Ex-agente secreto da União Soviética está fazendo a gasolina disparar em todo o mundo e pode acabar com o “alívio” da queda do dólar no Brasil; investidores já embolsaram 10,28% neste ano
Crise envolve o abastecimento de energia na Europa e pode gerar uma escassez global do petróleo; barril está quase em US$ 100
Tudo que é bom dura pouco. A lição aprendida desde a tenra infância volta sempre à tona na vida adulta – e não é diferente para os brasileiros que abastecem seus carros e motos para ir ao trabalho e fazer suas tarefas cotidianas. Os combustíveis devem subir de novo, mas agora por “culpa” de um ex-agente da Inteligência soviética.
Depois de uma alta de 46% no preço médio da gasolina em 2021, que foi de R$ 4,51 para R$ 6,61 no ano passado, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), os brasileiros sentiram um alívio temporário na alta dos combustíveis em 2022: com a queda do dólar, os preços se estabilizaram e até caíram um pouquinho (o litro estava em R$ 6,59 em 19 de fevereiro).
Mas o respiro, aparentemente, não deve seguir por muito tempo. Como a Petrobras baliza os valores de acordo com o cenário internacional, o preço médio de combustíveis derivados do petróleo, como a gasolina e o diesel, dependem, basicamente, de dois fatores:
- A cotação do dólar;
- O preço internacional do barril de petróleo;
No ano passado, a culpa foi das duas premissas: o petróleo subiu com a retomada da atividade econômica e o dólar disparou frente ao real. Nesse ano, a pressão dos preços foi aliviada pela valorização do real, provocada principalmente pela volumosa entrada de capital estrangeiro no Brasil.
Só que o preço do barril de petróleo desandou nas bolsas de Londres e Nova York: o Brent, referência para a Petrobras, fechou o pregão do dia 21 de fevereiro acima dos US$ 95, maior cotação desde 2014.
A alta no ano já chega a 20% e o preço deve ser refletido nas bombas em breve. A coisa ainda pode piorar caso esse movimento de alta prossiga.
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O que a União Soviética tem a ver com o preço da gasolina no Brasil?
Você deve estar acompanhando as tensões diplomáticas entre Rússia e Ucrânia, que envolvem também interesses da Europa Ocidental e dos Estados Unidos. A temperatura está aumentando e existe um risco considerável de eclosão de uma guerra no leste europeu.
Essa crise bélica é uma das principais responsáveis pelo aumento da cotação internacional do petróleo. A Rússia é o maior exportador de gás natural do planeta e o segundo maior exportador de petróleo, com cerca de 11% da participação global.
Importantes economias europeias, como a Alemanha, dependem e muito do fornecimento russo de energia. No caso de uma guerra com sanções à Rússia por parte da União Europeia e dos Estados Unidos, Moscou poderia interromper o fornecimento de energia à Europa, o que pode implicar numa crise global de oferta.
Por conta disso, os preços estão disparando no mercado internacional. A Opep+, cartel com os principais exportadores de petróleo do planeta, já estuda segurar a extração de petróleo para aproveitar os preços em alta e, no caso de uma invasão russa, as incertezas devem fazer a cotação do barril explodir.
Estima-se que a demanda global de petróleo aumente em 3,3 milhões de barris por dia em 2022, enquanto a oferta da Opep+ só será ampliada em 400 mil barris diários.
Péssimas notícias, certo? Não necessariamente. Segundo o gestor financeiro George Waschmann, essa crise global pode favorecer os investidores que se posicionarem em ativos ligados ao petróleo.
“A tensão entre Rússia e Ucrânia vem pressionando os preços do petróleo em escala global. Claro que não torcemos por uma guerra, mas caso um conflito de fato estoure, quem se antecipar e comprar ativos ligados ao petróleo poderá fazer um bom dinheiro nos próximos meses”, explica.
Para quem não tem muita familiaridade com ações de petroleiras internacionais ou contratos futuros de petróleo, há uma maneira bem fácil de se posicionar e lucrar com a alta do “óleo negro”.
No botão abaixo, você pode saber mais sobre um investimento que acompanha os valores do petróleo e que já rendeu 10,28% apenas neste início de ano. É extremamente simples, você investe em reais mesmo, sem grandes burocracias e com poucos cliques.
Afinal, quem é o ex-agente da KGB que vai deixar a gasolina mais cara?
Agora que você já entendeu a relação entre o conflito Rússia-Ucrânia e a alta do petróleo, deve estar se perguntando: “mas quem é o espião no meio dessa história”? A resposta é mais simples do que você imaginava.
Vladimir Putin, atual presidente da Rússia e mandatário de fato do país desde 1999, é um dos principais, se não o mais relevante pivô da crise diplomática com a Ucrânia. Conhecido por sua personalidade forte, Putin reconheceu recentemente a independência de regiões separatistas da Ucrânia e chamou o país vizinho de “fantoche” ocidental.
Só que, antes da política, Putin foi um dos principais nomes da KGB, o antigo serviço secreto da União Soviética. Seu destaque na Inteligência do bloco comunista e, posteriormente, na Rússia, o alçaram à vida política logo após a queda do bloco.
A partir de R$ 100, é possível investir no fundo de petróleo que rendeu 34,08% em menos de um ano
Investir em petróleo parece algo muito abstrato para a maioria das pessoas. Embora muitos tenham uma certa familiaridade com a compra de ações da Petrobras (PETR4), por exemplo, as possibilidades vão muito além da estatal brasileira. Além disso, ela está longe de ser uma opção estável por conta de eventuais interferências governamentais.
Existem diversas petroleiras internacionais, cotadas em mercados mais sólidos, além dos contratos futuros do Brent ou do WTI para investir. Mas calma, você não precisa conhecer nenhum deles nem se enrolar todo para aproveitar a alta desses ativos.
Uma solução simples é investir por meio do Vitreo Petróleo, fundo disponível para brasileiros que aplica em ações de petroleiras e contratos futuros. Com poucos cliques e aportes a partir de R$ 100, já é possível se tornar um cotista e captar os lucros de eventuais movimentos de alta no preço do petróleo.
Ele foi criado há pouco menos de um ano, em 12 de março de 2021 e, de lá para cá, já rendeu 34,08%. Apenas em 2022, a rentabilidade já ultrapassa a casa dos 10% e, se depender da Rússia, pode ir muito além.