‘Tchau, Tio Sam’: por que vender bolsa americana pode ser a melhor opção pro seu patrimônio no momento
Bear market nos Estados Unidos entra em um segundo ciclo, que pode causar queda ainda mais acentuada das ações; saiba o que fazer em um momento como esse
As quedas nas bolsas dos Estados Unidos costumam ser sinal de mau presságio. Se a maior economia do mundo vai mal, o que resta para nós no Brasil, um país emergente que enfrenta uma crise após a outra? Mas, por mais improvável que pareça, é possível aproveitar o melhor desse cenário para proteger seu patrimônio.
Como? Apostando justamente na queda das bolsas americanas, ou fazendo um “short”, no jargão do mercado financeiro. É isso que Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus, a maior casa de análise financeira independente do país, está recomendando para os assinantes que o acompanham.
Para o analista, o bear market (ciclo de queda do mercado) ainda vai “dar as caras” nos próximos meses e “uma posição vendida em bolsa norte-americana pode ser um bom hedge (proteção) para uma exposição comprada em bolsa brasileira”.
O melhor desta estratégia de Miranda é que você pode aplicá-la aqui mesmo em solo brasileiro: ele está abrindo sua recomendação de 2 BDRs (recibos de ações negociadas no exterior) para “shortear” em um relatório gratuito que pode ser acessado clicando aqui. O relatório foi disponibilizado como cortesia pela corretora Vitreo.
Na sequência, você entende mais o que está por trás da visão de mercado do analista e por que a estratégia long-short é vantajosa em momentos como esse.
Caiu, e deve cair mais ainda: os dois momentos do bear market
O chamado “mercado do urso” é caracterizado pela queda consistente dos ativos da bolsa. Geralmente, ele pode ser identificado quando um índice representativo da bolsa registra quedas em cima de queda. É o que tem acontecido com a carteira teórica de ações das 500 maiores empresas do mercado norte-americano, o S&P 500: ele atingiu o patamar de 3.600 pontos e, segundo Miranda, pode cair ainda mais.
Os motivos para essas quedas são bem conhecidos: escalada inflacionária, após os estímulos trilionários de Biden; aumento do juros; guerra na Rússia; pandemia; risco de recessão nas maiores economias do mundo…
Acontece que existem dois movimentos diferentes de queda. Vamos a eles:
Fase 1 do Bear Market
O primeiro é o chamado de-rating, quando o mercado revisa os múltiplos que definem o preço das ações. Na análise fundamentalista, o valor de mercado de uma empresa costuma estar atrelado ao seu resultado. Para isso, muitos consideram o Ebtida (geração de caixa) projetado ou o P/L (preço sobre lucro) da companhia. Em um bear market, esses múltiplos tendem a cair, tornando as ações mais baratas.
- Ao mesmo tempo, com a alta dos juros, há também uma “debandada” dos investidores para a renda fixa, que passa a oferecer um retorno maior, com risco substancialmente menor que a bolsa. “É como se, diante de maiores taxas de juro do mercado, as pessoas pagassem menos para ter o mesmo lucro”, diz Miranda.
Fase 2 do Bear Market
O segundo movimento do bear market, por sua vez, é quando o “L” do P/L também cai, ou seja, os lucros. Ao longo dos últimos 60 anos, os lucros por ação da bolsa norte-americana caem
pelo menos 20% em períodos de recessão.
No mês de julho, os analistas começam a revisar os números e projeções e, na visão do estrategista-chefe da Empiricus, haverá uma segunda correção na bolsa americana, levando a uma nova queda do índice S&P 500. O índice já acumula desvalorização de 16% desde o começo de 2022.
“As estimativas de lucro ainda não caíram, sendo que tem um cenário recessivo à frente. Me parece bastante razoável supor que vai haver uma segunda pernada de baixa com queda no lucro e nas estimativas de lucro, uma dinâmica clássica dos bear markets”, comenta.
APROVEITE A QUEDA DA BOLSA AMERICANA PARA BUSCAR LUCROS: VEJA 2 BDRs PARA ‘SHORTEAR’
É por acreditar que esse segundo momento de correção está próximo que Miranda resolveu “shortear” o índice S&P 500. Um short é uma operação em que você aposta na queda do ativo. Na outra ponta, você faz um “long”, acreditando que outro ativo vai performar melhor.
Na prática, o ativo do “long” não precisa necessariamente subir. Ele só deve performar melhor que o ativo “shorteado”. Ou seja: os dois podem cair, mas se o ativo na porta long cair menos que o short, você já consegue auferir lucros.
“Esse short em S&P 500 me parece um bom hedge (proteção) para o momento, se você tiver posição comprada em ativos de risco brasileiros. Acredito nessa dinâmica de outperformance relativa da bolsa brasileira sobre a americana”, diz Felipe Miranda.
Value vs. growth: por que a bolsa brasileira pode se sobressair à americana neste momento
Investir em bolsa brasileira agora pode lhe parecer contra intuitivo. Se nem a maior bolsa do mundo escapou das quedas, então o cenário para a B3 não poderia ser muito melhor, certo?
Errado.
Ao contrário do FED americano, por aqui, o Banco Central já está subindo a taxa de juros básica (Selic) há vários meses, antecipando-se no controle da inflação. O juro real de longo prazo já está acima de 6%, patamar semelhante ao da crise de 2015.
O Ibovespa, por sua vez, negocia a 6 vezes lucros, com o maior prêmio de risco (retorno esperado sobre a renda fixa) em 20 anos. Para o estrategista-chefe da Empiricus, os preços das ações brasileiras estão mais condizentes com o momento atual de stress econômico.
“Há companhias espetaculares negociando a valuations realmente depreciados. Em todas as situações anteriores em que estivemos com esse nível de valuation, o investidor que comprou e foi capaz de esperar um horizonte de 24 meses ganhou muito dinheiro”, comenta.
Quem ganha destaque em um contexto como o atual são as ações de “value” (valor), que geram caixa e lucro no presente, ao contrário das ações “growth”, que projetam seu fluxo de caixa pro futuro e, por isso, são duramente afetadas pela alta dos juros.
A vantagem da bolsa brasileira é que ela está “recheada” de ações de value, ao contrário da americana. O Ibovespa é composto por diversas empresas de commodities e bancos tradicionais, que são mais resilientes. Então, embora ele não esteja isento de turbulências, é possível que ele tenha performance melhor que a do S&P, segundo Miranda.
“O Brasil é um caso de value — e o mundo está indo para value.”
RELATÓRIO GRATUITO: VEJA OS 2 BDRs QUE DEVEM CAIR NOS PRÓXIMOS MESES, SEGUNDO FELIPE MIRANDA
Apostando contra: veja 2 shorts pra incluir na carteira
Como explicado anteriormente, para uma estratégia long-short ser lucrativa, o ativo long não deve necessariamente subir. Ele pode apenas “cair menos” do que o ativo short, o que já beneficia o investidor que montou a posição.
Sendo assim, o Ibovespa não precisa subir, ele só precisa performar melhor que o S&P 500 para que você ganhe com a operação.
Neste relatório gratuito, Felipe Miranda revela 2 BDRs que acredita que devem cair nos próximos meses e indica uma ação brasileira promissora para fazer um long-short. Através dessa estratégia, você pode se aproveitar da queda da bolsa americana aqui mesmo, em solo brasileiro.
Em um período tão complexo e desafiador para os mercados, o long-short pode ser sua chance de ter ganhos, sem necessariamente contar com a alta de preços de um determinado ativo.
Basta clicar no link abaixo para receber o relatório com a tese completa do estrategista-chefe da Empiricus e descobrir quais são as 2 empresas listadas em bolsa americana que ele está shorteando: