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Leticia Camargo
Leticia Camargo
Formada em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Já passou por agência de marketing digital, onde trabalhou com estratégias de SEO e marketing de conteúdo.
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Magazine Luiza (MGLU3) em apuros? Em súplica por clientes, Luiza Trajano faz vídeo para ‘vender’ carnê da varejista, mas medida não deve ser suficiente para salvar ações da ruína, diz analista

A presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza gravou vídeo em que pede aos clientes “vão à loja, por favor”, mas apelo pode não ser suficiente para salvar os papéis MGLU3 do cenário econômico

Leticia Camargo
Leticia Camargo
20 de julho de 2022
14:46
A empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza
A empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza - Imagem: Twitter/Luiza Trajano

Situações extremas requerem medidas extremas”. Talvez tenha sido essa linha de raciocínio que fez com que Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (MGLU3), tenha gravado um vídeo com um apelo aos clientes da varejista na última segunda-feira (18).

“Vão à loja, por favor”. “Vai ser no carnê. Lembra daquele carnezinho gostoso? Em prestações que você pode pagar”. São algumas das frases ditas no vídeo que a empresária gravou e que viralizaram nas redes.

Após o anúncio, as ações do Magalu “decolaram”: os papéis chegaram a subir mais de 6%, figurando entre as maiores altas do Ibovespa no pregão de ontem. 

O vídeo atraiu tanto comentários positivos como críticas. Alguns se solidarizaram com o momento da varejista, que enfrenta tempos difíceis com os juros de dois dígitos e inflação desenfreada, que afetam diretamente o poder de compra dos consumidores.

Por outro lado, teve quem condenou a medida de Trajano. Para alguns analistas do mercado, a iniciativa de implorar pela visita às lojas sob a condição de ter crédito pré-aprovado pode vir a ser um impulso para a inadimplência.

Além disso, eles apontam que a medida leva ao crédito sem qualidade alguma e a um estímulo para o endividamento do consumidor. Para falar o português claro, o vídeo não agradou em nada os analistas e talvez esse seja um sinal para que o investidor desista da ação MGLU3 e parta para alguma menos “problemática”.

Quem concorda com esse ponto de vista é Fernando Ferrer, analista da maior casa de análise financeira independente do país, a Empiricus. O analista comunicou, em um relatório gratuito (saiba como acessá-lo aqui), que chegou a hora de vender as ações do Magazine Luiza.

Apesar de ter apostado nos papéis da varejista no passado, Ferrer está convencido de que há oportunidades melhores no contexto macroeconômico atual. “O cenário desafiador deverá pressionar ainda mais os resultados da companhia, tornando o valuation mais caro e a ação menos atrativa”, afirma.

É por isso que eu sugiro que você entenda o que está acontecendo com o Magazine Luiza e com o mercado financeiro antes de tomar qualquer decisão sobre a ação MGLU3. 

Até porque Fernando Ferrer está fazendo uma importante mudança na carteira dele que pode ser interessante para você (falarei mais sobre isso adiante).

Antes de qualquer coisa, deixe-me explicar o que está por trás da recomendação de venda dos papéis MGLU3 por parte do analista.

Esqueça MGLU3: ela pode ter sido um ‘cisne’ no passado, mas agora está mais para ‘patinho feio’

Não entenda mal: sabemos que o Magazine Luiza chegou a ser um “cisne” na bolsa, ao entregar valorização de 91.300% em 5 anos, entre 2015 e 2020, fazendo com que muita gente ganhasse uma “bolada”. Mas agora a verdade é que estão mais para um “patinho feio”. E eu te explico por que:

Para que você entenda o que fez Fernando Ferrer mudar de ideia sobre o Magazine Luiza, precisamos contextualizar o cenário macroeconômico atual. Em um intervalo de tempo muito curto, nós passamos de um contexto de juros baixos e inflação controlada, para um mundo de juros altos e inflação preocupante.

No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) revisou a taxa de juros para 13,25% ao ano. Ao mesmo tempo, o IPCA, um dos principais índices para a inflação no país, alcançou os 11,89% em junho, sendo a primeira vez em quase 20 anos que o país vive uma sequência tão longa de inflação acima de 10%.

Em outros países, a dinâmica de juros e inflação tem sido a mesma. O “remédio” dos bancos centrais para conter os preços é aumentar as taxas de juros. E, em alguns casos, essa dinâmica é brutal. 

Veja os Estados Unidos, por exemplo. O país vive a maior inflação em 40 anos, o que está pressionando o Fed para subir as taxas de juros cada vez mais rápido para tentar conter a inflação.

Nesse novo cenário mundial, as empresas ligadas ao varejo, como é o caso do Magalu, costumam ser as mais penalizadas. Isso porque o varejo é um dos setores que estão mais suscetíveis à alta dos juros por causa da dependência da liberação de crédito. E, além disso, a inflação e o fortalecimento da concorrência pressionam o Magazine Luiza.

Na pandemia, o mercado elegeu a varejista como a única vencedora do e-commerce no Brasil, como uma espécie de Amazon brasileira, mas essa ideia se provou equivocada. Hoje, vemos que existem outras empresas muito bem capitalizadas com dinheiro norte-americano surgindo e ganhando espaço também.

Portanto, mesmo custando meros R$ 2,77, de acordo com o último fechamento, Ferrer considera que os papéis estão caros demais e não valem mais a pena.

Na opinião do analista, não é o momento de apostar em empresas prejudicadas pelos juros altos, como o Magazine Luiza. Mas sim naquelas que saem vitoriosas apesar do cenário macroeconômico desafiador:

“Com a ampliação do Auxílio Brasil até o final do ano, as varejistas performaram bem nesses últimos dias, na expectativa de que uma parcela desses recursos sejam usados para compra de bens duráveis. Mesmo com essa expectativa, seguimos céticos em um prazo mais alongado e preferimos empresas mais resilientes e que sejam capazes de atravessar a crise de uma maneira mais suave” - Fernando Ferrer, analista CNPI da Empiricus

É por isso que o analista decidiu recomendar a venda dos papéis MGLU3 e, no lugar, está indicando que os investidores comprem as ações de uma empresa de transmissão de energia elétrica.

Neste relatório gratuito, disponível no botão abaixo, Fernando Ferrer explica por que ele decidiu que é hora de cair fora do Magazine Luiza e investir nas ações dessa elétrica. Na visão dele, as ações estão baratas e são mais atrativas para o cenário do que a varejista:

RELATÓRIO GRATUITO - CONHEÇA A AÇÃO DA ELÉTRICA MAIS BARATA E ATRATIVA DO QUE O MAGAZINE LUIZA

‘Ação barata, resiliente e com projeção de gordos dividendos’ rouba lugar do Magazine Luiza na carteira ‘Melhores Ações da Bolsa’

Se você ficou interessado em saber qual é o ticker da ação de empresa de energia elétrica que pegou o lugar do Magazine Luiza na carteira de Fernando Ferrer, recomendo que veja como fazer o download do relatório gratuito escrito por ele neste link.

Não se preocupe, nenhum centavo sequer será cobrado para que você possa acessar o documento com a tese completa. Lá, você descobrirá a nova recomendação do analista para a carteira de “Melhores Ações da Bolsa”.

A carteira recomendada de Fernando Ferrer funciona assim: ele “garimpa” entre as mais de 400 ações listadas na bolsa brasileira em busca daquelas com a melhor relação risco-retorno. São nomes resilientes, que estão baratos e podem render uma boa rentabilidade aos acionistas no médio a longo prazo.

Agora, Ferrer está mirando em uma ação que, na opinião dele, “é barata, resiliente e tem projeção de gordos dividendos em 2022”. O setor de transmissão elétrica, na qual está inserida, é bastante previsível e corrigido pela inflação, o que faz da ação uma boa opção para ter na carteira nesse momento.

Se ficou interessado no trabalho dele e está minimamente curioso para saber qual a ação que Fernando Ferrer colocou no lugar do Magazine Luiza diante do novo cenário macroeconômico, dê uma “espiada” no relatório gratuito. É só colocar um e-mail válido para recebê-lo:

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