Pouco desconto ou muitos riscos? Captação com novas emissões de fundos imobiliários em fevereiro é 86% menor do que a média do ano passado
E não só as emissões de cotas são afetadas pela tempestade macro e microeconômica: o volume médio diário de negócio dos FIIs em bolsa também recua

Novas emissões de cotas costumam ser boas oportunidades para conseguir um descontinho na hora de aumentar ou iniciar a posição em fundos de investimento imobiliário (FII).
Mas, com o setor em queda e as cotas já descontadas em relação ao valor patrimonial dos ativos, fica mais difícil oferecer preços atrativos para os investidores.
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E esse é o caso neste ano: por volta das 13h35, o IFIX sobe 0,14%, aos 2711,57 pontos, nesta quarta-feira (16). A alta tímida não é suficiente para apagar as perdas de 3,32% acumuladas desde o início do ano.
Os motivos por trás da queda são os mesmos que afetam outros ativos de renda variável: a guerra na Ucrânia, a inflação e os riscos políticos do país. O setor ainda tem dois vilões particulares: a alta da taxa Selic e a confusão regulatória criada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no início do ano.
Como resultado desse cenário, as novas emissões captaram R$ 600 milhões em fevereiro, segundo informações do fundo Hedge Top FOFII 3 (HFOF11). Apesar de representar um avanço de 200% em relação à soma alcançada em janeiro, o valor ainda é 86% inferior à média mensal de 2021.
E não só as emissões de cotas são afetadas pela tempestade macro e microeconômica: o volume médio diário de negócio dos FIIs em bolsa foi de R$ 241 milhões no mês passado. No início do ano anterior o mesmo indicador somava R$ 287 milhões.
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Há luz — e dividendos — no fim do túnel dos fundos imobiliários
Mas nem tudo está perdido. Apesar do contexto desafiador, os FIIs insistem em colocar novas cotas no mercado: o volume do atual pipeline de ofertas, que inclui emissões em andamento e em análise, soma R$ 8,4 bilhão.
Além disso, com as cotas em baixa ou em alta, os fundos imobiliários não deixam de entregar dividendos aos investidores. Alguns segmentos pagam mais de 1% ao mês, um dos números mágicos quando se trata de metas de rentabilidade.
Confira o dividend yield — indicador que mede o rendimento de um ativo a partir da relação entre o pagamento de proventos e o valor das cotas — anualizado dos fundos imobiliários:
Segmento | Yield |
Recebíveis imobiliários | 13,39% |
Híbridos | 10,76% |
Fundos de fundos | 10,51% |
Logístico/Industrial | 9,07% |
IFIX | 8,59% |
Shoppings/Varejo | 8,31% |
Escritórios | 7,64% |
Por falar em dividendos, sete fundos depositam dinheiro na conta dos acionistas hoje, segundo informações do Clube FII. Veja abaixo quais são eles:
Fundo | Data base | Valor por cota |
RB Capital Office Income (RBCO11) | 25/02 | R$ 0,35 |
Tishman Speyer Renda Corporativa (TSER11) | 25/02 | R$ 0,93 |
Capitânia REIT FOF (CPFF11) | 25/02 | R$ 0,63 |
VBI Reits FOF (RVBI11) | 09/03 | R$ 0,75 |
Mogno Real Estate Impact Development (MGIM11) | 09/03 | R$ 0,74 |
VBI CRI (CVBI11) | 09/03 | R$ 1,12 |
BlueMacaw Catuaí Triple A (BLCA11) | 09/03 | R$ 0,51 |
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