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João Escovar
Jornalista especializado em Finanças
Conteúdo Vitreo

17% acima da Selic: este título de renda fixa paga mais do que o Tesouro Direto e quase o triplo da poupança com a garantia do FGC

Após esgotar em maio, prefixado é relançado com “upgrade” de 0,5%; veja como aproveitar antes que acabe

João Escovar
27 de junho de 2022
16:45
Notas de 100 e 50 reais
Imagem: Shutterstock

Um dos títulos de renda fixa que fez mais sucesso nos últimos meses “reabriu” para captação nesta segunda-feira (27) com uma bomba: rentabilidade prefixada de 15,5% ao ano, lucro 17% superior à taxa Selic atual e equivalente a 268% da caderneta de poupança. Tudo com a garantia do FGC para até R$ 250 mil por CPF.

O produto em si é uma espécie de evolução de outro título “premium” disponibilizado no mês passado, que, ao pagar 15% ao ano, foi sucesso absoluto de captação.

De acordo com a Vitreo, distribuidora do título, não há como garantir até quando o investimento estará disponível, já que há um limite de capacity (volume total de aportes) e, no geral, a emissão de novos títulos de renda fixa dependem da influência da curva futura de juros.

Da última vez que um título semelhante a esse foi aberto, por exemplo, ele ficou disponível por apenas uma semana, já que, por conta das condições acima da média, a procura foi muito grande.

No quadro abaixo, é possível observar o rendimento bruto desse título, após seu período de vencimento (dois anos e meio), considerando um aporte de R$ 10 mil.

Como base, usamos a taxa Selic do momento (13,25% a.a.) e o rendimento da poupança considerando as projeções da Vitreo para o período.

Conforme indicam os números, o título, mesmo com a segurança do FGC, rende mais do que a Selic e se aproxima do triplo do retorno da poupança.

A alta de juros pode estar prestes a terminar: esta é a hora de abocanhar um prefixado generoso

Depois de uma rápida escalada no aperto monetário (em cerca de um ano, a Selic saiu de 2% para 13,25%), o Banco Central começa a dar indícios de que os juros podem parar de subir em breve.

Além de um reajuste menos intenso na última reunião do Copom (0,5 p.p.), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira (27) que o ciclo de alta dos juros está chegando ao fim.

Este momento de aproximação do “pico” da Selic é, justamente, a hora mais oportuna para comprar títulos prefixados.

Isso ocorre porque é nesse período que as taxas de prefixados estão elevadas, como é o caso deste título de 15,5%, já que os produtos estão competindo com uma Selic também alta.

Quando os juros baixarem, contudo, os novos prefixados tendem a perder rentabilidade, já que não precisarão pagar prêmios tão altos para se tornarem atrativos.

Nesse contexto, quem “travar” uma rentabilidade elevada agora deve ter vantagem em relação a quem deixar para comprar prefixados no futuro ou apostas nos pós-fixados.

Na prática, investir nesse título é garantir o bom momento da renda fixa até o fim de 2024, mesmo que ele não dure até lá.

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