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Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Trabalhou com comunicação institucional e jornalismo de viagens antes de entrar no mercado financeiro. Está sempre disponível para falar sobre inovação, livros e cultura pop.
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Petrobras (PETR4) foi a ‘rainha’ dos dividendos, mas e se o petróleo cair? Esta outra ‘vaca leiteira’ pode distribuir bons lucros em praticamente qualquer cenário; conheça

Empresa do setor de seguros fica ‘fora do radar’ da maioria dos investidores, mas tem perspectivas de dividendos ‘estratosféricos’ graças a um modelo anti-crise

Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
29 de agosto de 2022
16:00 - atualizado às 13:31
Premiação miss, em referência a Petrobras PETR4 e outra empresa boa pagadora de dividendos
Ela já entregou mais de 130% de retorno em dois anos - Imagem: Shutterstock/Montagem: Julia Shikota

Recentemente, a Petrobras (PETR4) agitou o noticiário ao ser classificada como a maior empresa pagadora de dividendos do mundo no segundo trimestre do ano, pelo Índice Global de Dividendos da gestora Janus Henderson. Para atingir esse posto, ela desbancou as 1.200 maiores empresas globais por valor de mercado, incluindo gigantes como Nestlé, Mercedes e até mesmo a Microsoft. 

O levantamento leva em conta o valor absoluto pago pelas companhias e não o valor relativo, representado pelo dividend yield (indicador que mede a rentabilidade dos dividendos em relação ao preço da ação). A Petrobras pagou US$ 9,7 bilhões no trimestre, um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado, quando ela pagou “apenas” US$ 1 bilhão. 

Segundo a Janus Henderson, os pagamentos bilionários da Petrobras, assim como de outras empresas do ramo petrolífero, podem ser explicados pela alta do petróleo no mercado internacional.

Para os acionistas da estatal, o pagamento robusto de proventos não é novidade: nos últimos 12 meses, a empresa entregou um dividend yield de quase 50% para os investidores. É como receber quase metade do valor da ação “de volta”. 

É claro que, depois da distribuição dos dividendos, a ação sofre um corte. Mas, para quem investe buscando renda passiva no longo prazo, este não é um problema grave.

Os dividendos “gordos” da Petrobras não são isentos de polêmicas, é claro. A estatal já recebeu críticas vindas do presidente Jair Bolsonaro, que a acusou de “estar lucrando demais” ‒ embora o próprio governo seja muito beneficiado por essa distribuição, já que é o maior acionista. 

No segundo trimestre do ano (2T22), a estatal superou as expectativas e lucrou R$ 54,3 bilhões, uma alta de 26,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso explica porque os acionistas vão receber uma “bolada”, já que, pela lógica, uma empresa só distribui dividendos se tiver lucros, já que os proventos são justamente uma fração desses ganhos.

Com o anúncio dos dividendos “gordos” e ainda a “coroa” de maior pagadora do mundo, a Petrobras chamou a atenção de muita gente que está em busca de renda extra na conta. 

Mas antes de ir logo comprando ações da petroleira, saiba que ela não é necessariamente a única opção vantajosa para quem está atrás de bons dividendos. 

Há uma outra empresa que está distribuindo lucros “a rodo”, mas sem depender da cotação de uma única commodity, como é o caso da Petrobras, que fica “refém” das variações do preço do petróleo. 

Trata-se de uma companhia do setor de seguros, que se mantém resiliente mesmo com as oscilações dos juros, graças a um modelo de negócios sólido e adequado a praticamente a qualquer cenário econômico. 

Diferente de PETR4, esta ação não aparece na mídia a todo momento, mas seus investidores continuam recebendo bons pagamentos periodicamente, quase sem chamar a atenção. Para se ter uma ideia, enquanto a maioria das empresas repassa apenas 25% do seu lucro líquido para os acionistas, essa seguradora tem perspectivas de repassar q90% dos seus ganhos para os investidores. 

O nome e o ticker da ação foram revelados em um relatório completo que você pode acessar gratuitamente, clicando no botão abaixo: 

Um modelo de negócios para qualquer cenário

Como as empresas só distribuem dividendos se tiverem bons resultados operacionais e financeiros, quem busca “engordar” a carteira com proventos precisa ir atrás de negócios sólidos e resilientes. 

Este é exatamente o caso desta empresa do setor de seguros

Mesmo com o cenário macroeconômico desafiador, marcado pela inflação e pelos juros altos, que prejudicam a maioria dos ativos de renda variável, esta seguradora está conseguindo se recuperar do “baque” causado pela pandemia e entregar resultados consistentes.

Parte dessa recuperação se deve ao fato de que o modelo de negócios das seguradoras se beneficia da alta da Selic.

As seguradoras não ganham dinheiro apenas com a venda de seguros, títulos de capitalização ou planos de previdência. É claro que essas são fontes importantíssimas de renda, mas um dos “trunfos” desse tipo de empresa é o chamado float

Funciona da seguinte maneira: todos os meses, as seguradoras arrecadam “prêmios” (valores pagos pelos clientes que adquirem seguros) e os mantêm investidos em títulos de renda fixa.

Portanto, em tempos de Selic elevada, elas conseguem potencializar seus resultados financeiros, compensando a queda que ocorre na parte operacional com a população procurando menos por seguros e planos de previdência. 

Seguindo essa lógica de “ganhar por um lado e perder pelo outro”, as companhias do ramo sofrem menos com as oscilações dos juros, ao contrário da maioria das ações da bolsa. 

A partir disso, pode-se dizer que o modelo de negócios das seguradoras é até mais estável do que o das petrolíferas, já que estas ficam um tanto quanto “reféns” da cotação do petróleo. Em um cenário de queda da commodity, podem lucrar menos ‒ e entregar menos dividendos. 

Embora todas as seguradoras sigam um modelo parecido, não são todas que têm expectativa de repassar até 90% do seu lucro líquido para os acionistas, como é o caso desta companhia. 

DIVIDENDOS ALÉM DE PETROBRAS: CONHEÇA A AÇÃO DE SEGUROS QUE PODE ‘ENGORDAR’ SEU PATRIMÔNIO

‘Fora do radar’ e barata 

Somado à sua resiliência e suas boas perspectivas de dividendos, a seguradora conta com um diferencial entre seus pares na Bolsa: a ação está barata. De certa forma, é como se o mercado ignorasse o “valor escondido” da empresa. 

Quem chegou a essa conclusão foi o analista responsável pela equipe de research da corretora Vitreo, Sérgio Oba. 

Para avaliar uma ação, o mercado usa um indicador chamado Preço/Lucro, que mede a relação entre o lucro projetado ou já apresentado pela empresa e o preço de sua ação. Na prática, um P/L baixo costuma indicar que a ação está barata, enquanto um P/L alto indica o contrário. 

Na média histórica dos últimos 5 anos, esta seguradora negociou a 12,6 vezes P/L. Agora, no entanto, ela negocia a 9,5 vezes P/L, indicando um desconto de 30% sob a ótica do múltiplo. 

Na prática, você compra essas ações por um valor mais baixo do que o que é considerado “justo” e pode buscar ganhos tanto com sua valorização quanto com os proventos

Mesmo tendo valorizado mais de 35% no acumulado do ano, a empresa continua barata, na visão de Oba. Não à toa, instituições como BTG Pactual, JP Morgan e Itaú BBA estão recomendando a compra das ações para o momento atual.

Enquanto todo mundo dá atenção para a Petrobras, você pode investir em uma ação “fora do radar” e também ótima pagadora de dividendos, diversificando sua carteira e buscando renda extra.

Não querendo ser alarmista nem nada disso, mas uma oportunidade como essa (ações baratas e dividendos atrativos) é raridade na bolsa.

Clicando no botão abaixo, você recebe um relatório gratuito com todas as informações relevantes sobre a empresa e suas perspectivas. Assim, você pode tirar suas próprias conclusões e avaliar por conta própria se a ação merece ou não compor seu portfólio de renda variável. 

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