% de Bolsonaro. A pesquisa Ipec mostrava o candidato do PT com 51% e o chefe do Executivo com 37%. A discrepância fez com que o presidente e seus apoiadores centrassem suas críticas aos institutos de pesquisa. (Com informações do Estadão Conteúdo)