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João Escovar
Jornalista especializado em Finanças
CONTEÚDO ATOM

Esta investidora palmeirense quer salvar o Vasco após pedido de Casimiro; e está contratando interessados em trabalhar no mercado financeiro com alta remuneração

Empresária está ajudando o clube carioca a reorganizar as finanças, mas também tem vagas abertas em projeto para estimular a educação financeira, com treinamento e contratação na própria empresa

João Escovar
29 de janeiro de 2022
16:00 - atualizado às 11:41
Carol Paiffer oferece vagas e paga comissões de até 90% dos lucros.- Divulgação/Atom/Vasco -

Uma história que começou despretensiosa pode ajudar a salvar um dos maiores clubes de futebol do Brasil, além de atrair milhares de interessados em começar e construir carreira no mercado financeiro.

Parece estranho? Vamos explicar: a megainvestidora Carol Paiffer, CEO da Atom S/A, maior plataforma de trade do país, e um dos “tubarões” do reality de empreendedorismo Shark Tank Brasil, está engajada em ajudar o Vasco da Gama a encontrar soluções para sua crise financeira, que vem deixando o time longe de seu tradicional protagonismo esportivo.

Por outro lado, a curiosa relação acabou atraindo os holofotes do público para outro projeto de responsabilidade da milionária: a iniciativa de formação e contratação de novos profissionais do mercado financeiro.

Através da Atom S/A, Carol transforma interessados em operar na bolsa em traders profissionais, qualificando-os para exercer posições de destaque no mercado. Eles também podem passar por um teste para trabalhar na própria Atom.

Neste caso, se aprovados, eles têm o direito de operar com o dinheiro da própria empresa – sem risco algum para seu capital – e ainda recebem 80% dos lucros que conseguirem com essas operações na bolsa de valores.

Abaixo, explicamos como teve início e em que pé está esse envolvimento no futebol e trazemos os detalhes do projeto de formação de novos traders.

Mas já antecipando, a Carol fará um evento online e gratuito no próximo dia 14, para esclarecer todas as dúvidas aos interessados. Para participar, você pode reservar sua vaga clicando no botão abaixo:

‘Tia Leila’ do Vasco? Entenda como teve início a relação de Carol com o Vasco

Mas como a Carol Paiffer, que não tinha envolvimento financeiro algum com esporte e inclusive é palmeirense, veio a entrar na vida do Vasco?

A ponte foi feita pelo streamer Casimiro, um dos maiores fenômenos da internet brasileira na atualidade. O influenciador tem o costume de fazer transmissões comentadas de diversos conteúdos, entre eles episódios do Shark Tank Brasil, do qual Carol faz parte.

“Eu gosto muito do jeito que o Casimiro comunica, ele deixa muito didática essa questão do empreendedorismo. Eu entrei em contato e ele, que é vascaíno, comentou comigo sobre a situação do time”, explica Carol, em entrevista ao Seu Dinheiro.

Depois do episódio, alguém deixou um recado na caixinha de perguntas da empresária, pedindo para que ela “comprasse o Vasco”, em alusão aos investidores que adquiriram tradicionais times brasileiros, como Botafogo e Cruzeiro.

Ela, então, marcou o Casimiro e o influencer repostou. A partir daí, os vascaínos inundaram as redes sociais da empreendedora para que ela ajudasse o clube.

“Eu nunca tinha me envolvido com futebol. Mas, diante da paixão dessas pessoas, que queriam encontrar uma solução, resolvi dar uma olhada. Falei com os dirigentes, ouvi a torcida, fiz um acordo de sigilo para me inteirar de tudo. Fiz alguns movimentos lá dentro, não sei se irão se concretizar, pois não tenho a caneta, mas não tem milagre, é preciso equacionar as dívidas e arranjar novas fontes de receita”, resume.

Carol até brinca com a possibilidade de ser vista como a “Tia Leila” do Vasco, em referência a Leila Pereira, presidente do Palmeiras e também da Crefisa, empresa que patrocina o clube paulista há sete anos e faz parte do projeto que trouxe o Verdão de volta ao protagonismo: “Não estou atrás de cargo nem nada do tipo”, afirma.

Quem é Carol Paiffer: empresária, investidora e com vagas abertas no mercado financeiro

Carol Paiffer é a CEO da Atom S/A, uma das maiores plataformas de trading da América Latina, tanto no aspecto operacional como educacional. A executiva também faz parte do quadro de investidores do programa Shark Tank Brasil, reality show de empreendedorismo apresentado pelo Sony Channel.

O modelo de negócio da Atom tem duas frentes que se complementam: por um lado, o objetivo principal é o de colaborar com a educação financeira no país e formar profissionais qualificados para a execução de trades. Por outro, a empresa opera com recursos próprios no mercado financeiro.

O mais interessante é justamente a ponte entre essas duas áreas: a integração dos novos traders à própria mesa de operações da companhia. Essa “facilidade” abre portas para os alunos ingressarem no mercado ao mesmo tempo em que oferece mão-de-obra para a empresa de Paiffer.

É exatamente isso que está acontecendo agora: a Atom abriu um processo seletivo para formar novos traders profissionais e contratá-los por uma bela remuneração. Os detalhes serão explicados em um evento online e gratuito no próximo dia 14, às 19h. Para participar, é preciso reservar a vaga no botão abaixo.

A iniciativa, que em um primeiro momento parece “boa demais para ser verdade", funciona de maneira bem simples. Quem participar do projeto terá uma formação completa para se tornar um profissional de ponta no mercado financeiro e, ao final do período de aprendizado, poderá concorrer a uma vaga na Atom, para operar com o dinheiro da empresa, sem riscos pessoais.

A seleção acontece por meio de um simulador, ferramenta que projeta com dados reais o comportamento do mercado, mas sem que haja a necessidade de aplicação real de dinheiro.

Aqueles que cumprirem os requisitos de performance serão contratados pela Atom S/A, empresa da Carol, para operar com o dinheiro da própria companhia, sem nenhum risco de prejuízo pessoal.

Para os mais iniciantes, a comissão paga equivale a 80% dos lucros das operações, mas os valores podem chegar a 90%. As perdas são totalmente absorvidas pela Atom.

Por exemplo, se um trader iniciante obtiver lucro de R$ 1.000 em uma operação, ele recebe R$ 800 e a Atom fica com R$ 200. Se ele perder os mesmos R$ 1.000, quem fica com 100% do prejuízo é a companhia.

A ideia de promover essa integração surgiu quando ela e seu irmão, que é sócio nos negócios, conheceram o modelo de mesa de operações que já é popular nos Estados Unidos. Ao tentarem replicar o modelo no Brasil, contudo, se depararam com uma dificuldade relevante: a falta de profissionais.

“A gente tentava contratar as pessoas, mas não encontrava. E de certa maneira, eu entendia, porque quando comecei a estudar o mercado, o conteúdo era muito chato, apostilas que faziam tudo parecer mais complicado do que é. Essa formação, portanto, atende a uma necessidade nossa, mas também serve para que as pessoas não se tornem reféns das finanças, já que todo mundo quer ganhar dinheiro para aproveitar a vida”, conta.

Conteúdo, acompanhamento, simulador e até psicólogo: a diferença da formação da Carol Paiffer dos ‘cursinhos’ de gurus

Você já deve ter se deparado com inúmeras propagandas de cursos de day trade no Instagram ou no YouTube, geralmente com jovens ostentando carrões ou “trabalhando na praia". Embora a profissão realmente traga excelente retorno financeiro e dê liberdade para exercê-la de onde quiser, é preciso ter cuidado.

Geralmente, esses cursos são basicamente conteúdos gravados sem nenhum tipo de profundidade ou acompanhamento, incapazes de tornar alguém um profissional qualificado. É exatamente nisto que a formação da Atom se diferencia.

“Não posso colocar lá uns vídeos e achar que estou formando um profissional. Além do conteúdo de ponta, nossa formação traz todo um ecossistema para o novo trader, com acompanhamento para de fato esclarecer todo tipo de dúvida. Isso sem falar no simulador, que permite o trader iniciante treinar de maneira real, mas sem arriscar seu dinheiro”, explica Carol.

A formação vai tão a fundo que conta até com uma preparação psicológica, já que, diante da volatilidade do mercado, o trader precisa de muita disciplina para não se empolgar ou desesperar mais do que deveria.

A grade conta com um módulo de nivelamento e fica disponível por um ano, mas, segundo a idealizadora, o aluno pode terminar a formação em apenas um mês, dependendo do tempo de dedicação. Ao final, ele também estará capacitado para operar e trabalhar em qualquer instituição do mercado financeiro.

“Já formamos mais de 50 mil traders. Muitos estão empregados em corretoras, bancos e gestoras, ganhando salários de cinco dígitos, outros operam por conta própria. São muitos os caminhos a serem tomados”, explica.

Qualquer um pode ser trader?

Há diversos tipos de perfil de traders de sucesso, independentemente de gênero, idade ou formação escolar, mas são três as características que são comuns em todos eles.

“Disciplina, humildade e dedicação”, conta Carol. “O trader precisa ser disciplinado para fazer o que deve ser feito, ter uma rotina, precisa de humildade para não ‘cair do cavalo’ e tem de estudar bastante”.

O estudo aqui, contudo, não inclui uma formação técnica na área econômica nem nada do tipo. Tudo o que é preciso para operar será ensinado no curso.

Inclusive, por depender mais de uma análise gráfica do que dos fundamentos econômicos, o trader não necessariamente precisa ser especialistas em assuntos como a taxa de juros ou a inflação, que muitos consideram complicados.

Um estereótipo muito comum em relação ao trader é a questão da qualidade de vida. Muitas pessoas pensam que o trader é aquela pessoa que nunca dorme, precisa estar online de madrugada para ver a bolsa de Tóquio, etc. Segundo Carol Paiffer, essa visão não poderia estar mais equivocada.

“Mais importante do que a quantidade de trabalho, é a qualidade. Se você não cuidar de você, não terá boa performance. Grandes empresários têm uma rotina de se alimentar bem, praticar esportes, reservar um tempo livre para fazer o que gostam”, sintetiza. “Não é uma loucura de operar o tempo todo e cobrir todas as possibilidades. Se você ganhar em uma ou duas horas e fechar a operação, está tudo certo. Adianta você ficar oito horas na academia, por exemplo?”

Por que contratar traders iniciantes?

Uma dúvida que pode pairar é a de que, se é possível que um único trader movimente um enorme volume de recursos em grande quantidade, qual seria a motivação da Atom para trazer novos profissionais, com menor experiência, para operar seu próprio dinheiro? A resposta, segundo Carol Paiffer, está no tipo de negociação e no propósito da companhia.

“Em termos de mercado, de fato não é preciso ter muitas pessoas operando posições de prazo mais estendido, que dependem de análise mais estruturada. Mas, para capturar movimentos imediatos, você precisa de pessoas atentas a qualquer janela de oportunidade. Sem falar que, na Atom, conforme o trader vai crescendo, ele passa a ter maiores comissões e também pode operar com um maior volume de dinheiro”, explica.

Por outro lado, a ideia de dar oportunidade a novos profissionais passa pela própria experiência dela e do irmão, que foram incentivados por professores a ingressar no mercado.

“Queremos dar uma oportunidade para que as pessoas mudem de vida e cresçam junto da gente. O brasileiro não é estimulado a conhecer o mercado financeiro e nem a investir. Queremos abrir portas para pessoas de todos os tipos e mudar isso”, resume.

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