O homem mais rico do mundo: Confira as polêmicas e tudo o que você ainda não sabe sobre Elon Musk
Fundador de empresas como Tesla, SpaceX, Neuralink e Starlink, o empresário viu sua fortuna multiplicar-se mais de dez vezes desde 2020, atingindo os atuais US$ 259,9 bilhões
Gênio, bilionário, playboy, filantropo. Hoje em dia, é difícil não ter visto seu nome em algum lugar — e não, não estamos falando de Tony Stark, o amado Homem de Ferro da Marvel. Apesar de este texto falar sobre Elon Musk, acredito que a alusão ao super-herói dos quadrinhos seja instantânea.
Afinal, o CEO da Tesla não só serviu como inspiração para a versão cinematográfica do personagem, como também comanda algumas das empresas mais importantes no setor de tecnologia e inovação do mundo — muito parecido com uma certa personalidade polêmica do Universo Marvel.
Fundador de empresas como Tesla, SpaceX, Neuralink e Starlink, Elon Musk só veio a aparecer no ranking das 10 pessoas mais ricas do mundo no ano passado.
Desde 2020, sua fortuna multiplicou-se mais de dez vezes, atingindo os atuais US$ 259,9 bilhões — e isso não só o tornou elegível para o top 10, como também o colocou, com larga vantagem, no posto de maior bilionário do planeta.
Para saber como o empresário conquistou a coroa de mais rico — e polêmico — do mundo em 2022, além de todas as controvérsias envolvendo seu nome, confira o especial da Rota do Bilhão.
Uma infância problemática
O mais velho de três filhos, a história de Elon Reeve Musk começa em 1971, na África do Sul, fruto de um engenheiro sul-africano, Errol, e uma nutricionista e modelo canadense, Maye.
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Em 1979, o casal divorciou-se e os filhos acabaram ficando com a mãe. Mas o pequeno Elon sentiu-se culpado; então, ele e o irmão mais novo, Kimbal, decidiram morar com o pai.
“Eu me senti mal pelo meu pai, porque minha mãe ficou com todas as três crianças. Ele parecia muito triste e solitário. Então eu pensei, ‘Eu posso fazer companhia’”, contou Musk, em entrevista à revista Rolling Stone, em 2017.
Foi apenas após a mudança que o relacionamento entre Elon e Errol começou a dar indícios do quão problemático seria no futuro.
“Eu estava triste pelo meu pai. Mas, na época, eu realmente não entendia que tipo de pessoa ele era”. À Rolling Stone, o atual CEO da Tesla chamou o pai de “um ser humano terrível” e disse que sua infância foi “miserável”.
Segundo o empresário, o pai o violentava psicologicamente enquanto criança. “Você não tem ideia do quão ruim era. Quase todos os crimes que você puder imaginar, ele cometeu. Quase todas as coisas maldosas que você pensar, ele já fez.”
Em resposta, Errol Musk afirmou, em entrevista ao The Daily Mail, que o filho precisava "crescer”.
"Ele precisa superar. Eu não vou revidar. Vou esperar até que ele volte a si. Ele está fazendo birra, como uma criança mimada. Ele não pode ter o que quer e, aparentemente, agora eu sou um monstro do mal", disse o pai.
Na mesma entrevista, o engenheiro admitiu que “as coisas más” às quais Elon se refere podem ser o momento em que ele atirou e matou três homens que invadiram sua casa. Vale destacar que Errol foi absolvido por legítima defesa.
Elon Musk: um talento nato da engenharia e computação
Apesar de todo o lado conturbado da relação, Elon conta que muito do seu talento para engenharia foi herdado do pai. De acordo com a Rolling Stone, Errol supostamente foi a pessoa mais jovem da África do Sul a conseguir um diploma de engenharia.
Surgiram boatos de que o engenheiro fez fortuna com minas de esmeralda — ganhos às vezes tão intensos que era “impossível fechar os cofres". Porém, Elon Musk negou os rumores no Twitter em 2019.
“Eu sou naturalmente bom em engenharia porque herdei [esse talento] do meu pai. O que era muito difícil para outras pessoas era fácil para mim. Por um tempo, pensei que as coisas eram tão óbvias que todo mundo deveria saber.”
Elon Musk não só demonstrou interesse em computadores como também mostrou talento para empreendedorismo e tecnologia já antes da adolescência.
Sozinho, ele aprendeu a programar. Em 1983, quando tinha apenas 12 anos, Elon desenvolveu um jogo de videogame sobre o espaço chamado “Blastar” para uma revista de informática por US$ 500.
Acontece que as habilidades de Musk não eram bem vistas pelos colegas de escola. Como ele era mais magro, baixo e inteligente que os demais, o garoto sofreu bullying até seus 15 anos.
“Eu tive um desenvolvimento tardio. Então eu foi o mais novo e o menor da classe por anos e anos… As gangues da escola me caçavam, literalmente me caçavam!”, disse Elon à Rolling Stone.
A perseguição era tamanha que Musk chegou a ser hospitalizado pelas agressões. Uma vez, os colegas o jogaram escada abaixo e o espancaram até que o garoto desmaiasse.
Elon Musk na época do apartheid
Na África do Sul da época do apartheid, todos os homens que completavam o ensino médio ou estavam terminando a graduação eram obrigados a participar do serviço militar por dois anos.
Aos 17 anos, após se formar no colégio, Musk se opôs às determinações do Estado e mudou-se para o Canadá com a mãe e os dois irmãos.
“Não tenho problemas em servir nas forças armadas em si, mas servir no exército sul-africano reprimindo negros simplesmente não parecia uma boa maneira de passar o tempo”, disse o bilionário no livro de 2007, Rocketeers, de Michael Belfiore.
Dos estudos ao empreendedorismo
No novo país, o jovem ingressou na Queen’s University em Kingston, na província de Ontário, onde deu início à sua graduação.
Em 1992 — ou seja, dois anos depois da mudança para o Canadá —, Musk transferiu-se para os Estados Unidos e seguiu os estudos na Universidade da Pensilvânia. Lá, ele formou-se em física e economia.
O jovem até tentou seguir carreira acadêmica e iniciou um Ph.D. em física na renomada Universidade de Stanford, na Califórnia, em 1995.
Porém, em apenas dois dias, Musk desistiu do programa para perseguir sua nova meta: iniciar sua jornada no empreendedorismo, com destaque para a empreitada no novo reino da internet.
Zip2, um negócio em família
Junto com seu irmão mais novo, Elon fundou a primeira startup de sua carreira, batizada de Zip2. Basicamente, a empresa era uma plataforma digital de jornais.
“Quando meu irmão e eu estávamos começando nossa primeira empresa, em vez de comprar um apartamento, alugamos um pequeno escritório e dormimos no sofá. Estávamos muito preocupados, porque tínhamos apenas um computador. Então, o site funcionava durante o dia e eu programava à noite. Sete dias por semana, o tempo todo”, contou Musk em discurso na Universidade do Sul da Califórnia em 2014.
Elon Musk destaca que, apesar de seu pai tentar levar crédito por ajudar os filhos na empreitada, o esforço foi completamente da dupla.
“Uma coisa que ele afirma é que nos deu um monte de dinheiro para começar, meu irmão e eu, para abrir nossa primeira empresa. Isso não é verdade”, afirmou à Rolling Stone.
Segundo o executivo, o pai inclusive não financiou os estudos dos jovens, que pagaram a universidade “com bolsas de estudos, empréstimos e trabalhando em dois empregos simultaneamente”.
“O financiamento que levantamos para nossa primeira empresa veio de um pequeno grupo de investidores anjos aleatórios no Vale do Silício.”
Em 1999, a dupla conseguiu fechar negócios com a Compaq para vender a companhia. A operação rendeu aos irmãos cerca de US$ 341 milhões em dinheiro e ações.
Elon Musk e o PayPal
No bolso de Elon Musk, entrou um cheque de US$ 22 milhões, o que permitiu que o empresário partisse para um novo desafio.
Utilizando uma parcela do montante que faturou com a venda da Zip2, Elon se arriscou a criar um banco on-line. Chamada de X.com, logo a instituição financeira digital se transformou no PayPal.
Musk foi nomeado CEO da empresa, porém, em 2000, surgiram atritos entre o empresário e os cofundadores do PayPal.
Enquanto Elon pressionava os executivos para migrar os servidores do sistema operacional Unix para o Microsoft Windows, os parceiros de negócio recusavam fortemente a ideia.
No fim de 2000, quando Musk foi para a Austrália tirar férias, o conselho do PayPal atrapalhou o seu descanso para comunicar que ele estava demitido do cargo de CEO.
Porém, o executivo ainda era o maior acionista do negócio e apenas dois anos depois, o eBay, rival do PayPal na época, fez uma proposta para comprar a companhia por US$ 1,5 bilhão.
A venda rendeu a Musk aproximadamente US$ 180 milhões, descontados os impostos.
Musk e a fundação da SpaceX
Desde muito novo, Elon Musk sonhava em explorar o universo. Ao longo da vida, o físico convenceu-se de que a vida humana só poderia continuar sobrevivendo se nos tornássemos multiplanetários.
“Se fôssemos uma espécie multiplanetária, isso reduziria a possibilidade de algum evento único, causado pelo homem ou naturalmente, acabar com a civilização como a conhecemos, como aconteceu com os dinossauros”, disse Elon à Rolling Stone.
Porém, os lançadores de foguetes eram extremamente caros na época. Após a operação com o PayPal, Musk estava ávido por novos desafios e encontrou uma oportunidade de tornar seu sonho realidade.
O empresário investiu todo o dinheiro embolsado com a venda do PayPal em três novas empreitadas: a Tesla, a SpaceX e a Solar City.
A maior fatia foi alocada na criação da SpaceX, com um investimento inicial de aproximadamente US$ 100 milhões, reflexo da sua meta de cortar em 10 vezes os custos altíssimos dos voos espaciais.
Elon Musk em Marte
Musk conseguiu firmar diversos contratos com a NASA e a Força Aérea dos Estados Unidos para projetar foguetes de lançamento espacial.
O executivo ainda informou que possui planos de enviar um astronauta a Marte até 2025, em um esforço colaborativo com a própria NASA. O pior cenário considerado por ele é de 10 anos.
O objetivo de longo prazo da SpaceX é oficialmente tornar a colonização de Marte possível — e Musk coloca tanta fé em sua meta que já informou que a empresa não vai abrir capital na bolsa até que o "Transportador Colonial de Marte" da companhia esteja voando regularmente.
De acordo com o bilionário, o maior desafio da empresa era projetar um veículo adequado para condições em órbita e para Marte — e ele já foi superado.
“A Starship é o foguete mais complexo e avançado que já foi feito”. No futuro, a nave será reutilizável e terá capacidade para levar a tripulação humana e cargas à Lua e ao planeta vermelho.
Novos empreendimentos de Elon Musk
Os US$ 80 milhões restantes que Elon Musk recebeu na venda do PayPal foram distribuídos entre a Tesla, com uma aplicação de US$ 70 milhões, e a Solar City, com US$ 10 milhões.
A Solar City
Apesar de não ser o carro chefe da fortuna de Elon Musk, é importante falar da Solar City.
Fundada pelo executivo por um investimento inicial de apenas US$ 10 milhões, a companhia tornou-se o braço de energia sustentável dentro da Tesla.
A empresa fabrica e instala painéis solares, além de armazenar energia através da Tesla.
A Tesla de Musk
Aqui na Terra, um dos principais focos de Musk é a Tesla. Fundada em conjunto com outros quatro sócios, a companhia tinha como objetivo o desenvolvimento de carros elétricos.
A empresa só foi lançar seu primeiro veículo elétrico em 2006, dois anos depois de sua criação. Batizado de Roadster, o automóvel poderia viajar cerca de 395 quilômetros e passar de 0 a 97 km por hora em menos de quatro segundos.
Em 2010, a companhia realizou uma oferta pública inicial na bolsa de valores norte-americana Nasdaq, levantando cerca de US$ 226 milhões com o IPO.
Nos anos seguintes, a empresa foi lançando novos veículos elétricos no mercado, muitos criticados — seja por desempenho, aparência ou preço.
Em 2018, a fabricante de carros elétricos estava realmente em apuros: a empresa estava lutando para construir um produto viável e perdia dinheiro quase diariamente.
Elon Musk, que já havia investido a maior parte de sua fortuna inicial no negócio, passou dias e noites trabalhando no chão da fábrica, sem sono e determinado a tirar a Tesla do iminente risco de colapso.
“Acho que teve uma semana em que eu literalmente trabalhei 120 horas e simplesmente não saí da fábrica. Eu nem saí de casa”, contou Musk no programa de televisão 60 Minutes, em 2018.
Naquele ano, a Tesla anunciou ao mercado o lançamento de um modelo elétrico acessível, o Model 3 — que se tornou o carro elétrico mais vendido do mundo.
Chips no cérebro?
Uma das mais recentes empreitadas de Elon Musk é na tecnologia de interface neural.
Em 2017, o empresário fundou a Neuralink, empresa na qual trabalha para construir um dispositivo que poderia ser incorporado ao cérebro para gravar a atividade do órgão e potencialmente estimulá-la.
Segundo o bilionário, o objetivo final é alcançar a "simbiose" entre o cérebro humano e a inteligência artificial.
Apesar dos pontos positivos, a nova tecnologia de Musk também teve repercussões negativas. O projeto foi manchado por acusações de maus-tratos com os macacos utilizados nos experimentos.
Vale lembrar que o bilionário anunciou em 2019 que a empresa havia implantado com sucesso seu chip em primatas.
A vida amorosa de Elon Musk
Falar sobre a história de Elon Musk também exige comentários sobre sua vida amorosa, especialmente na época do lançamento do Model 3 da Tesla.
Talvez por sua infância conturbada, o executivo possui grande medo da solidão e abandono. Quando pequeno, contou à Rolling Stone, ele dizia apenas uma coisa a si mesmo: “Eu nunca quero ficar sozinho.”
Para Musk, estar apaixonado é fundamental para ser feliz, ignorando qualquer evidência de codependência.
“Se não estou apaixonado, se não estou com um companheiro de longa data, não posso ser feliz. Nunca serei feliz sem ter alguém. Dormir sozinho me mata.”
Namoro com Amber Heard
Então, quando a Tesla anunciou em 2018 a novidade que era o Model 3, a mente de Musk estava tomada por uma sensação “inesperada, decepcionante e incontrolavelmente horrível”.
Isso porque o CEO tinha acabado de terminar com a namorada, a atriz Amber Heard. “Eu estava realmente apaixonado, e doeu muito.”
O bilionário conta que a dor emocional era tamanha na época que perdeu a vontade e capacidade de realizar o evento de lançamento do veículo elétrico sem parecer “o cara mais deprimido do mundo”.
“Eu tive que me preparar psicologicamente: beber alguns Red Bulls, sair com pessoas positivas e então, dizer a mim mesmo: 'Eu tenho todas essas pessoas dependendo de mim. Tudo bem, faça isso!'”
Suposto triângulo amoroso com o fundador do Google
O jornal The Wall Street Journal (WSJ) alegou em uma reportagem que Musk teria tido um caso romântico com Nicole Shanahan, esposa do cofundador do Google, Sergey Brin.
O relacionamento entre os dois teria começado em dezembro de 2021 em Miami, segundo fontes informaram ao jornal. Na época, apesar de Sergey e Shanahan estarem separados, eles ainda moravam juntos.
Fontes alegam que Brin e Nicole estavam enfrentando dificuldades no casamento. Na mesma época, Elon Musk teria se separado de Grimes, a ex-namorada com quem teve dois filhos.
Segundo o jornal, o suposto relacionamento entre o diretor da Tesla e a esposa de Sergey teria motivado o cofundador do Google a pedir divórcio no começo deste ano e colocado um fim na amizade de anos dos bilionários.
Os filhos de Elon Musk
O bilionário possui, ao todo, dez filhos — pelo menos, essa é a quantidade que o mundo conhece até agora.
Casado desde 2000, Elon Musk teve seis filhos com a primeira esposa, Justine Wilson.
O primogênito, Nevada, faleceu com dez semanas. Depois, Wilson ficou grávida de gêmeos, Griffin e Xavier, e trigêmeos, Damian, Saxon e Kai.
Em 2008, o relacionamento acabou e os filhos ficaram com a guarda compartilhada entre os pais.
Dois anos depois, o CEO da Tesla casou-se com Talulah Riley. O casal se separou em 2012. Um ano depois, eles reataram — só para terminar mais uma vez, em 2016.
No ano seguinte, Musk começou a se relacionar com a atriz Amber Heard. Já em 2018, o executivo engatou um namoro com a cantora canadense Grimes.
O casal batizou o primeiro filho como X Æ A-12, apelidado de X. Em 2020, nasceu a segunda filha do casal, Exa Dark Sideræl Musk, também chamada de Y.
Polêmica com a filha de Musk
Aqui também é importante frisar que uma das filhas de Elon Musk quer cortar relações com ele. No mês passado, a jovem de 18 anos recorreu à Justiça dos Estados Unidos para mudar seu nome e retirar o sobrenome do pai.
Fruto do primeiro casamento de Musk, Vivian Jenna Wilson, como ela deseja ser chamada, é uma mulher transsexual.
Em documentos à Justiça, a garota justificou a mudança com dois motivos: a "identidade de gênero e o fato de não viver ou desejar estar relacionada com o pai biológico de qualquer forma".
Elon Musk e o relacionamento com o pai
Além dos supostos abusos psicológicos durante sua infância, o relacionamento de Elon Musk com seu pai, Errol, parece continuar caótico.
No começo deste mês, em entrevista à rádio australiana The Kyle and Jackie Show, o engenheiro disse que não está orgulhoso de seu filho e afirmou que o CEO da Tesla está descontente com o progresso de sua própria carreira.
Quando perguntado se estava orgulhoso das realizações de Elon, Errol respondeu: “Não. Você sabe, somos uma família que faz muitas coisas há muito tempo, não é como se de repente tivéssemos começado a fazer algo.”
Apesar disso, o engenheiro destacou que o fundador da Tesla realizou muitas coisas quando comparado com seus irmãos.
Algum tempo depois, Errol disse, em entrevista ao Daily Mail Australia, que entendeu mal a pergunta. "Eu realmente não entendi a pergunta dela sobre estar orgulhoso. Foi só quando ouvi a gravação depois que percebi", explicou ele ao jornal.
"Se você perguntar a qualquer pai se eles estão orgulhosos de seu filho, você se orgulha deles desde o dia em que nascem."
Musk e os novos problemas em suas empresas
Além das questões emocionais, Elon Musk também enfrenta diversos dragões no ambiente corporativo — e em mais de uma das suas empresas.
Assédio na SpaceX
Em 2018, a SpaceX também precisou desembolsar US$ 250 mil para “resolver” extrajudicialmente uma acusação de assédio sexual contra Elon Musk.
A acusação partiu de uma comissária de bordo, que teria rejeitado a investida do chefe, e veio à tona em uma reportagem do Business Insider.
O incidente teria acontecido em 2016, enquanto Musk se submetia aos serviços de uma massagista profissional durante um voo em seu jatinho particular — um serviço aparentemente comum aos executivos da SpaceX.
Segundo o jornal, Musk teria esfregado a perna na comissária sem o consentimento dela enquanto se oferecia para comprar um cavalo para a mulher, em troca de uma massagem erótica.
A comissária de bordo teria recusado a proposta do magnata e denunciado o caso ao departamento de recursos humanos da SpaceX dois anos depois.
Pelo pacto extrajudicial, a comissária se comprometeu a não processar a empresa, falar sobre o acordo nem repassar informações sobre Elon Musk ou seus negócios.
Elon Musk e a SEC
Heavy user do Twitter desde 2009, Elon Musk é conhecido por suas polêmicas e brincadeiras na rede social.
Em 2018, Musk insinuou na plataforma que tinha “financiamento garantido” para tornar a Tesla privada por US$ 420 por ação.
No mês seguinte, a SEC (equivalente à nossa xerife do mercado CVM, só que nos Estados Unidos) processou Musk por fraude de valores mobiliários, alegando que os tweets eram “falsos e enganosos”.
O conselho da Tesla até rejeitou inicialmente o acordo proposto pela SEC, com a justificativa de que Musk havia ameaçado renunciar.
Porém, após as ações da Tesla despencarem depois da notícia, eles aceitaram um acordo mais duro — que incluiu a renúncia de Musk como presidente do conselho por três anos, mantendo-o como CEO.
Além disso, suas postagens na rede social deveriam ser pré-aprovadas pelos advogados da Tesla, e multas de US$ 20 milhões para Tesla e Musk foram cobradas.
Batalha entre Warren Buffett e Elon Musk
No começo do mês passado, o megainvestidor Warren Buffett fez a Tesla perder o cargo de maior vendedora de automóveis elétricos do mundo para a montadora chinesa BYD, que faz parte do portfólio da Berkshire Hathaway.
A asiática vendeu 641.350 veículos elétricos no primeiro semestre de 2022. Enquanto isso, a Tesla entregou 564.743 veículos em igual intervalo.
A fabricante de Elon Musk afirmou que o desempenho precário entre abril e junho foi devido à escassez de semicondutores e aos bloqueios em Xangai por causa da covid-19, que impactaram a produção e a cadeia de suprimentos da Tesla na China.
Problemas no piloto automático da Tesla
Para completar a sequência de problemas no piloto automático da Tesla, a montadora de Elon Musk recentemente perdeu um de seus principais funcionários, o líder de inteligência artificial (IA) e piloto automático, Andrej Karpathy.
A saída de Karpathy não foi a única na equipe do piloto automático da Tesla. No fim do mês passado, a empresa fechou o escritório na Califórnia e demitiu 229 funcionários, para cortar custos.
A unidade era responsável por melhorar a tecnologia e os sistemas de assistência ao motorista, e contava com a maior equipe relacionada ao piloto automático dos veículos Tesla.
Vale destacar que, apesar das promessas do CEO, até agora, a Tesla não conseguiu colocar no mercado veículos efetivamente autônomos.
Os modelos atuais de piloto automático da empresa fornecem recursos de assistência ao motorista, como assistência na manutenção da faixa e navegação automatizada.
“Hoje, o piloto automático aumenta a segurança e a conveniência de dirigir, mas o objetivo da equipe é desenvolver e implantar a ‘Autodireção Completa’ em nossa frota de milhões de carros em rápido crescimento”, disse Karpathy.
Tesla não é verde?
Fortemente conhecida por sua missão de tirar os carros movidos a combustíveis fósseis das estradas, a Tesla agora é criticada por sua estratégia ESG.
Em inglês, ESG é a sigla referente a boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa.
Em meados de março, a fabricante de veículos elétricos de Elon Musk foi chutada para fora do índice ESG do S&P 500 por ter se esquecido do “S” e do “G” da sigla ESG.
Segundo a S&P Global, o ambiente corporativo conturbado da empresa, como discriminação racial, e acidentes e colisões de automóveis devido ao sistema de piloto automático dos carros levaram à expulsão da montadora.
No mais novo golpe à iniciativa verde da Tesla, Rebeca Minguela, a CEO da Clarity AI, disse em entrevista à CNBC que Musk pode não ter entendido direito exatamente o que é ESG.
Elon Musk e o processo multibilionário
Não bastassem os problemas que a Tesla atualmente enfrenta, Elon Musk ainda está sendo processado por um suposto esquema de pirâmide criptográfica envolvendo a Dogecoin (DOGE).
Apresentado no Tribunal de Nova York em meados de junho, o processo de ação coletiva pede US$ 258 bilhões por danos referentes às negociações com DOGE.
Segundo os autos, Musk não seria o único a pagar o pato, caso seja condenado — suas empresas Tesla e SpaceX também teriam que lidar com indenizações.
Apesar de correr o risco de pagar uma indenização multibilionária, o CEO da Tesla vive perigosamente. Pouco tempo depois da ação na Justiça, ele decidiu anunciar que uma de suas empresas começará a aceitar pagamentos com Dogecoin.
A empresa de construção de túneis de Musk, a The Boring Company (TBC), começou a permitir que os clientes paguem por corridas com DOGE pelo sistema de transporte de Las Vegas.
Elon Musk e os planos para o Brasil
O dono da Tesla e da SpaceX não mira seus foguetes só em Marte: o Brasil também está na lista de lugares que Elon Musk deseja conquistar.
Em novembro do ano passado, o bilionário se reuniu com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, sobre a possibilidade de operar a Starlink no país.
Já em maio de 2022, o bilionário veio ao país em uma viagem de negócios, na qual encontrou-se com o presidente Jair Bolsonaro, para discutir um pouco mais os planos.
Uma das intenções do bilionário é colocar satélites para internet 5G no estado do Amazonas através da Starlink, o braço da SpaceX de fornecimento de internet a partir de um sistema de satélites em baixa órbita.
Se o acordo com o governo realmente sair, a ideia de Musk é implementar a rede em 19 mil escolas do meio rural e fazer o mapeamento ambiental da Amazônia.
A novela entre Elon Musk e o Twitter
Ao contrário do que se pode pensar sobre o homem mais rico do mundo, seus anúncios não são cheios de firulas e formalidade. Muito pelo contrário, na verdade.
Desde 2009, Elon Musk vem utilizando uma rede social como principal meio de comunicação — seja para compartilhar memes ou divulgar decisões corporativas importantes.
O bilionário é ativo no Twitter há muito tempo e tornou-se uma das contas mais populares da plataforma, com mais de 103 milhões de seguidores em 2022.
Seus comentários sempre foram extremamente diversos, variando desde suas empresas, criptomoedas, muitas piadas de gosto duvidoso, até polêmicas que acabaram rendendo processos.
Investidores do Twitter processam Musk
A predileção do bilionário-celebridade é notória e, no começo de abril deste ano, ele comunicou que detinha uma fatia de 9,2% das ações da empresa de mídia social.
Porém, um grupo de acionistas da companhia entrou com um processo contra Musk por considerar que o executivo não informou a compra dos papéis TWTR no prazo certo.
Isso porque, de acordo com as leis comerciais dos EUA, os investidores devem informar à SEC quando adquirirem mais de 5% das ações de uma companhia em um período de até 10 dias.
Segundo os investidores do Twitter, o CEO da Tesla teria atingido esses 5% em 14 de março, o que poderia ter permitido que Musk comprasse os papéis deflacionados.
Do conselho à compra do Twitter
Ignorando os comentários negativos e o processo na Justiça, um dia após o anúncio da aquisição da fatia, Elon Musk informou que entraria para o conselho de administração da empresa, mas logo desiludiu os investidores que se animaram com a notícia.
Porém, para o empresário, ter apenas algumas fatias de seu bolo preferido não era o suficiente — e ele logo decidiu comprar o Twitter por uma quantia generosa de dinheiro.
Em meados de abril, o CEO da Tesla propôs comprar 100% do Twitter por US$ 54,20 por ação, o que corresponderia a aproximadamente US$ 43,4 bilhões na época.
Acontece que, em um verdeiro “vai, não vai”, Musk desistiu de comprar o Twitter, desistiu de desistir e, por fim, desistiu de desistir de desistir. Pera lá que eu explico.
Em julho, o bilionário decidiu romper o acordo de compra da rede social “devido ao número de contas falsas ou spam na plataforma”.
O Twitter, então, entrou com uma ação judicial para garantir que o acordo fosse cumprido pelo preço prometido, o que representaria um ganho inesperado para muitos de seus acionistas.
A batalha final entre o bilionário e a rede social será definida em outubro, mas Musk segue utilizando o seu perfil na plataforma para cogitar a possibilidade de o acordo de US$ 44 bilhões se concretizar.
O CEO da Tesla disse que há chances de o negócio efetivamente acontecer, mas, antes, o Twitter precisaria confirmar informações sobre como calcula os números reais de usuários e os diferencia de contas falsas.
Recentemente, Musk vendeu 7,92 milhões de ações da Tesla por US$ 6,88 bilhões, numa tentativa de se precaver para a possibilidade de ser forçado a cobrir sua oferta pelo Twitter.
Após o anúncio de desistência e o fim das negociações, Bret Taylor, presidente do conselho de administração do Twitter, prometeu entrar numa batalha judicial contra o bilionário.
Uma nova rede social?
Após todo o caos envolvendo a compra do Twitter, Elon Musk voltou a flertar com a possibilidade de criar uma rede social para competir com a plataforma do passarinho azul.
Os rumores se intensificaram após um usuário do Twitter perguntar ao CEO da Tesla se ele “já pensou em criar a sua própria plataforma de mídia social”.
Numa resposta um tanto quanto enigmática, o bilionário respondeu ao tuíte com “X.com” — sim, o nome de uma das suas primeiras empresas.
O link direciona a uma página em branco, que contém apenas a letra ‘x’ no canto esquerdo.
O domínio do site pertencia a um ex-funcionário da PayPal, mas Musk o adquiriu em julho de 2017.
"Obrigado, PayPal, por me permitir comprar novamente o X.com! Sem planos agora, mas ele possui um grande valor sentimental para mim”, agradeceu o empresário ao realizar a compra.
"As pessoas deveriam ir atrás do que as faz feliz. Isso as fará ainda mais felizes do que qualquer outra coisa."
— Elon Musk
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Luiz Ribeiro é responsável pelas carteiras de duas famílias de fundos de ações da Itaú Asset e administra um patrimônio de mais de R$ 2,2 bilhões em ativos
Adeus, Porto Seguro (PSSA3), olá Lojas Renner (LREN3) e Vivara (VIVA3): em novembro, o BTG Pactual decidiu ‘mergulhar’ no varejo de moda; entenda o motivo
Na carteira de 10 ações para novembro, o BTG decidiu aumentar a exposição em ações do setor de varejo de moda com múltiplos atraentes e potencial de valorização interessante
Com ações em alta em NY após vitória de Trump, Tesla atinge US$ 1 trilhão em valor de mercado — e Elon Musk fica ainda mais rico
Musk foi um dos principais apoiadores do republicado e chegou a contribuir com mais de US$ 130 milhões para a campanha
Melhor que Magazine Luiza (MGLU3)? Apesar do resultado forte no 3T24, Empiricus prefere ação de varejista barata e com potencial de valorizar até 87,5%
Na última quinta-feira (8), após o fechamento do pregão, foi a vez do Magazine Luiza (MGLU3) divulgar seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2024, que agradaram o mercado, com números bem acima das expectativas. Entre julho e setembro deste ano, o Magalu registrou um lucro líquido de R$ 102,4 milhões, revertendo o prejuízo de […]
Energia limpa: montadora chinesa fecha parceria com Governo de MG e universidade para cooperação no desenvolvimento de hidrogênio verde
Memorando de Entendimento (MoU) visa a transferência e intercâmbio de tecnologias associadas ao uso de energia limpa em veículos da FTXT/GWM