Nem ‘carnezinho gostoso’ de Luiza Trajano conseguiu salvar o Magazine Luiza (MGLU3): varejista teve prejuízo de R$ 135 milhões no 2T22 e analista cita 3 motivos para desistir da ação e comprar uma com ‘gordos’ dividendos no lugar
Parece que Luiza Trajano previa o futuro quando apelou para o “carnezinho gostoso”: após o Magazine Luiza dar prejuízo no 2T22, analista recomenda vender ação MGLU3 e investir em ação de setor mais resiliente e previsível
Nesta última quinta-feira (11), o Magazine Luiza (MGLU3) divulgou os seus resultados referentes ao 2º trimestre de 2022. Mas, infelizmente, nem o “carnezinho gostoso” anunciado por Luiza Trajano para fazer consumidores voltarem às lojas conseguiu salvar a varejista.
O vídeo gravado pela empresária há um mês só confirmou o que já era aguardado pelo mercado: mais um prejuízo trimestral. O Magalu teve prejuízo de R$ 135 milhões no 2T22, revertendo o lucro líquido de R$ 9,5 milhões obtido no mesmo período do ano anterior.
Como resultado, as ações MGLU3 reagiram em queda. Os papéis fecharam o pregão caindo quase 8%, a R$ 3,04. No acumulado do ano, a varejista já perdeu mais de 86% do seu valor de mercado.
Será que esse é o “fim” das ações do Magazine Luiza?
Bom, o Magazine Luiza já começou o ano de 2022 com o “pé esquerdo”. O cenário de juros altos e de inflação desenfreada é a principal razão por trás do resultado divulgado. E as varejistas são as que mais sofrem neste contexto.
O aperto monetário corrói o poder de compra dos consumidores, que deixam de ir às lojas por falta de dinheiro disponível. Não é à toa que não apenas o Magalu, mas Americanas (AMER3) e Via (VIIA3) também têm tido resultados fracos este ano, em decorrência do cenário macroeconômico.
Mas a situação do Magazine Luiza vai um pouco além disso. Mais do que a conjuntura econômica desfavorável, a varejista também lida com outros fatores que estão jogando contra o seu desempenho e fazendo com que a ação seja “furada”.
Quem acredita nisso não sou eu, mas sim Fernando Ferrer, analista de ações da maior casa de análise financeira independente do país. Na visão dele, a ação MGLU3 deixou de valer a pena e é hora dos investidores deixarem o Magalu de lado.
Embora a varejista já tenha sido um case de sucesso da bolsa, tendo valorizado mais de 91.300% em 5 anos, a verdade é que hoje ela está mais para um “patinho feio”. E, se você continuar a investir nela, estará “queimando dinheiro” na bolsa.
Ao invés de investir no Magazine Luiza, o analista está recomendando que investidores apostem em uma ação mais barata e com potencial de distribuir “gordos” dividendos este ano.
CONHEÇA AÇÃO MAIS BARATA E COM ‘GORDOS’ DIVIDENDOS PARA COMPRAR NO LUGAR DO MAGAZINE LUIZA
Fique comigo que explicarei mais detalhes do porque este analista não recomenda mais investir na ação do Magalu, e qual ação ele indica comprar no lugar da varejista.
Magalu ‘derreteu’ 86% em 2022, mas pode cair mais - veja 3 motivos para desistir da ação MGLU3
Para Fernando Ferrer, é hora de desistir da ação MGLU3 e buscar lucros com a ação de uma empresa mais resiliente, barata e com “gordos” dividendos a caminho. Na análise dele, apesar da varejista ter pedido 86% do seu valor este ano, ainda há mais por vir.
E, para explicar o seu ponto de vista, ele citou 3 motivos para acreditar que o Magalu pode cair ainda mais. A seguir, você confere quais são eles:
1. Concorrência acirrada
Em primeiro lugar, Fernando destaca que a concorrência em torno do Magazine Luiza ficou acirrada. Agora, além dos players nacionais, como Americanas e Via, a varejista também está tendo de lidar com concorrentes internacionais, que afeiçoaram os brasileiros.
Estou falando de empresas como Shopee, Shein e Amazon. Elas conquistaram muito rapidamente os consumidores ao praticarem preços populares, além de disponibilizarem com frequência cupons de desconto cumulativos e frete grátis.
Diante disso, o Magazine Luiza tem enfrentado dificuldades para repassar seus custos aos consumidores e ter um resultado maior.
“Mesmo após a forte queda das ações, o cenário desafiador deverá pressionar ainda mais os resultados da companhia, tornando o valuation mais caro e fazendo com que a ação seja menos atrativa, na nossa visão”, explica Fernando Ferrer.
2. Ação mais cara hoje do que em dezembro de 2021
Como pode uma empresa que perdeu mais de 86% do seu valor de mercado este ano estar mais cara hoje do que em dezembro do ano passado? Sei que pode soar estranho, mas esse é o caso do Magazine Luiza. Explico:
Para chegar a essa conclusão, Fernando Ferrer analisou o múltiplo Preço sobre Lucro (P/L) da companhia. Ao estudar o gráfico abaixo, o analista concluiu que, apesar do indicador ter caído ao longo de 2021, ele deu um salto rápido em 2022, tornando-o o mais caro na janela de um ano:
Além disso, Ferrer destaca que o Magazine Luiza também deixou de se enquadrar na denominação de ativo de “quality” e, portanto, não faz mais sentido na estratégia da carteira recomendada dele, que busca ativos com potencial de crescimento, rentabilidade e boa governança corporativa.
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3. Desaceleração do e-commerce
Por último, Fernando destaca que a desaceleração do e-commerce, em decorrência do aperto monetário, impactou fortemente a receita do Magazine Luiza este ano.
Embora a empresa tenha dobrado de tamanho nos últimos 2 anos, totalizando vendas de R$ 56 bilhões em 2021, e tendo triplicado o e-commerce, alcançando os R$ 40 bilhões em vendas online e 200 milhões de itens vendidos, o jogo virou.
De acordo com o analista, todo esse crescimento não foi acompanhado de aumento de rentabilidade, evidenciando a desaceleração do consumo de eletrônicos e bens duráveis como um todo, além da perda do vigor das lojas físicas, que historicamente foram propulsoras de rentabilidade da companhia.
Dado que as lojas eram um vetor importante do Magazine Luiza, a redução dramática das vendas através desse canal promoveu uma queda importante das margens da varejista. E isso faz com que o Magalu se torne um negócio ainda mais caro.
Uma ação barata e com ‘gordos’ dividendos para comprar no lugar dos papéis do Magazine Luiza
Agora vem a parte mais interessante disso tudo. Depois de você ter visto os 3 motivos para que Fernando Ferrer não veja mais potencial nas ações do Magazine Luiza, é hora de conhecer uma ação que realmente vale a pena.
Trata-se de uma ação do setor de distribuição de energia elétrica, com atuação tanto no Brasil quanto no Peru e Colômbia. Na visão do analista, essa empresa é melhor preparada para passar pelo atual contexto do mercado, pois está em um negócio resiliente e previsível.
Caso você não saiba, as ações do setor de energia costumam ser as mais procuradas pelos investidores justamente por isso. Afinal, se há previsibilidade de receita, o pagamento de “gordos” dividendos é quase que certo.
E é justamente isso que essa ação recomendada pelo analista oferece: além de ser a mais barata entre os seus pares, ela também tem projeção de distribuir “gordos” proventos em 2022, com dividend yield estimado em até 5,5% neste ano.
Em um relatório gratuito, Fernando Ferrer revela o ticker da ação desta empresa e todo o racional de investimento por trás dela. Lá, ele também explica porque acredita que trocar a ação do Magazine Luiza por uma do setor de energia é mais vantajoso para o seu patrimônio.
Desde que fez a recomendação, em 11 de maio, a ação da empresa do setor de energia em questão já valorizou cerca de 11%. Contudo, o analista acredita haver espaço para mais, dado que o preço-justo da ação seria de R$ 33, e hoje ela custa cerca de R$ 28.
Agora, a escolha é toda sua. Você pode continuar com a ação MGLU3 na carteira e assistir ao seu dinheiro “derreter”, ou pode conhecer a ação barata e com projeção de dividendos fartos recomendada por Ferrer:
E não se preocupe: o acesso é gratuito mesmo, como uma cortesia da Vitreo. Nenhum centavo será cobrado para que você possa acessar o relatório sobre a ação. Basta clicar aqui e inserir um e-mail válido para receber o relatório na sua caixa de entrada.