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Claudia Loureiro
Conteúdo BitcoinTrade

Estamos vivendo um novo ‘inverno cripto’? Entenda o que é e como se proteger desse período no mercado de criptoativos

O Bitcoin vem amargando quedas sucessivas desde sua máxima histórica em novembro passado, mas será que isso é suficiente para dizer que estamos em um novo inverno cripto? Entenda o que isso significa e como você deve agir em períodos de queda das criptomoedas

Claudia Loureiro
22 de março de 2022
12:00 - atualizado às 10:06
criptomoedas
Imagem: Shutterstock

Tradicionalmente, o brasileiro é bastante conservador quando se trata de dinheiro e prefere aplicações mais seguras, mas o mercado de criptoativos vem ganhando cada vez mais espaço e é o ‘queridinho’ do momento no país.

Um sinal interessante é o de que o número de cotistas do HASH11, principal ETF de criptomoedas negociado na B3, já é maior do que o do BOVA11, tradicional fundo indexado ao Ibovespa.

Entretanto, estamos vivendo um momento de baixa no valor dos criptoativos, puxados pela queda do bitcoin. Diante disso, fica uma questão: será que estamos no início de um período prolongado de queda, conhecido como inverno cripto?

O que é inverno cripto?

Assim como em outras classes de ativos de renda variável, a volatilidade é um fator comum no mercado de criptomoedas. Depois de um momento de alta significativa, é comum que os ativos passem por um período de correção. Quando as quedas são muito acentuadas, acontece o que chamamos de inverno cripto.

O mercado é cíclico e vive alguns estágios: euforia, depressão, esperança, otimismo e crença. O universo dos criptoativos surgiu há menos de duas décadas: em 2009, com o Bitcoin. Por ser relativamente novo, não temos muito histórico para analisar, mas já é possível tirar algumas conclusões.

O inverno cripto costuma suceder períodos de halving do Bitcoin, que acontecem a cada quatro anos. Nesse processo, a emissão de Bitcoin cai pela metade, dando escassez ao ativo para ‘forçar’ um ciclo de alta. Depois que esse período passa, acontecem as correções.

No modelo de regulação do preço do Bitcoin, com o processo de halving, os estágios do ciclo do mercado ficam ainda mais evidentes e as quedas podem ser assustadoras para quem ainda está dando os primeiros passos neste universo. Entretanto, o ciclo de baixa não significa que é hora de fugir das criptomoedas; aliás, ele pode trazer boas oportunidades.  

Quais invernos cripto aconteceram?

Em dezembro de 2013 ocorreu o primeiro período de perdas relevantes no mercado cripto. O Bitcoin atingiu sua máxima histórica até o momento no dia 3 de dezembro, negociado a US$ 1.151, mas a China proibiu os bancos de fazerem transações com o criptoativo, causando uma queda de cerca de 50% do valor da moeda. O ano seguinte foi bastante inconstante e o recorde anterior só foi atingido novamente em janeiro de 2017.

O ano de 2017 começou positivo para o Bitcoin, mas o ativo amargou perdas graves em dezembro, quando começou um novo inverno cripto. Ao longo do ano, o ativo valorizou em cerca de 20 vezes, atingindo US$ 19.497 no dia 15 de dezembro. Dias depois, desvalorizou 29% e continuou em queda, chegando a valer menos de US$ 3.300 em dezembro de 2018.

Em 2020, com a pandemia, houve um recuo grave de mais de 30% do valor do Bitcoin em um dia, mas o cenário não se arrastou por tanto tempo graças às medidas tomadas para aquecer o mercado americano.

Pontos positivos do inverno cripto

Por incrível que pareça, o inverno cripto tem suas vantagens. Períodos difíceis afastam os especuladores, que buscam apenas o lucro a curto prazo. Além disso, a tendência é que surjam inúmeros projetos diferentes em blockchain e o bear market ajude a revelar quais serão sustentáveis a longo prazo.

Sem falar que, quando o preço de um ativo baixa sem mudança de fundamentos, costuma-se dizer que ele está barato. Ou seja, durante a queda das criptomoedas, grandes investidores tendem a realizar grandes compras, especialmente de bitcoin, confiantes de um movimento de alta em breve.

Estamos vivendo um novo inverno cripto?

É cedo para dizer. Em comparação com as quedas do inverno cripto que teve início em dezembro de 2017 ‒ de quase US$ 20.000 para menos de US$ 3.300, representando mais de 80% do valor do ativo ‒, o recuo de cerca de 56% desde a máxima histórica, em novembro passado, não parece o pior.

No entanto, o histórico do mercado de criptoativos mostra que perdas acentuadas depois de períodos de alta não são incomuns. Por isso, é importante agir com cuidado em momentos como esse e avaliar os diversos fatores que podem impactar as criptos nos próximos meses. 

Como o contexto atual influencia as chances de um novo inverno cripto acontecer?

O cenário macro merece uma atenção especial de quem está interessado no mercado cripto. Nessa altura do ano, os brasileiros imaginavam que o fator de maior atenção seria a proximidade das eleições presidenciais, mas a guerra na Ucrânia parou o mundo e impactou todos os mercados. 

No universo dos criptoativos não é diferente: as incertezas cercam as negociações e as perspectivas, sobretudo a curto prazo. O cenário geopolítico pode afetar também a inflação, com a aplicação de diversas sanções econômicas. Com isso, a resposta deve ser a manutenção da alta dos juros ao redor do mundo, que já era uma complicação para os mercados antes mesmo do conflito estourar.

Além disso, em cenários de incerteza, há uma tendência de os aportes se voltarem para ativos mais seguros e menos voláteis, o que não é o caso das criptomoedas.

Todos os setores de cripto derreteram com o anúncio da invasão à Ucrânia, mas depois começaram a esboçar alguma recuperação. As oscilações pedem cautela redobrada nas negociações nesse momento.

Qual é a melhor postura a se tomar?

O primeiro passo é avaliar se a divisão da sua carteira te ajuda a dormir tranquilo. No pior cenário, você pode perder o dinheiro alocado em cripto do dia para a noite. Se isso te assusta e poderia comprometer drasticamente o seu patrimônio, é interessante rever suas posições para um aporte que te deixe mais confortável.

Nesse contexto, criptomoedas mais consolidadas e sólidas, como o Bitcoin e o Ethereum, podem ser uma boa opção para se expor ao mercado cripto, sem se expor a tanta volatilidade. 

É importante lembrar que é difícil prever o patamar mais baixo que um ativo pode atingir. Ao mesmo tempo, o medo excessivo de se posicionar não é saudável e pode levar à perda de boas oportunidades de entrada.

É comum que a ansiedade causada pelas quedas sucessivas leve a operações impensadas, principalmente buscando alguma recuperação de curto prazo. Mas será que é realmente inteligente mudar de estratégia assim? Vale avaliar a situação com mais calma antes de qualquer movimento que possa comprometer sua carteira.

Uma das lições mais importantes para seguir em um inverno cripto é a de manter posições em caixa. Ter um valor separado em moedas mais estáveis e sólidas, a exemplo de stablecoins como USDT e USDC, é um caminho para realizar compras pontuais nas quedas, favorecendo o preço médio de aquisição. Ambas moedas estão disponíveis para negociação na BitcoinTrade, para quem planeja manter um caixa em projetos sólidos, mesmo em tempos de inverno cripto. 

Descubra a melhor forma de negociar criptomoedas com mais segurança

O mercado cripto deixa os mais conservadores bastante receosos. Mas é possível buscar bons resultados com esses ativos, sem arriscar muito seu patrimônio. A recomendação dos especialistas é uma alocação entre 1 e 3% do portfólio. Além disso, é importante contar também com uma plataforma segura e confiável para fazer as transações. 

A BitcoinTrade foi fundada em 2017 e já está entre os líderes do segmento no Brasil, com mais de 650 mil clientes cadastrados e um histórico de mais de um bilhão de negociações. 

A plataforma oferece mais segurança, com armazenamento offline sem risco de perda de criptomoedas e certificado de autenticidade EV SSL. Além disso, a corretora também conta com o sistema 2FA, uma camada extra de segurança com dois fatores de autenticação.

Na BitcoinTrade, é possível negociar ativos do mercado de criptomoedas com o máximo de segurança. Além disso, a corretora tem outras vantagens, como:

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  • Negociações seguras dos ativos, com biometria e autenticação por dois fatores. 

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