A coroa é dela: Petrobras (PETR4) vence Nestlé e se torna a maior pagadora de dividendos do mundo; Vale (VALE3) deixa o top 10
Segundo o Índice Global de Dividendos da gestora Janus Henderson, a petroleira superou gigantes como a Microsoft e a Apple
A cada três meses, a Petrobras (PETR4) retorna aos holofotes dos investidores devido à fama de realizar pagamentos bilionários de dividendos, e não é à toa. A estatal distribuiu US$ 9,7 bilhões em proventos no segundo trimestre — isto é, cerca de R$ 49,5 bilhões —, bem acima do montante de US$ 1 bilhão pago pela empresa no mesmo período de 2021.
Essa distribuição farta rendeu à companhia a coroa de maior pagadora de proventos do mundo, segundo ranking da gestora Janus Henderson.
O Índice Global de Dividendos da gestora analisa os proventos pagos trimestralmente pelas 1200 maiores empresas do mundo por capitalização de mercado.
A petroleira é a única brasileira a integrar o topo da lista, e ainda superou gigantes como a Nestlè, a Mercedes-Benz, a Microsoft e a Apple.
A Vale (VALE3) é outra empresa que costuma estar no radar do mercado quando o assunto é dividendos.
Porém, a bolada de R$ 16 bilhões aos investidores anunciada pela empresa no segundo trimestre não foi nem perto do necessário para garantir seu posto na lista das gigantes dos dividendos.
Leia Também
A mineradora, que nos três primeiros meses ocupava o 9º lugar no ranking global, agora nem mesmo integra a lista das 20 maiores pagadoras de proventos do planeta.
Confira a lista das 10 maiores pagadoras de proventos do mundo:
- 1º - Petrobras
- 2º - Nestlé
- 3º - Rio Tinto
- 4º - China Mobile
- 5º - Mercedes-Benz
- 6º - BNP Paribas
- 7º - Ecopetrol
- 8º - Allianz
- 9º - Microsoft Corporation
- 10º - Sanofi
A virada de jogo da Petrobras (PETR4)
É importante destacar que a Petrobras (PETR4) passou por uma gigantesca virada de jogo em poucos anos.
Em 2017, época em que estava envolta em uma série de escândalos de corrupção e críticas à administração, a companhia de petróleo tornou-se a empresa mais endividada do mundo.
De acordo com dados da OMC, a estatal somava uma dívida de aproximadamente US$ 125 bilhões no período. Desse modo, a empresa de petróleo encerrou o ano com perdas de R$ 446 milhões.
Cerca de cinco anos depois, a petroleira fechou o segundo trimestre com um lucro líquido de R$ 54,3 bilhões, uma alta de 26,8% em um ano e 32% acima das expectativas do mercado.
Dividendos da Petrobras (PETR4) e de outras brasileiras
Com a distribuição da Petrobras (PETR4), os dividendos brasileiros chegaram a US$ 10,4 bilhões no segundo trimestre, recorde da série histórica iniciada em 2009. O montante equivale a um avanço de 163,6% no comparativo anual.
Além da petroleira, outras companhias brasileiras contribuíram para o resultado, como a JBS, que distribuiu cerca de US$ 465 milhões aos acionistas, e o Bradesco, que depositou em torno de US$ 219 milhões na conta dos investidores no período.
De acordo com a gestora Janus Henderson, os dividendos brasileiros também foram impulsionados por fatores sazonais, “o que sustentou o mix de taxas de câmbio dos mercados emergentes para o trimestre”.
Recorde de dividendos no 2º trimestre além da Petrobras
Não foi só a Petrobras (PETR4) ou o mercado brasileiro que registraram distribuições recorde de dividendos no segundo trimestre deste ano.
O mundo como um todo viu o pagamento de proventos disparar entre abril e junho, atingindo a máxima histórica de US$ 544,8 bilhões no período, um aumento de 11,3% em relação a igual intervalo de 2021.
Os mercados emergentes também destacaram-se no trimestre, impulsionados pelos altos preços de energia — uma vez que as empresas de petróleo e gás são responsáveis por grande parte dos lucros corporativos.
Olhando especificamente para a América Latina, os grandes impulsionadores do resultado foram os produtores de petróleo, seguido pelo setor financeiro.
“O aumento dos preços do petróleo gerou US$ 14 bilhões em aumentos [no pagamento de dividendos]”, disse a gestora, em relatório.
O brilho das petroleiras e financeiras
O salto no pagamento de dividendos das petroleiras, como a Petrobras (PETR4), não foi visto só em mercados emergentes, mas também no mundo inteiro.
As grandes produtoras de petróleo foram responsáveis por mais de dois quintos do crescimento dos proventos globais do segundo trimestre.
Na análise da Janus Henderson, os pagamentos bilionários das petrolíferas foram financiados pelo crescimento dos fluxos de caixa por conta dos altos preços da commodity no mercado internacional.
As instituições financeiras, com destaque para os grandes bancos, também contribuíram com cerca de dois quintos no aumento ano a ano das distribuições aos acionistas no segundo trimestre. De acordo com a gestora, outro setor de destaque foi o de automóveis.
Na ponta oposta, as empresas de telecomunicações tiveram a menor contribuição nos dados globais de dividendos, sem crescimento relevante na comparação anual, segundo a Janus.
A torneira de dividendos vai fechar?
Com o novo recorde global de proventos no segundo trimestre, a Janus Henderson atualizou as projeções para este ano. Agora, a gestora projeta que os pagamentos cheguem a US$ 1,56 trilhão em 2022.
Apesar da atualização mais otimista da gestora, Ben Lofthouse, chefe da área de renda patrimonial global da Janus Henderson, espera que o crescimento robusto dos dividendos no segundo trimestre não se estenda para os próximos meses.
“O segundo trimestre foi um pouco acima das nossas expectativas, mas é improvável que vejamos um crescimento tão forte no resto do ano. Muitos dos ganhos fáceis já foram obtidos, pois a recuperação pós-Covid-19 está quase completa”, afirmou Lofthouse.
Entre os fatores que podem impactar a distribuição de proventos ao longo do ano, o diretor destaca a desaceleração enfrentada pela economia global, além do “vento contrário da força do dólar americano”.
Lofthouse ainda explica que há possibilidade de que os dividendos de mineração — incluindo empresas como a Vale (VALE3) — estejam próximos do pico, o que também influenciaria a remuneração aos acionistas no mundo inteiro nos próximos meses.
“No geral, o crescimento dos dividendos provavelmente será mais lento no próximo ano, dadas as atuais perspectivas econômicas”, afirmou.
Quem ainda deve pagar dividendos fartos neste ano?
Apesar de enxergar uma desaceleração no ritmo de distribuições de dividendos pelo mundo em 2022, Ben Lofthouse acredita que alguns mercados podem manter-se robustos em relação à remuneração aos acionistas.
Um deles é a América Latina. Para o diretor, a região deve continuar agradando os investidores e fazendo pagamentos "significativamente maiores que a média global” nos próximos meses.
Isso porque, na análise da gestora, dois fatores podem ajudar a manter os fluxos de caixa locais em “níveis historicamente altos”. São eles:
- A manutenção de preços fortes; e
- O aumento dos ganhos em moeda local com as exportações devido à forte valorização do dólar
O diretor da Janus ainda destaca que, apesar das projeções de distribuições de proventos no mundo mais contidas, “é importante não deixar a incerteza de curto prazo obscurecer a visão de longo prazo”.
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
Petrobras (PETR4) antecipa plano de investimentos de US$ 111 bilhões com ‘flexibilidade’ para até US$ 10 bilhões em dividendos extraordinários
A projeção de proventos ordinários prevê uma faixa que começa em US$ 45 bilhões; além disso, haverá “flexibilidade para pagamentos extraordinários de até US$ 10 bilhões”
Feriado com dividendos no bolso: CSN (CSNA3) vai pagar mais de R$ 700 milhões aos acionistas mesmo após prejuízo; confira os prazos
O conselho de administração da siderúrgica aprovou a distribuição de dividendos intermediários no valor de R$ 730 milhões, ou o equivalente a R$ 0,550488901371933 por ação
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
Dividendos e JCP: JBS (JBSS3) vai distribuir mais de R$ 2 bilhões aos acionistas e não está sozinha — mais empresas pagarão uma bolada juntas
A BRF vai distribuir quase R$ 1 bilhão aos acionistas, enquanto a Unipar anunciou mais de R$ 300 milhões em proventos; confira os prazos
Ações da Taesa (TAEE11) não estão em bom ponto de entrada, avalia analista – veja outra recomendação para buscar ganho de capital e dividendos no setor elétrico
Taesa reportou números abaixo das expectativas no 3º trimestre e dividendos de R$ 0,67 por ação TAEE11; ações da companhia estão “bem precificadas”, segundo analista
Movida (MOVI3) quer elevar retorno ao acionista e anuncia novo programa de recompra de ações; veja os detalhes
O valor aproximado da recompra de ações da Movida equivale a R$ 149 milhões, segundo as cotações de fechamento do pregão desta segunda-feira (11)
UBS rebaixa recomendação para Vale (VALE3) e corta preço-alvo dos ADRs em NY; o que está por trás do pessimismo com a mineradora?
Papéis da mineradora nas bolsas americana e brasileira operam em queda nesta segunda-feira (11), pressionando o Ibovespa
Em ritmo de festa: Ibovespa começa semana à espera da prévia do PIB; Wall Street amanhece em alta
Bolsas internacionais operam em alta e dão o tom dos mercados nesta segunda-feira; investidores nacionais calibram expectativas sobre um possível rali do Ibovespa
Fiagro RURA11 explica o que fez os dividendos caírem 40% e diz quando deve voltar a pagar proventos maiores a seus 89 mil cotistas
De acordo com o relatório gerencial do fundo, o provento será reduzido durante três meses, contados a partir de outubro
Como uma refinaria da Petrobras (PETR4) vai transformar gases poluentes em um produto rentável
Abreu e Lima será a primeira das Américas e terceira do mundo a operar a Snox, como é conhecida a estrutura que reduz a emissão de gases do processo de refino e transforma os poluentes em produto comercializável
Adeus, Porto Seguro (PSSA3), olá Lojas Renner (LREN3) e Vivara (VIVA3): em novembro, o BTG Pactual decidiu ‘mergulhar’ no varejo de moda; entenda o motivo
Na carteira de 10 ações para novembro, o BTG decidiu aumentar a exposição em ações do setor de varejo de moda com múltiplos atraentes e potencial de valorização interessante
Melhor que Magazine Luiza (MGLU3)? Apesar do resultado forte no 3T24, Empiricus prefere ação de varejista barata e com potencial de valorizar até 87,5%
Na última quinta-feira (8), após o fechamento do pregão, foi a vez do Magazine Luiza (MGLU3) divulgar seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2024, que agradaram o mercado, com números bem acima das expectativas. Entre julho e setembro deste ano, o Magalu registrou um lucro líquido de R$ 102,4 milhões, revertendo o prejuízo de […]
Xi Jinping reage a Trump: China lança pacote trilionário, mas não anima mercado — e ainda arrasta as ações da Vale (VALE3)
Frustração com medidas de suporte à dívida dos governos locais na China derruba também o Ibovespa no pregão desta sexta-feira
Petrobras (PETR4) diz o que falta para pagar bilhões em dividendos extraordinários aos acionistas. O que fazer com as ações da estatal até lá?
A petroleira apresentou lucro maior do que o esperado pelo mercado, em uma reversão do prejuízo no trimestre anterior; ações sobem na B3 na contramão da queda do petróleo no exterior
Você quer 0 a 0 ou 1 a 1? Ibovespa repercute balanço da Petrobras enquanto investidores aguardam anúncio sobre cortes
Depois de cair 0,51% ontem, o Ibovespa voltou ao zero a zero em novembro; índice segue patinando em torno dos 130 mil pontos
Ações em queda não deveriam preocupar tanto, especialmente se pagam bons dividendos
Em dias de fúria no mercado, o primeiro pensamento para a maioria dos investidores é que as ações podem cair ainda mais e sair vendendo tudo — uma maneira de tentar evitar esse comportamento é olhar para as quedas sob a ótica dos dividendos
Moura Dubeux (MDNE3) anuncia os primeiros dividendos de sua história após trimestre recheado de recordes; CEO diz que meta é “não parar mais” de pagar proventos
Cumprindo a promessa feita aos investidores de distribuir proventos ainda em 2024, a incorporadora depositará R$ 55 milhões na conta dos acionistas em 22 de novembro
Petrobras (PETR4) além das previsões e do prejuízo: lucro sobe 22,3% no 3T24 e dividendo extraordinário não vem — mas estatal ainda vai distribuir mais de R$ 17 bilhões aos acionistas
A petroleira deve divulgar no próximo dia 22 o plano estratégico 2025-2029 e a expectativa do mercado é de aumento dos dividendos extraordinários e redução de investimentos