Mega-Sena acumulada: apostadores que usarem ‘tática da Bolsa’ podem ganhar mais dinheiro no concurso deste sábado
Apesar de as possibilidades serem iguais, prêmio tende a ser maior do que na Mega da Virada
O concurso 2.524 da Mega-Sena deve sortear um prêmio de R$ 300 milhões neste sábado. O valor é tão incomum que se assemelha ao oferecido no concurso especial de fim de ano da loteria, a chamada Mega da Virada.
Essa sucessão de concursos sem vencedor criou uma assimetria que pode beneficiar os apostadores dessa semana: é mais vantajoso arriscar na loteria do próximo sábado do que no final do ano.
E o motivo é o mesmo que leva milhões de investidores a adotarem uma estratégia clássica que visa à geração de renda passiva na Bolsa de Valores.
Possibilidades são as mesmas, mas prêmio tende a ser maior
A lógica dessa distorção é bem simples: enquanto o preço de apostar e as possibilidades de ganhar na Mega-Sena normal são os mesmos do que na Mega da Virada, quem ganhar na loteria agora provavelmente terá de dividir o prêmio com menos pessoas.
O motivo disso é até meio óbvio: como a Mega da Virada é muito consolidada em termos de marketing, pelos altos valores e pelo simbolismo do Ano Novo, as pessoas tendem a apostar mais, incluindo aquelas que não fazem sua “fezinha” regularmente.
É por conta disso que, normalmente, a Mega da Virada tem vários vencedores e, até agora, nunca acumulou, enquanto o concurso comum, quando tem vencedores, são poucos.
A edição de 2018 da Mega da Virada, por exemplo, contou com incríveis 52 ganhadores, que repartiram o prêmio de R$ 302 milhões, levando para casa "apenas" R$ 5,8 milhões cada.
Dado o menor volume de apostas em um concurso comum, esse número dificilmente se repetiria, embora o prêmio costume ser menor.
O que temos agora, portanto, é uma assimetria gritante: prêmio equivalente ao da Mega da Virada com provavelmente um número inferior de apostadores e, consequentemente, de potenciais ganhadores para dividir o prêmio.
Esse conceito se assemelha muito à estratégia de investir em dividendos, buscada por quem deseja receber uma bela renda mensal isenta de Imposto de Renda.
Onde entram os dividendos nessa história?
A técnica de buscar ganhar o maior lucro possível e dividi-lo pelo menor número de pessoas já é utilizada há muito tempo na Bolsa de Valores.
Para isso, os investidores optam por comprar ações das chamadas “Vacas Leiteiras”, como são conhecidas as empresas que pagam muitos dividendos aos seus acionistas.
O objetivo: buscar os maiores pagamentos mensais com o menor valor investido possível.
Esses dividendos, basicamente, são os lucros obtidos pela empresa. Por lei, elas são obrigadas a distribuir ao menos uma fatia desse resultado aos seus acionistas. Quem compra essas ações, portanto, como dono, recebe pagamentos recorrentes sem precisar fazer absolutamente nada.
Para identificar essas boas pagadoras, os analistas costumam se orientar pelo dividend yield, que nada mais é do que a porcentagem de lucro pago diante do valor investido.
Ou seja, o que importa no final aqui não é quantos bilhões de lucro uma empresa distribui, mas sim o quanto sobra para cada acionista. É melhor, portanto, uma empresa que paga R$ 1 de dividendo a cada R$ 2 investidos do que a que paga R$ 5 a cada R$ 20.
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Quem paga mais dividendos?
De maneira geral, as empresas que distribuem uma maior fatia de seus lucros são aquelas já consolidadas, com receitas previsíveis. Afinal, companhias que ainda estão crescendo precisam reinvestir seus lucros, não sobrando muito para os acionistas.
Para fazer essa seleção, contudo, não basta olhar os últimos resultados, é preciso levar em conta:
- As finanças e projeções da empresa;
- A situação econômica nacional e global;
- As perspectivas para o setor inserido;
- Aspectos legais e regulatórios;
- Uma série de fatores complexos.
Pensando em facilitar a vida de quem deseja receber pagamentos recorrentes todos os meses, a Empiricus Investimentos está disponibilizando como cortesia um relatório com três ações estratégicas para o país com alto potencial de pagamento de dividendos.
São companhias que operam em setores essenciais e que não devem ter seus resultados tão afetados por variáveis como crises políticas, inflação ou juros.