Pagou muito Imposto de Renda em 2022? Saiba como evitar isso no ano que vem e ter a chance de receber dinheiro da Receita Federal
Enquanto alguns contribuintes tiveram que pagar o DARF, outros vão receber um ‘pix’ do Governo; entenda
O prazo para declaração do Imposto de Renda 2022 enfim acabou. Para alguns, isso é sinônimo de fim do tormento da burocracia da Receita Federal. Para outros, é prenúncio de boas notícias: a próxima etapa é a restituição. E quem soube fazer deduções inteligentes pode receber uma “bolada” do Leão nos próximos meses.
Entre junho e setembro, o Governo vai depositar dinheiro de volta na conta daqueles brasileiros que, ao longo de 2021, pagaram mais imposto do que deveriam.
Se você está no outro grupo ‒ aquele que teve que pagar o DARF ‒, então sugiro que preste bem atenção nos próximos parágrafos, pois você pode inverter o jogo no ano que vem e ser um dos brasileiros que vai receber o “pix da Receita”.
Como receber restituição do Imposto de Renda?
O IRPF funciona da seguinte forma: ao longo de todo o ano, a Receita Federal vai “comendo” parte dos seus ganhos na forma de imposto. Para quem é CLT, por exemplo, esse desconto já vem no próprio contracheque. O que acontece é que nem tudo que o contribuinte paga é passível de tributação.
Por isso, ao fazer a declaração no ano seguinte, a Receita faz esse ajuste de contas. Se você tiver contribuído com menos imposto do que deveria, você deve pagar o governo através de um DARF. Na situação contrária, é o governo que tem que te ressarcir.
Quanto mais deduções o contribuinte incluir, mais vai sendo reduzida a sua base de cálculo e, portanto, menor o valor do imposto a ser pago ou maior a sua restituição.
Um exemplo: se sua renda tributável anual for de R$ 100 mil e você inserir R$ 12 mil de deduções, pagará imposto apenas em cima de R$ 88 mil, o que já dá uma boa “aliviada” na mordida do Leão.
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E como aumentar esta restituição?
Quem já está acostumado a declarar o IR, já sabe quase de cor os gastos dedutíveis de maior relevância: educação, saúde, dependentes, pensão alimentícia e por aí vai.
Mas o “pulo do gato” ‒ ou melhor, o gasto dedutível mais vantajoso ‒ está no investimento em um plano de previdência privada, na modalidade PGBL.
Para quem faz a declaração completa e contribui para algum outro regime de previdência social, o PGBL pode significar uma dedução de até 12%.
O PGBL torna-se ainda mais vantajoso quando o investidor opta pela tributação regressiva e deixa o dinheiro aplicado por, no mínimo, 10 anos. Vale lembrar que esse tipo de investimento não é reservado apenas para fins de aposentadoria. Embora o foco seja o longo prazo, nada te impede de sacar o dinheiro quando você bem desejar.
Nesse tipo de fundo, você só paga o imposto sobre o investimento no momento de resgatá-lo. Com a tributação regressiva, a “mordida” do Leão pode ser de apenas 10%, a menor alíquota de todo o mercado.
A título de comparação: os trabalhadores CLT podem pagar até 27,5% de IR sobre os rendimentos, caso não façam nenhuma dedução.
Saiba aqui quais são os benefícios fiscais do PGBL e como você pode se beneficiar no IRPF 2023
O aporte em um plano de previdência PGBL é uma forma inteligente de aumentar o valor das suas deduções porque o dinheiro que você aplica continua sendo seu, rendendo em sua conta e contribuindo para uma aposentadoria mais confortável financeiramente.
Além dos benefícios fiscais no Imposto de Renda…
Um plano de previdência privada tem outras vantagens, que vão além dos benefícios fiscais. Sabemos que contar apenas com a aposentadoria do Governo é uma opção ruim, principalmente para quem estava acostumado a ganhar bons salários e gostaria de manter um padrão de vida semelhante ao que estava acostumado anteriormente.
O teto do INSS, hoje, é de aproximadamente R$ 7 mil. Para quem recebia, por exemplo, R$ 10 mil de salário, isso representa uma redução de 30% na renda mensal. Sem contar que você fica sujeito a eventuais reformas governamentais que podem prejudicar seus planos, a depender das medidas adotadas.
Por isso, a Previdência Privada tem se tornado uma opção cada vez mais vantajosa para quem busca uma aposentadoria confortável e com segurança financeira.
Embora ainda exista uma certa resistência em fazer esse investimento, já que se trata de algo de longuíssimo prazo, vale a pena ressaltar que existem uma infinidade de fundos previdenciários vantajosos disponíveis.
Claro que também existem aquelas que são “furadas” claras: fundos que rendem menos de 100% do CDI e cobram altíssimas taxas são comuns nesse mercado, infelizmente (veja aqui a lista de 150 piores fundos de previdência do Brasil).
Por esse motivo, é importante escolher com sabedoria o investimento que pode definir a sua aposentadoria. Caso você queira saber mais sobre o tema e ter informações completas antes de tomar qualquer decisão, liberamos neste link um guia gratuito da Previdência Privada.
Lá, você vai tirar todas as suas dúvidas e entender de forma simples e direta o que está por trás desse tipo de investimento, incluindo:
- Diferenças entre VGBL e PGBL;
- Regimes de tributação: regressivo ou progressivo;
- Regras de portabilidade;
- Vantagens fiscais no Imposto de Renda.