As 3 ações para as eleições: no clima da independência, analista seleciona empresas que podem gerar lucros com Lula, Bolsonaro ou qualquer candidato
Feriado da pátria acirra ânimos e aponta para momento de cautela, mas estas 3 empresas estratégicas podem dar bons retornos até dezembro; confira
Estão se aproximando as eleições gerais de 2022, consideradas as mais polarizadas da história recente, o que não costuma ser bom para o investidor, mas tende a abrir algumas oportunidades.
Neste ano, os dois candidatos à Presidência mais competitivos travam uma disputa que chega a ser hostil de tão acirrada, adicionando diversos elementos de risco ao mercado, como:
- Lula e Bolsonaro possuem um altíssimo índice de rejeição, o que pode dificultar a aceitação da derrota;
- As divergências políticas inflamam os ânimos dos cidadãos, ingressando de vez nos relacionamentos pessoais;
- No poder, os dois candidatos se valeram de mecanismos populistas, pouco favoráveis ao mercado, por conta de seus interesses;
- Há riscos de ruptura institucional e desrespeito à saúde fiscal do país.
Isso faz as eleições se tornarem um evento altamente temido pelos investidores.
De maneira geral, o impacto eleitoral nas ações se manifesta de duas maneiras:
- Aumentando o prêmio pelo risco-Brasil, o que diminui o valor do mercado como um todo;
- Beneficiando ou prejudicando determinados setores, conforme as perspectivas de quem serão os candidatos vitoriosos.
Abaixo, explicamos essas duas interferências no mercado e trazemos uma sugestão de um “combo de investimentos” modelado para passar ileso às disputas políticas entre petistas e bolsonaristas.
Polarização das eleições aumenta o risco-Brasil
Apesar de ser um campo de grandes oportunidades, o Brasil é visto como um país que traz um importante risco ao investidor. Essa percepção impacta fortemente no preço das ações negociadas por aqui.
Para os brasileiros mais prudentes, é essencial ter parte de seu patrimônio investido no exterior. Já para o estrangeiro, é preciso retornos acima dos mercados consolidados para compensar esse risco extra.
Um dos principais métodos que investidores institucionais usam para determinar o valor justo a ser pago por um ativo é a técnica dos fluxos de caixa descontados.
Em resumo, esse método traz para o valor presente os lucros projetados para uma ação, por exemplo. Para isso, é usada uma taxa de desconto - e nela está embutido o risco do país. Logo, quanto maior o risco, menor tende a ser o valor das ações.
Entre outros fatores, um dos principais geradores desse risco é a incerteza política que ronda o país. Por um lado, nos acostumamos com políticos focados em adotar soluções simples e de curto prazo para problemas complexos e de longo prazo.
Por outro, o alto grau de polarização, muitas vezes baseado em critérios pouco técnicos, colocam em xeque a confiabilidade das instituições.
Para o analista Felipe Miranda, CEO da Empiricus, isso pode abrir uma oportunidade momentânea para ganhos relevantes no curto prazo.
O motivo? Na opinião de Miranda, muitas ações já estão sendo avaliadas com o risco eleitoral embutido, ou seja, se desvalorizaram e ficaram baratas.
Em sua visão, após as eleições, com as variáveis menos incertas, o risco deve diminuir, oque destravar um gatilho de valorização das ações. Além disso, ele projeta que qualquer um dos candidatos favoritos deve guinar ao centro por questões de governabilidade, o que traz mais segurança ao mercado.
Pensando nisso, Miranda e sua equipe elaboraram o que chamam de “Combo Estruturado das Eleições”. Trata-se de uma operação apostando na alta de três empresas estratégicas para a economia do país.
De acordo com os especialistas, são ativos com alto potencial de valorização no curto prazo, independentemente de quem vença as eleições.
QUERO SABER AS TRÊS AÇÕES DO COMBO DAS ELEIÇÕES
Ações que podem ganhar com Lula ou Bolsonaro
Alguns analistas de mercado se arriscam a selecionar listas de ações que seriam mais beneficiadas com a vitória do ex-presidente Lula ou com a reeleição de Bolsonaro.
Normalmente, as projeções andam na linha de que estatais, como a Petrobras, devem ganhar com Bolsonaro e a adoção de uma política mais pró-mercado.
Por outro lado, Lula poderia interferir na política de preços e prejudicar a petroleira, mas beneficiaria empresas de varejo e incorporadoras com a facilitação do crédito.
Entretanto, como já dissemos, o rumo das eleições pode mudar a postura dos convidados, especialmente em prol da governabilidade. Por conta disso, a equipe de Miranda desenhou uma carteira de tiro curto para as eleições, com três ações que podem subir em qualquer cenário.
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É a chance de conseguir lucros expressivos, de meses ou anos, em um curto espaço de tempo.