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Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Trabalhou com comunicação institucional e jornalismo de viagens antes de entrar no mercado financeiro. Está sempre disponível para falar sobre inovação, livros e cultura pop.
Conteúdo Vitreo

Promoção na Amazon (AMZO34) vai além do Prime Day: ações da empresa de Jeff Bezos estão com ‘desconto’; vale a pena investir agora?

Papéis de tecnologia sofrem reajustes com o novo cenário macroeconômico: alguns continuam caros, enquanto outros estão descontados até demais ‒ descubra em qual grupo AMZO34 se encaixa

Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
11 de julho de 2022
18:00 - atualizado às 11:21
Prime Day da Amazon
(Imagem: Amazon/Divulgação) -

Se você estava esperando ansiosamente pelo Prime Day, evento em que a Amazon realiza promoções especiais no e-commerce, saiba que a empresa de Jeff Bezos não está dando descontos somente nas Alexa’s e Kindle’s: as ações da big tech também estão descontadas. 

Em meio a um cenário desafiador para as empresas de tecnologia ao redor de todo o mundo, a “loja de tudo” viu suas cotações caírem e se tornarem mais amigáveis ao investidor, levando ao questionamento: vale a pena investir em Amazon agora? 

Quem responde essa pergunta é o analista de ações internacionais, João Piccioni. Em relatório gratuito disponibilizado como cortesia pela corretora Vitreo, Piccioni faz uma análise completa sobre a companhia de Bezos e revela se os papéis estão em oportunidade de compra ou se continuam sobrevalorizados, mesmo com a queda. 

Para ter acesso à tese do analista, basta clicar no botão abaixo:

Amazon e compras online ainda ‘fazem sentido’ depois da pandemia?

Embora a Amazon seja mundialmente conhecida por sua plataforma de e-commerce, que foi de uma livraria online a uma “loja de tudo”, a empresa de Bezos vai além disso. O negócio pode ser dividido em 5 categorias, todas diretamente relacionadas ao ambiente digital:

  • E-commerce 1P: vendas diretas da Amazon;
  • E-commerce 3P: vendas do marketplace, ou seja, dos sellers que vendem seus produtos através da Amazon;
  • Subscrição: serviços prestados pela Amazon aos sellers, como o “Fulfillment by Amazon” e o nascente “Buy with Prime”;
  • Advertising: receitas com anúncios dentro do marketplace;
  • AWS: infraestrutura em nuvem.

Por atuar em um setor diretamente ligado ao digital, a Amazon foi uma das empresas que se beneficiou com a pandemia e o home office. As compras online escalaram excepcionalmente, assim como os anúncios na internet. Sem contar o serviço de infraestrutura em nuvem que já era amplamente utilizado, sendo o “esqueleto” tecnológico de muitas empresas.

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Esse “boom” da empresa de Bezos pode ser visto tanto em seus resultados quanto na cotação de seus papéis. A companhia reportou US$ 116,4 bilhões em receita no terceiro trimestre fiscal de 2022, um crescimento de 7% na comparação anual. No balanço do primeiro trimestre do ano, seu lucro líquido mais do que triplicou, atingindo US$ 8,1 bilhões. 

Quanto às ações (Nasdaq: AMZN), elas subiram 61% entre março de 2020 (momento em que a Covid começou a tomar proporções mundiais) até março de 2021. 

No entanto, o cenário mudou bastante para as techs. O retorno às atividades presenciais veio acompanhado também de um temor inflacionário e do aumento dos juros pelos Bancos Centrais de todo o mundo, afetando diretamente a companhia de Bezos

Juros altos, inflação e ameaça de recessão… será que é mesmo hora de investir em tecnologia? 

Acompanhando o noticiário financeiro, é bem evidente que as empresas de tecnologia estão entre as mais afetadas pela queda das bolsas ao redor do mundo. Nos últimos 6 meses, a Nasdaq (bolsa de valores americana que negocia a maioria das empresas de tecnologia) caiu 23,22%, segundo o Google Finance. 

Os motivos para a “sangria” das techs no mercado passam pela alta dos juros e por tendências comportamentais dos investidores. 

Depois de estímulos econômicos milionários para lidar com a pandemia, a inflação começou a “dar as caras” em muitos países, inclusive no Brasil e nos Estados Unidos. Nesse cenário, os bancos centrais têm subido as taxas de juros, como forma de desacelerar a economia e alta dos preços. 

Com os juros mais altos, dois fenômenos impactam diretamente as techs: os produtos de renda fixa (incluindo títulos do Tesouro Direto e os treasuries nos EUA) ficam mais atrativos, levando os investidores a abandonarem a renda variável em busca de boas rentabilidades e menor risco. 

E, ao mesmo tempo, as empresas que não geram caixa no presente (como muitas de tecnologia) passam a ser preteridas em relação a outras companhias mais sólidas e resilientes, como aquelas do setor financeiro e de commodities. 

Com tudo isso acontecendo, o mercado começou a atualizar os preços (ou valuations) das empresas de tecnologia, que ficaram caras com essa nova configuração macroeconômica.  Acontece que em meio a essas “atualizações”, algumas empresas foram penalizadas além da conta

Isso tem gerado dúvidas ao investidor, que se depara com os seguintes cenários:

  • Há ações techs que continuam caras, mesmo com a queda, então devem ser vendidas; 
  • Por outro lado, há ações techs que foram descontadas até demais, abrindo oportunidade de compra, pensando especialmente no longo prazo. 

A questão que paira no ar então é: a Amazon está barata porque todas as techs estão caindo ou foi penalizada além da conta?

A resposta para essa pergunta pode ser encontrada no relatório gratuito abaixo: 

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