CSAN3: Após compra da Vale (VALE3), Cosan deve distribuir menos dividendos, mas isso pode acabar beneficiando o investidor; entenda
Meganegócio entre gigantes da bolsa apresenta oportunidades e riscos significativos; saiba como se posicionar
O ousado movimento da Cosan (CSAN3) em adquirir uma participação minoritária do capital da Vale (VALE3) teve fortes reverberações no mercado nos últimos dias.
Após o anúncio do meganegócio (compra de 4,9% das ações + opção de compra de 1,6%), as ações CSAN3 chegaram a cair 15% entre os pregões de 6 e 10 de outubro.
Apesar de conferir maior diversificação aos negócios da holding, que já controla empresas como Raízen, Rumo, Moove e Compass, os investidores ficaram receosos de que a Cosan poderia estar dando “um passo maior do que a perna” com a operação.
Para Felipe Miranda, CEO da Empiricus Research, o momento de execução da operação é ruim, por conta da alta da Selic.
Diante do fato novo, Miranda atualizou na última semana sua tese a respeito da Cosan e cravou, ao fim de sua análise, se a empresa continua sendo um bom negócio ou se não vale a pena o investimento (confira a tese completa neste link).
Em primeiro lugar, de acordo com o analista, os recursos que seriam destinados à distribuição de dividendos serão repassados para a execução da compra. Por outro, a companhia precisará aumentar seu endividamento para conseguir arcar com o movimento.
Com a exigência do investidor em alta, empresas que não distribuem caixa estão sendo deixadas de lado pelos acionistas. Além disso, o aumento da dívida ocorre justamente em um momento de juros altos, quando os compromissos financeiros estão mais caros.
Além disso, o selo “ESG” que a Cosan carregava até agora pode ficar comprometido diante de todo o impacto ambiental e social gerado pela Vale, embora a expertise da holding na questão também possa ser útil à transição da mineradora para atender a demandas mais sustentáveis.
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Aquisição pode ter deixado Cosan ainda mais barata e destravar valor
Apesar de entender que a compra de parte da Vale tenha acontecido em um momento pouco propício, Miranda e sua equipe reconhecem que a sinergia entre as empresas pode ser muito proveitosa para geração de valor para o investidor.
De um lado, ter uma fatia da Vale possibilita que a Cosan, até então muito dependente de negócios defensivos e atrelados ao mercado brasileiro, passe a ter uma maior exposição internacional.
A participação ativa da Cosan também pode ajudar a Vale em sua transição energética, tanto em termos de descarbonização da própria operação como suprindo a demanda de metais usados para a confecção de baterias elétricas para veículos.
O aporte ainda permite que a Vale invista em infraestrutura sem precisar comprometer o pagamento de dividendos.
O grande “ponto de virada” para o investidor, contudo, está relacionado ao preço justo das ações. Além de a Vale estar sendo adquirida muito abaixo de sua máxima histórica, a queda da Cosan pode ter aberto uma oportunidade de valorização, já que a ação está ainda mais barata do que antes do anúncio.
Diante desse cenário, como o investidor deve se posicionar? Para responder a essa pergunta, o analista Felipe Miranda e sua equipe montaram um relatório completo sobre a tese em Cosan e Vale, já atualizado com a megaoperação de compra.
No material, que foi liberado gratuitamente como uma cortesia da Empiricus Investimentos neste link, os especialistas destrincham todo o racional da operação, bem como seus riscos e oportunidades, e dão uma recomendação bem clara a quem investe: aproveitar e comprar Cosan ou fugir da empresa antes que não consiga mais remunerar seus acionistas?
Para acessar, sem pagar nada, a tese com a resposta, clique no botão abaixo: