Magazine Luiza (MGLU3) disparou 14% após Copom, mas não significa que é hora de comprar; veja 4 motivos para ficar longe da ação e investir em outro setor mais atraente e com dividendos
O Magazine Luiza (MGLU3) foi o destaque do Ibovespa esta semana ao “decolar” 14% em 1 dia; mas analista alerta que a ação não vale a pena e indica comprar uma mais barata e com projeção de “gordos” dividendos; entenda
A ação do Magazine Luiza (MGLU3) brilhou na última quinta-feira (4), ao ocupar o 1º lugar nas maiores altas do Ibovespa, com “salto” de 14% em 1 dia. Além dela, outras ações ligadas ao varejo também foram destaque no principal índice da bolsa brasileira, como a Via (VIIA3), com ganhos de 12,6% no pregão.
O plano de fundo por trás da disparada dos papéis do varejo esta semana foi a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que sinalizou que o ciclo de alta da taxa básica de juros pode chegar ao fim em breve.
Depois de elevar a Selic para 13,75% ao ano, o órgão do Banco Central indicou que pode promover apenas uma nova alta residual na próxima reunião, e então deve estacionar a taxa.
Embora a notícia seja sim animadora para o varejo, que vem sendo penalizado com as taxas de juros elevadas que corroem o poder de compra do consumidor, isso não quer dizer que ela vá permitir a recuperação de todas as empresas do setor da mesma forma.
Veja bem: o Magazine Luiza já foi uma das grandes estrelas do varejo e, na pandemia, foi um destaque no e-commerce. No entanto, de lá para cá muita coisa mudou.
Para falar o português claro, alguns analistas do mercado não veem mais potencial nas ações MGLU3. E destacam que a alta de 14% pode ser irrisória para uma empresa que chegou a perder mais de 80% do seu valor de mercado no acumulado de 2022.
Um dos que compartilha desta opinião é Fernando Ferrer, analista na maior casa de análise financeira independente do Brasil. Na visão dele, mesmo que o Magalu tenha tido uma trajetória louvável, tendo dobrado de tamanho nos últimos 2 anos, a empresa não vale mais a pena.
Para chegar a essa conclusão, o analista ponderou o cenário macroeconômico atual e alguns pontos particulares do Magazine Luiza, que jogam contra a empresa neste momento.
Em um relatório gratuito, disponível neste link, Ferrer explicou quais os motivos que o levaram a desistir da ação MGLU3. E, no lugar, recomendar a compra da ação de empresa de um setor mais atraente e que tem projeção de “gordos” dividendos para este ano.
A seguir, apresento a você 4 motivos para não investir na ação do Magazine Luiza e, ao final, mostro um caminho para que você conheça a ação que Fernando Ferrer recomenda comprar no lugar de MGLU3.
4 motivos para ficar longe do Magazine Luiza (mesmo após ‘salto’ de 14%)
1. Está ameaçada pelos juros altos e inflação desenfreada
Embora a Selic mais alta já tenha sido precificada pelo mercado, o cenário político local pode adicionar tensão ao mercado acionário doméstico. Explico:
O Copom sinalizou que pode frear o ciclo de alta dos juros, mas analistas avaliam que isso pode mudar a depender do tom do Banco Central em relação à inflação. Contrariando as expectativas, o BC já sinalizou, em comunicado, que a tendência de aperto monetário pode se manter na próxima reunião.
O motivo? Bom, se a “gastança” do governo se tornar algo permanente, é possível que continuemos a ter uma meta de inflação desenfreada. E, segundo os dois candidatos à presidência nas eleições deste ano, os gastos não devem parar.
Tanto Lula quanto Bolsonaro, que lideram as pesquisas eleitorais neste momento, já disseram que pretendem manter o benefício do Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família) no valor de R$ 600, violando o teto de gastos imposto para as despesas públicas da União.
E, se a inflação permanecer descontrolada, o “remédio” do BC será continuar elevando os juros, ou mantendo-o em patamares altos, como o que está acontecendo agora, para que possa contê-la.
Neste cenário incerto, o varejo deve continuar penalizado, ao passo que o poder de compra dos consumidores deve permanecer reduzido devido ao aperto monetário. O que afeta diretamente o desempenho da ação do Magazine Luiza.
2. Tem ações caras e sofre com competição acirrada
Em segundo lugar, vale destacar que, mesmo antes dos juros altos, algumas empresas do setor do varejo já negociavam a múltiplos acima dos patamares históricos. Ou seja, tinham ações mais caras do que deveriam.
Grande parte disso vem de um exagero na precificação. Depois de as varejistas terem se dado bem no período de pandemia, com taxas de juros nas mínimas históricas, o “boom” do e-commerce e o consumo a todo vapor, agora o mercado acionário brasileiro está corrigindo o preço de muitos desses negócios.
Principalmente em um contexto em que houve um aumento na competitividade do setor, com o aparecimento de nomes de fora do país, como Shopee e Amazon, que acabaram colocando muita pressão nos players locais.
A dinâmica competitiva atrapalha o Magazine Luiza, que, mesmo tendo tido forte queda no preço das ações este ano, ainda está caro, na visão de Ferrer. “O cenário é desafiador e deve continuar pressionando as ações da companhia, tornando o valuation caro e fazendo com que elas sejam menos atrativas, na nossa visão”, explica.
3. Deve continuar dando prejuízo e com dívidas preocupantes
Além disso, o mercado considera que o nível de endividamento do Magazine Luiza é alto. O que, em um cenário de juros altos, se torna preocupante.
Nos resultados referentes ao primeiro trimestre de 2022, a varejista reportou prejuízo líquido de R$ 161,3 milhões e dívida bruta de R$ 6,9 bilhões, um crescimento de R$ 118,6 milhões na comparação com dezembro de 2021.
E a projeção dos analistas para os próximos balanços das varejistas não é animadora. Ainda é esperado prejuízo devido às margens apertadas pelo cenário econômico, e um aumento das despesas financeiras em decorrência da alta dos juros.
Especificamente sobre o Magazine Luiza, espera-se que a varejista reporte novamente resultados fracos, dado que o cenário macroeconômico continua sendo um desafio no tocante à demanda de eletrônicos e eletrodomésticos, que ainda são grande parte do seu volume bruto de mercadoria (GMV).
4. A recuperação pode vir, mas o Magalu não é o primeiro na fila
Por fim, analistas ressaltam que, quando o varejo finalmente se recuperar, o Magazine Luiza não será o primeiro da fila a aproveitar a retomada. Afinal, o setor de tecnologia, na qual a varejista está inserida, deve ser o último a sentir os efeitos do fim do aperto monetário no Brasil.
O motivo é o seguinte: as techs têm hoje grande dificuldade para captar fontes de renda, visto que os juros altos dificultam a disponibilidade de capital no mercado. Em resumo, as techs precisam de dinheiro disponível para investir nelas e poderem crescer.
E, como as empresas do setor são em sua maioria de growth, elas apostam muito mais no seu crescimento, por isso não pagam dividendos e usam tudo o que lucram para reinvestir nelas mesmas.
Por tudo isso, esse é um setor que deve demorar para sentir os efeitos do fim do ciclo de juros altos, pois precisará voltar a dar resultados animadores e, com isso, ter financiamento para continuar a crescer.
Com balanço apertado, nível de endividamento alto, patrimônio baixo e sem dinheiro, acredita-se que o Magazine Luiza vai demorar para ter resultados melhores e se recuperar da atual crise.
É HORA DE SUBSTITUIR MGLU3 POR UMA AÇÃO MAIS ATRAENTE, BARATA E QUE PODE PAGAR ‘GORDOS’ DIVIDENDOS EM 2022 - CONHEÇA AQUI
Adeus, MGLU3: conheça uma ação mais atraente e com ‘gordos’ dividendos para 2022
Depois que você tomou conhecimento sobre os 4 motivos para não investir no Magalu mesmo após a alta de 14%, chegou a hora de conhecer uma ação que vale o seu dinheiro.
Trata-se de um papel do setor de transmissão de energia elétrica que está barato e que conta com uma grande vantagem: o pagamento de dividendos.
Caso você não saiba, o setor de transmissão de energia é um dos melhores pagadores de dividendos da bolsa. Isso porque ele tem receita previsível e, portanto, não é abalado com a alta dos juros, sendo resiliente em períodos de crise como agora.
Neste relatório gratuito, Fernando Ferrer explica por que acha que vale a pena desistir das ações do Magazine Luiza para comprar as dessa empresa de energia elétrica no lugar.
Na análise dele, essa ação pode alegrar os acionistas ao distribuir “gordos” dividendos em 2022. Não é à toa que ela foi uma das ações mais recomendadas para comprar no mês de agosto, de acordo com as principais corretoras do país.
A estimativa é que o dividend yield anualizado da companhia atinja 5,7% até o final do ano. Uma verdadeira “vaca leiteira”, não concorda?
Para conhecer a ação, basta liberar seu acesso ao relatório gratuito no botão abaixo. Pode ficar despreocupado, pois não há pegadinhas aqui. Nenhum centavo será cobrado para que você possa conhecer a ação recomendada de Fernando Ferrer: