‘Patinho feio do varejo de moda brasileiro’: ação da Lojas Marisa (AMAR3) está barata, mas será que vale a pena?
Varejista de moda enfrenta cenário macroeconômico desafiador, mas investe em avenidas de crescimento promissoras no âmbito digital, gerando dúvida no investidor: AMAR3 é ‘pechincha’ ou ‘furada’?
Entre as varejistas de moda brasileiras, a Lojas Marisa (AMAR3) sempre foi um “patinho feio”. Há 5 anos passando por uma reestruturação das operações, o chamado turnaround, as ações são frequentemente vistas com uma ótica pessimista, sendo comumente um papel “shorteado” na bolsa (quando os investidores apostam na queda da cotação).
O histórico da empresa explica esse pessimismo. Devido a um erro de posicionamento de marca e crise econômica no Brasil, de 2014 a 2019, as vendas caíram de R$ 4,4 bilhões para R$ 3,6 bilhões. As ações não foram diferentes: desde 2014, as cotações despencaram mais de 86%.
Por sua vez, a pandemia, que ocasionou o fechamento dos shoppings e uma desaceleração considerável do varejo físico, não ajudou em nada a companhia. Desde janeiro de 2020, a Lojas Marisa “disputa” com a C&A (CEAB3) o lugar de pior performance entre as varejistas de moda brasileiras.
O resultado na prática de tudo isso é que a ação AMAR3 está sendo negociada a preços extremamente descontados.
Para o investidor, então, resta a dúvida: Lojas Marisa é uma “pechincha” e abriu oportunidade de compra, ou uma “furada” que merece distância da carteira?
Quem responde esta pergunta é o Head de Research da Vitreo, Sérgio Oba, em um relatório gratuito que você pode acessar clicando no link abaixo:
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Os desafios de vender para a classe C
A Marisa tem uma base enorme de potenciais consumidores, já que seu público-alvo são mulheres da classe C, que buscam preços mais acessíveis e têm uma grande aptidão ao consumo.
No entanto, esse público também apresenta um desafio maior para a companhia: são pessoas mais sensíveis à renda. A deterioração macroeconômica, que se iniciou com a crise de 2015, abalou o crédito e o poder de compra principalmente desta população, impactando diretamente as vendas da varejista.
O cenário atual é semelhante: a inflação galopante, que aumenta os preços de forma generalizada, e os juros altos, que encarecem o crédito, também são pontos de atenção que devem ser considerados por quem pensa em investir em AMAR3.
Ademais, é preciso também levar em consideração que há uma pressão nos custos de produção de todo o varejo de moda brasileiro.
O preço do algodão é um dos indicativos mais evidentes: entre abril de 2020 e início de julho de 2022, a commodity subiu 133%, alta provocada principalmente pela queda de produção durante a pandemia. O frete também encareceu, devido aos preços do barril de petróleo, que tem se mantido no patamar de US$ 100, acumulando valorização de 259% no mesmo período.
Isso sem contar que a companhia está inserida em um setor extremamente competitivo, com players nacionais (Renner, C&A, Riachuelo) e internacionais (Shein e AliExpress) disputando espaço no carrinho de compras dos brasileiros.
Nesse contexto, permanece a dúvida: Lojas Marisa é capaz de superar os desafios macroeconômicos ou ficará “refém” da escalada inflacionária, como outras empresas de varejo brasileiras?
- Vale lembrar que até mesmo a gigantesca Magazine Luiza (MGLU3) não escapou dos reflexos negativos da inflação e dos juros altos, encarando uma queda de mais de 50% desde o começo do ano.
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Digital não é o futuro; já é o presente do varejo brasileiro
No entanto, nem tudo é ruim para a Lojas Marisa e é preciso reconhecer seus méritos, relacionados principalmente ao avanço no digital.
A varejista foi a primeira do segmento a lançar um e-commerce, ainda em 1999. E, em 2020, foi a vez de lançar seu aplicativo que, em meio às restrições de circulação da pandemia, impulsionaram o negócio.
Atualmente, cerca de 12% das vendas totais da companhia vêm do App. É notável também a sua penetração: foram 15 milhões de downloads até o final do primeiro trimestre de 2022.
No ano passado, a Marisa inaugurou o seu marketplace, abrindo espaço para alavancar as vendas a partir do poder da marca e oferecendo categorias de produtos não presentes no seu portfólio.
Em paralelo, assim como as outras empresas do setor, a varejista aposta fortemente no omnichannel, integração entre as experiências física e digital dos clientes.
Embora essas inovações sejam positivas para o negócio, é importante também lembrar que elas ocasionam um aumento das despesas operacionais. Ou seja: a inovação tem seu custo. Será que AMAR3 consegue lidar com esse custo e entregar bons resultados para seus acionistas nos próximos meses e anos?
No relatório gratuito disponível no link abaixo, o analista Sérgio Oba responde essa pergunta.
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Comprar ou não comprar AMAR3: eis a questão
É claro que existem ainda outros fatores que devem ser considerados para avaliar a situação de Lojas Marisa: a reforma de suas lojas, seu braço financeiro (o MBank), valuation, custos logísticos…
No relatório disponibilizado pelo analista Sérgio Oba, ele explora todas essas variáveis e dá seu “veredito” para as ações da varejista, mostrando em detalhes aos investidores o que está por trás de sua decisão.
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