A Receita Federal não foi boazinha ao ampliar o prazo de entrega da declaração de IR até 31 de maio; ela apenas arrumou um jeito de te pagar menos. Entenda
Restituições serão menores do que se o prazo original, com término em abril, tivesse sido mantido

Mesmo com a liberação das medidas restritivas para o combate à pandemia de covid-19, a Receita Federal ampliou o prazo de entrega da declaração de imposto de renda 2022, como já havia feito em 2020 e 2021, anos mais agudos da emergência sanitária.
No começo de abril deste ano, a Receita anunciou que o prazo, inicialmente marcado para terminar em 29 de abril, seria estendido até 31 de maio, visando a "mitigar eventuais efeitos decorrentes da pandemia da covid-19 que possam dificultar o preenchimento e envio das declarações, visto que alguns órgãos e empresas ainda não estão com seus serviços de atendimento totalmente normalizados".
Antes da pandemia, o normal era que o prazo para preenchimento e entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física abarcasse os meses de março e abril. E, com o retorno a uma relativa normalidade, era de se esperar que o IR 2022 voltasse ao prazo original.
- SEU CONTADOR ESTÁ FAZENDO VOCÊ GANHAR DINHEIRO? Com um bom planejamento, você consegue uma restituição gorda no Imposto de Renda 2022. Baixe nosso guia completo aqui.
A justificativa da Receita Federal é um tanto estranha, mas pode até fazer sentido. Mas sem dúvida a prorrogação do prazo traz um benefício ao Leão: a possibilidade de pagar uma correção menor sobre os valores das restituições em um ano de Selic elevada.
Isso porque, apesar de o prazo ter sido prorrogado, o calendário de pagamento das restituições se manteve o mesmo.
Correção das restituições pela Selic será menor
Veja, as restituições são sempre corrigidas pela Selic. Mais exatamente, pela Selic acumulada a partir do mês seguinte ao mês de término do prazo de entrega da declaração até o mês anterior ao pagamento, mais 1% referente ao mês do pagamento.
Leia Também
Inicialmente, o prazo de entrega da declaração terminaria em 29 de abril, mas o primeiro lote das restituições só seria pago em maio. Assim, as restituições do primeiro lote já viriam com uma correção de 1%, e aquelas pagas a partir do segundo lote viriam com uma correção de 1% mais a Selic acumulada de maio até o mês anterior ao do pagamento, conforme a tabela a seguir:
Lote | Data de pagamento | Remuneração |
1º | 31/05/2022 | 1,00% |
2º | 30/06/2022 | 1,00% + Selic de maio |
3º | 29/07/2022 | 1,00% + Selic de maio a junho |
4º | 31/08/2022 | 1,00% + Selic de maio a julho |
5º | 30/09/2022 | 1,00% + Selic de maio a agosto |
Com a prorrogação do prazo de entrega da declaração até 31 de maio e a manutenção do calendário das restituições, os contribuintes que receberem no primeiro lote - em sua maioria, idosos, professores, pessoas com doenças graves e pessoas com deficiência - não receberão correção alguma sobre o valor da restituição. Afinal, a data de pagamento coincide com o fim do prazo da declaração.
Para quem for restituído nos lotes seguintes, a correção pela Selic começará a contar apenas a partir de junho, o que significa que esses contribuintes receberão menos do que receberiam caso o prazo terminasse em abril.
Ou seja, ao adiar o fim do prazo, a Receita Federal fez uma boa economia com o pagamento de juros, num cenário de Selic a 11,75%, com perspectiva de ultrapassar os 12% em breve. Veja como fica a correção atual das restituições, na tabela a seguir:
Lote | Data de pagamento | Remuneração |
1º | 31/05/2022 | Zero |
2º | 30/06/2022 | 1,00% |
3º | 29/07/2022 | 1,00% + Selic de junho |
4º | 31/08/2022 | 1,00% + Selic de junho e julho |
5º | 30/09/2022 | 1,00% + Selic de junho a agosto |
Veja, no vídeo a seguir, quem é obrigado a entregar a declaração de imposto de renda 2022. Aproveite para se inscrever no canal do Seu Dinheiro no YouTube.
- SEU CONTADOR ESTÁ FAZENDO VOCÊ GANHAR DINHEIRO? Com um bom planejamento, você consegue uma restituição gorda no Imposto de Renda 2022. Baixe nosso guia completo aqui.
Com a Selic a 14,25%, analista alerta sobre um erro na estratégia dos investidores; entenda
A alta dos juros deixam os investidores da renda fixa mais contentes, mas este momento é crucial para fazer ajustes na estratégia de investimentos na renda variável, aponta analista
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Inocentes ou culpados? Governo gasta e Banco Central corre atrás enquanto o mercado olha para o (fim da alta dos juros e trade eleitoral no) horizonte
Iminência do fim do ciclo de alta dos juros e fluxo global favorecem, posicionamento técnico ajuda, mas ruídos fiscais e políticos impõem teto a qualquer eventual rali
Felipe Miranda: Dedo no gatilho
Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Juros nas alturas têm data para acabar, prevê economista-chefe do BMG. O que esperar do fim do ciclo de alta da Selic?
Para Flávio Serrano, o Banco Central deve absorver informações que gerarão confiança em relação à desaceleração da atividade, que deve resultar em um arrefecimento da inflação nos próximos meses
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Deixou no chinelo: Selic está perto de 15%, mas essa carteira já rendeu mais em três meses
Isso não quer dizer que você deveria vender todos os seus títulos de renda fixa para comprar bolsa neste momento, não se trata de tudo ou nada — é até saudável que você tenha as duas classes na carteira
Rodolfo Amstalden: As expectativas de conflação estão desancoradas
A principal dificuldade epistemológica de se tentar adiantar os próximos passos do mercado financeiro não se limita à já (quase impossível) tarefa de adivinhar o que está por vir
Renda fixa mais rentável: com Selic a 14,25%, veja quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI
Conforme já sinalizado, Copom aumentou a taxa básica em mais 1,00 ponto percentual nesta quarta (19), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas
Copom não surpreende, eleva a Selic para 14,25% e sinaliza mais um aumento em maio
Decisão foi unânime e elevou os juros para o maior patamar em nove anos. Em comunicado duro, o comitê não sinalizou a trajetória da taxa para os próximos meses
O que o meu primeiro bull market da bolsa ensina sobre a alta das ações hoje
Nada me impactou tanto como a alta do mercado de ações entre 1968 e 1971. Bolsas de Valores seguem regras próprias, e é preciso entendê-las bem para se tirar proveito
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
A decisão é o que menos importa: o que está em jogo na Super Quarta com as reuniões do Copom e do Fed sobre os juros
O Banco Central brasileiro contratou para hoje um novo aumento de 1 ponto para a Selic, o que colocará a taxa em 14,25% ao ano. Nos EUA, o caminho é da manutenção na faixa entre 4,25% e 4,50% — são os sinais que virão com essas decisões que indicarão o futuro da política monetária tanto aqui como lá
Até onde vai a alta da Selic — e como investir nesse cenário? Analista vê juros de até 15,5% e faz recomendações de investimentos
No episódio da semana do Touros e Ursos, Lais Costa, da Empiricus Research, fala sobre o que esperar da política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, após a Super Quarta
Super Quarta no radar: saiba o que esperar das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos e como investir
Na quarta-feira (19), os bancos centrais do Brasil e dos EUA devem anunciar suas decisões de juros; veja o que fazer com seus investimentos, segundo especialistas do mercado
Não é um pássaro (nem um avião): Ibovespa tenta manter bom momento enquanto investidores se preparam para a Super Quarta
Investidores tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais enquanto Lula assina projeto sobre isenção de imposto de renda
Mais uma Super Quarta vem aí: dois Bancos Centrais com níveis de juros, caminhos e problemas diferentes pela frente
Desaceleração da atividade econômica já leva o mercado a tentar antecipar quando os juros começarão a cair no Brasil, mas essa não é necessariamente uma boa notícia
Alívio para Galípolo: Focus traz queda na expectativa de inflação na semana da decisão do Copom, mas não vai evitar nova alta da Selic
Estimativa para a inflação de 2025 no boletim Focus cai pela primeira vez em quase meio ano às vésperas de mais uma reunião do Copom
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China