Ajuste de carteira em 2022: investir no exterior é essencial para reduzir o risco Brasil; veja como é fácil proteger o patrimônio
Instabilidade política e econômica no Brasil em ano eleitoral devem aumentar a volatilidade por aqui; a boa notícia é que há maneiras bem simples de alocar seu dinheiro fora do país
Se você investe e acompanha o noticiário sobre o mercado financeiro, muito provavelmente já se deparou com o conselho de diversificar a sua carteira, para não ficar suscetível a perdas em cenários nos quais as coisas não saem conforme o planejado.
Isso vale não só para não concentrar seu patrimônio em um único tipo de ativo, como ações, mas também para não se posicionar em apenas um mercado, especialmente um extremamente instável como o brasileiro.
Portanto, uma carteira realmente diversificada, com potencial para performar melhor, trazer melhores lucros e estar mais protegida, pressupõe uma alocação em ativos estrangeiros.
Em 2022, ano em que, somada à instabilidade econômica do país, teremos eleições gerais que tem tudo para ser extremamente polarizadas, essa recomendação é ainda mais crucial.
O bom é que, com a maior conscientização do investidor brasileiro e o desenvolvimento do mercado de capitais nacional, é extremamente fácil e simples colocar seu dinheiro nas principais empresas globais, por exemplo, sem precisar de dólares, conta no exterior ou falar inglês.
Por que é fundamental investir fora do Brasil
Além da questão da diversificação, que vale para qualquer investidor em qualquer parte do mundo, levar seu patrimônio para o exterior é ainda mais importante para o brasileiro que, se ficar 100% exposto a seu país, pode sofrer com uma série de fatores.
Vivemos um período desafiador da economia, com inflação acima de dois dígitos e juros em expansão, quase chegando também à casa dos 10%. Isso afeta duramente os ativos de maior risco, como as ações nacionais. O Ibovespa, por exemplo, que chegou a alcançar o recorde de 130 mil pontos, quase perdeu a linha dos 100 mil na virada do ano.
Além disso, estamos com uma projeção de crescimento ínfimo do PIB, de 0,29% em 2022, segundo o boletim Focus, uma das menores expectativas entre os países mais relevantes da economia global.
Sem falar no risco fiscal, já que o governo tem precisado dar “jeitinhos” para fechar as contas, como a PEC dos Precatórios, o que pode se agravar caso haja uma guinada mais populista visando as eleições.
E por falar em eleições, as perspectivas de vitória de cada candidato à Presidência – e inclusive a maneira como cada um deles se apresentar, pode trazer grande volatilidade para os ativos brasileiros. Uma vitória de um candidato com um discurso mais radicalizado pode, inclusive, derrubar ainda mais a bolsa local.
Isso sem falar no desempenho da economia brasileira em relação às principais potências globais, como os Estados Unidos. No ano passado, por exemplo, enquanto o Ibovespa caiu 12%, o S&P 500, principal índice acionário americano, subiu quase 30%.
Se somarmos o valor de mercado dos índices das duas principais bolsas de valores dos EUA (NYSE e Nasdaq), temos US$ 50 trilhões, valor bem maior que o US$ 1 trilhão do Ibovespa, o que mostra o tamanho da oportunidade na América do Norte.
O desempenho histórico do mercado americano também é muito mais consistente do que o brasileiro, fruto de empresas mais pujantes, inovadoras e presentes globalmente, além de um mercado fortemente desenvolvido e de uma democracia estável.
Por outro lado, os ativos brasileiros estão expostos à variação do real, que não é das moedas mais confiáveis. Além da inflação por aqui, o dólar subiu 7,47% em relação à nossa divisa em 2021 – e a alta vem se tornando comum nos últimos anos.
Para preservar e construir patrimônio, é importante contar com ativos alocados em moedas fortes, que estão lastreadas nas principais economias e não perdem muito poder de compra ao longo dos anos. Por isso, é estratégico posicionar-se em investimentos que acompanhem divisas como o dólar, o euro ou a libra esterlina, por exemplo.
Como investir de maneira simples e prática no exterior
Diferentemente do que muita gente pensa, investir no exterior não exige ter conta fora do país, dólares disponíveis e nem precisa trazer grandes burocracias adicionais.
As ações das principais empresas americanas, por exemplo, são negociadas na própria B3 através dos BDRs, que são depósitos lastreados nas próprias ações emitidas nos Estados Unidos.
Ou seja, se você tiver conta em uma plataforma de investimentos nacional, como o BTG Pactual, pode se tornar sócio de companhias como Apple, Google ou Amazon com poucos cliques.
Outra opção interessante é optar por fundos expostos ao mercado estrangeiro. Eles podem ser comprados da mesma maneira que fundos comuns disponibilizados por bancos e corretoras no Brasil, mas alocam seus recursos em ativos do exterior.
O BTG Pactual, por exemplo, oferece um fundo de ações globais voltado especialmente para quem deseja começar a investir no exterior. Por meio dele, é possível investir nas maiores companhias globais com uma série de vantagens, como:
- Investimento a partir de R$ 100;
- Resgate em apenas 4 dias;
- Zero taxa de performance e taxa de administração de apenas 1% a.a.;
- Gestão profissional;
- Não precisa se preocupar com a hora de comprar ou vender as ações;
- Proteção do risco-Brasil;
- Sem dores de cabeça relacionadas à declaração de Imposto de Renda.
Por fim, um modelo de investimento que vem crescendo bastante – e que serve para quem quer fugir um pouquinho do Brasil, são os ETFs, que nada mais são do que os fundos de índice, ou seja, produtos de investimento desenhados para acompanhar a variação de indicadores como o Ibovespa ou o S&P 500, por exemplo.