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João Escovar
Jornalista especializado em Finanças
CONTEÚDO VITREO

Prorrogado: título que pode pagar até 500% do FGTS ficará aberto por mais uma semana; saiba como investir

Rentabilidade também é 18% maior que a da Selic e superior ao dobro da poupança

João Escovar
31 de maio de 2022
9:11
notas de 100 reais, representando renda
A renda fixa não é só isso que você vê facilmente por aí - Imagem: Shutterstock

Depois do sucesso na captação de recursos, o título prefixado que se destacou na semana passada seguirá aberto até esta sexta-feira.

Travada em 15% a.a., independentemente do que aconteça com os juros ou com a inflação, a rentabilidade é 18% maior do que a entregue pela taxa Selic hoje e superior ao dobro da poupança.

Além disso, ela pode ser até 5 vezes maior do que os ganhos do FGTS, cuja rentabilidade é de 3% + TR. Entretanto, caso os juros baixem para estimular a economia, a TR pode chegar a zero.

E essa rentabilidade “gorda” ainda vem acompanhada com a tradicional garantia do FGC para até R$ 250 mil por CPF.

No quadro abaixo, fizemos uma projeção do rendimento bruto desse título após o seu período de vencimento, que é de dois anos, comparada com a rentabilidade das três aplicações que citamos acima, para um aporte de R$ 10 mil:

A tabela leva em consideração as projeções do rendimento da poupança e do FGTS da corretora Vitreo, segundo as previsões da casa para a TR (taxa referencial)

Como é possível observar, o título, mesmo com a segurança do FGC, bate a Selic, ganha de longe da poupança e praticamente humilha o FGTS.

Em outras palavras, é uma ótima alternativa para o investidor de renda fixa que busca mais rentabilidade e não quer deixar seu dinheiro parado sendo corroído pela inflação.

Se os juros baixarem, a vantagem deste título tende a ser ainda maior

A taxa Selic passa, desde o ano passado, pela escalada mais acelerada dos últimos tempos: foi de 2% a.a. para 12,75% a.a., com o objetivo de frear a inflação galopante no país.

Isso ampliou a rentabilidade de investimentos de renda fixa, como títulos públicos e privados, além da própria poupança.

Mesmo os prefixados, que não são diretamente vinculados à Selic, tiveram de começar a pagar prêmios maiores para atrair investidores.

O ciclo de alta, contudo, pode estar chegando ao fim. Juros altos, apesar de ajudarem a conter a inflação, desestimulam a economia. Portanto, caso a alta de preços diminua de ritmo, a Selic pode cair – e levar junto a rentabilidade dos títulos.

Títulos vinculados aos juros, por exemplo, pagarão menos, assim como a poupança. Mesmo a TR do FGTS tenderia a baixar.

Os prefixados adquiridos, contudo, seguiriam pagando o valor de sua contratação. Afinal, este é o objetivo deles: garantir uma rentabilidade fixa, independentemente do que ocorra na economia.

Ter um prefixado com essa taxa de 15% a.a., portanto, pode ser uma sábia decisão diante de uma provável inversão da curva de juros, que já está prevista pelo mercado.

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