Putin responde à pressão da Ucrânia e China reage — veja até onde a Rússia pode ir após mobilização militar parcial
Depois de perder territórios, o líder russo convocou nesta quarta-feira (21) 300.000 reservistas e ordenou o aumento no financiamento para a produção de armas
Depois de perder territórios na Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, mostrou nesta quarta-feira (21) que está disposto a tudo para vencer a guerra e anunciou uma mobilização militar parcial, escalando ainda mais o conflito.
O chefe do Kremlin convocou 300.000 reservistas militares, que devem estar de prontidão para participar da invasão. Recrutas e estudantes foram poupados — o chamado afetará apenas aqueles com experiência em combate, segundo o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu.
- 80% de lucro com essa ação: esta multinacional brasileira pode tirar o continente europeu “das mãos de Putin” e oferecer uma solução energética ao gás natural da Rússia ‒ e você, como acionista, pode tirar proveito disso. Acesse a análise completa sobre ela aqui
Putin também ordenou o aumento no financiamento para a produção de armas, depois que a Rússia comprometeu e perdeu uma grande quantidade de equipamentos militares durante o conflito, que começou no dia 24 de fevereiro.
A mobilização parcial de Putin
Em um pronunciamento televisionado, Putin disse que "eventos de mobilização" começariam hoje, mas não forneceu detalhes sobre a operação.
A mobilização parcial é um conceito nebuloso, mas pode significar que as empresas e os cidadãos russos tenham que contribuir mais para o esforço de guerra.
Embora Putin tenha dito que reservistas militares seriam convocados para o serviço ativo, ele insistiu que um recrutamento mais amplo de russos em idade de combate não estava ocorrendo.
Leia Também
“Reitero, estamos falando de mobilização parcial, ou seja, apenas os cidadãos que estão atualmente na reserva estarão sujeitos ao recrutamento e, sobretudo, aqueles que serviram nas Forças Armadas têm certa especialidade militar e experiência relevante”
O presidente russo, Vladimir Putin, em discurso nesta manhã
O chefe do Kremlin afirmou ainda que os recrutas passarão obrigatoriamente por treinamento adicional com base na experiência da operação militar especial antes de partir para as unidades.
Vale lembrar que a Rússia não declarou guerra à Ucrânia e chama a invasão de “operação militar especial”.
- Leia também: Putin encurralado: as opções que restam ao líder russo após a inesperada perda de terreno na guerra na Ucrânia
A carta na manga de Putin
No discurso de hoje, Putin reiterou que o objetivo da invasão da Ucrânia pela Rússia era a libertação da região de Donbass, localizada no leste ucraniano.
O líder russo também acusou o Ocidente de tentar chantagear a Rússia e prometeu "usar todos os recursos que temos para defender nosso povo".
"Aqueles que tentam nos chantagear com armas nucleares devem saber que os ventos predominantes podem virar em sua direção", disse Putin.
- 80% de lucro com essa ação: esta multinacional brasileira pode tirar o continente europeu “das mãos de Putin” e oferecer uma solução energética ao gás natural da Rússia ‒ e você, como acionista, pode tirar proveito disso. Acesse a análise completa sobre ela aqui
A declaração foi recebida pelo Ocidente como um discurso de escalada e não parou por aí.
Putin também acusou o Ocidente de se envolver em chantagem nuclear contra a Rússia e alertou que o país tinha “muitas armas para responder” ao que ele disse serem ameaças ocidentais — acrescentando que ele não estava blefando.
O chefe do Kremlin fez alusão ao armamento nuclear russo em vários pontos durante o conflito com a Ucrânia, mas há dúvidas sobre se Moscou realmente recorreria a essa alternativa, com analistas dizendo que poderia ser o mesmo que iniciar uma terceira guerra mundial.
China pede calma e mercados reagem
Embora não tenha manifestado apoio público à invasão da Ucrânia pela Rússia, a China tem sido uma grande aliada de Putin na guerra.
Além de compartilhar da ideia dos russos de estabelecer uma nova ordem mundial que passe longe dos EUA, os chineses têm comprado petróleo e apoiado Moscou financeiramente, ainda que de forma indireta para não esbarrar nas sanções secundárias impostas pelo Ocidente.
Só que até na relação entre China e Rússia, que já se declararam amigas para sempre, também vale o ditado “amigos, amigos, negócios à parte”.
Recentemente, o presidente chinês, Xi Jinping, manifestou preocupações sobre a guerra na Ucrânia e Putin teve que se explicar — afinal, a China quer superar os EUA, mas, assim como o resto do mundo, não escapou dos efeitos econômicos do conflito no leste europeu.
- 80% de lucro com essa ação: esta multinacional brasileira pode tirar o continente europeu “das mãos de Putin” e oferecer uma solução energética ao gás natural da Rússia ‒ e você, como acionista, pode tirar proveito disso. Acesse a análise completa sobre ela aqui
Por isso, hoje, o Ministério das Relações Exteriores chinês pediu a todas as partes que se engajem no diálogo para encontrar uma maneira de abordar suas preocupações de segurança.
"As preocupações razoáveis de segurança de todos os países devem ser valorizadas e todos os esforços para resolver a crise pacificamente devem ser apoiados. A China pede diálogo e consulta para resolver as divergências", disse Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
E não foi só a China que se manifestou sobre as declarações de Putin. Os mercados financeiros reagiram negativamente, com os preços do petróleo subindo mais de 2% durante a manhã de hoje e o rublo caindo cerca de 2,6% em relação ao dólar.
Além do petróleo e do câmbio, o setor aéreo também sentiu os efeitos da mobilização parcial de Putin. Os voos só de ida da Rússia dispararam de preço hoje e se esgotaram rapidamente.
Por que Putin está agindo assim?
Os movimentos anunciados por Putin ocorrem quando o impulso da guerra parece estar pendendo para o lado da Ucrânia, que lançou contra-ofensivas relâmpago no nordeste e sul para recuperar o território perdido.
Na terça-feira (20), surgiram especulações de que Putin poderia estar prestes a anunciar uma mobilização total ou parcial da economia e da sociedade russas, depois que autoridades instaladas em Moscou em áreas ocupadas da Ucrânia anunciaram planos para encenar imediatamente referendos sobre a adesão à Rússia.
As votações — marcadas para ocorrer em Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia neste fim de semana e com os resultados amplamente esperados para serem manipulados em favor da adesão à Rússia — permitiriam ao Kremlin alegar, ainda que falsamente, que estava defendendo seus próprios territórios e cidadãos, e isso exigirá mais mão de obra.
- 80% de lucro com essa ação: esta multinacional brasileira pode tirar o continente europeu “das mãos de Putin” e oferecer uma solução energética ao gás natural da Rússia ‒ e você, como acionista, pode tirar proveito disso. Acesse a análise completa sobre ela aqui
Hoje, Putin disse que a Rússia apoia os referendos. Mas os planos de realizar tais votações foram amplamente condenados por Kiev e seus aliados ocidentais, que disseram que não reconheceriam as cédulas e os esforços para anexar mais partes da Ucrânia, como a Rússia fez com a Crimeia em 2014.
*Com informações da Associated Press, da BBC e Reuters
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Quais os planos da BRF com a compra da fábrica de alimentos na China por US$ 43 milhões
Empresa deve investir outros US$ 36 milhões para dobrar a capacidade da nova unidade, que abre caminho para expansão de oferta
De agricultura e tecnologia nuclear à saúde e cultura: Brasil e China assinam 37 acordos bilaterais em várias áreas; confira quais
Acordo assinado hoje por Xi Jinping e Lula abrange 15 áreas estratégicas e fortalece relação comercial entre países
Brasil e China: em 20 anos, comércio entre países cresceu mais de 20x e atingiu US$ 157,5 bilhões em 2023
Em um intervalo de 20 anos, a corrente do comércio bilateral entre o Brasil e a China passou de US$ 6,6 bilhões em 2003 para US$ 157,5 bilhões
Botão vermelho na ponta do dedo: Putin estabelece nova doutrina nuclear e baixa o sarrafo para o uso da bomba atômica
As novas regras para o uso de armas nucleares pela Rússia vem em meio à autorização dos Estados Unidos para uso de mísseis norte-americanos pelas tropas da Ucrânia
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
Mais barato? Novo Nordisk lança injeção de emagrecimento estilo Ozempic na China com ‘novidade’
Em um país onde mais de 180 milhões de pessoas têm obesidade, o lançamento do remédio é uma oportunidade massiva para a empresa europeia
2025 será o ano de ‘acerto de contas’ para o mercado de moda: veja o que as marcas precisarão fazer para sobreviver ao próximo ano
Estudo do Business of Fashion com a McKinsey mostra desafios e oportunidades para a indústria fashion no ano que vem
Biden testa linha vermelha de Putin na guerra com a Ucrânia e deixa casca de banana para Trump
Aliado de Putin adverte que autorização de Biden à Ucrânia é “passo sem precedentes em direção à Terceira Guerra Mundial”
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
G20: Ministério de Minas e Energia assina acordo com a chinesa State Grid para transferência de tecnologia
A intenção é modernizar o parque elétrico brasileiro e beneficiar instituições de ensino e órgãos governamentais
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Azeite a peso de ouro: maior produtora do mundo diz que preços vão cair; saiba quando isso vai acontecer e quanto pode custar
A escassez de azeite de oliva, um alimento básico da dieta mediterrânea, empurrou o setor para o modo de crise, alimentou temores de insegurança alimentar e até mesmo provocou um aumento da criminalidade em supermercados na Europa
A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira
Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
A China presa no “Hotel California”: o que Xi Jinping precisa fazer para tirar o país da armadilha — e como fica a bolsa até lá
Em carta aos investidores, à qual o Seu Dinheiro teve acesso em primeira mão, a gestora Kinea diz o que esperar da segunda maior economia do mundo
China anuncia novas medidas para estimular o setor imobiliário, mas há outras pedras no sapato do Gigante Asiático
Governo da China vem lançando uma série de medidas para estimular setor imobiliário, que vem enfrentando uma crise desde 2021, com o calote da Evergrande
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Zuckerberg levou a pior? Meta é ‘forçada’ a mudar estratégia de negócios do Facebook e do Instagram na Europa; entenda o que aconteceu por lá
Serviço de assinaturas das plataformas, lançado no ano passado, tem redução de preços; além disso, nova versão gratuita também é anunciada