Eleições 2022: Raquel Lyra (PSDB) reverte desvantagem do primeiro turno e é eleita governadora de Pernambuco (PE)
Essa é a primeira vez que duas mulheres disputam o segundo turno no estado. Pesquisas eleitorais indicam empate técnico entre Marília Arraes e Raquel Lyra
O estado de Pernambuco (PE) acaba de eleger a primeira governadora de sua história — Raquel Lyra (PSDB). Com 100% das urnas apuradas, a psdbista foi eleita com 58,70% dos votos válidos contra 41,30%.
Para levar a disputa, Lyra precisou reverter o cenário do primeiro turno, quando ficou na segunda posição, e também uma tragédia familiar, com a morte de seu marido, Fernando Lucena, que foi vítima de um infarto fulminante. As candidatas chegaram a discordar sobre a melhor data para a retomada da campanha eleitoral após o respeito ao luto de Lyra.
Pernambuco foi um dos estados onde a disputa repercutiu o cenário nacional, com diversos embates entre elas reverberando também a disputa à presidência. Apoiada por Luiz Inácio Lula da Silva, Arraes tentou colar a imagem de Jair Bolsonaro à adversária. Já Lyra repetiu o discurso de que Marília seria a continuidade do trabalho do atual governador, Paulo Câmara (PSB).
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Conheça Raquel Lyra
Raquel Lyra tem 43 anos e é advogada por formação. Foi deputada estadual por dois mandatos — de 2011 a 2016 —, e é ex-prefeita de Caruaru.
Lyra vem de família com herança política. Seu pai, João Lyra Neto, também foi ex-prefeito de Caruaru e ex-governador do estado, enquanto sua mãe é neta de mais um comandante caruaruense. Antes de seguir carreira política, Raquel foi delegada da Polícia Federal e atuou na Procuradoria Geral de Pernambuco.
Além de ser a primeira mulher a assumir o governo de Pernambuco, Lyra também terá uma vice-governadora: Priscila Krause, que atuou como chefe de campanha após o marido da recém-eleita governadora ter falecido no dia da votação do primeiro turno vítima de um mal súbito, o que levou Lyra a voltar aos compromisso apenas uma semana após o ocorrido.
Ao longo da disputa eleitoral, a chapa explorou o feito inédito de ser composta por duas mulheres, reforçando a imagem de tentativa de se fazer uma nova política e tentou não ser vinculada à campanha de Jair Bolsonaro — fato amplamente explorado pela adversária Marília Arraes.
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