🔴 AÇÕES, CRIPTOMOEDAS E MAIS: CONFIRA DE GRAÇA 30 RECOMENDAÇÕES

Larissa Vitória
Larissa Vitória
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
ENTREVISTA EXCLUSIVA

MRV (MRVE3) acelera lançamentos adiados pela crise e traça planos para a incorporadora nos EUA que brilhou nos últimos balanços

A maior companhia do programa Casa Verde e Amarela viu suas margens serem comprimidas nos últimos balanços, mas o CEO Rafael Menin diz que uma nova fase está por vir

Larissa Vitória
Larissa Vitória
26 de setembro de 2022
7:01 - atualizado às 15:27
Foto da sede da MRV (MRVE3) em Minas Gerais
Imagem: Rodrigo Gomes/Divulgação

Da última vez em que Rafael Menin conversou com o Seu Dinheiro, em junho de 2020, o copresidente da MRV (MRVE3) celebrou o fato de que a empresa havia sido menos afetada pela crise do coronavírus do que incorporadoras voltadas para os segmentos de renda mais altos.

Mas a companhia acabou não escapando dos efeitos colaterais da pandemia na atividade econômica. Isso porque a alta da taxa básica de juros e a disparada da inflação dos insumos da construção atingiram em cheio o setor.

Como consequência, a maior companhia do programa Casa Verde e Amarela viu suas margens serem comprimidas nos últimos balanços.

Considerando o novo quadro, convidamos Rafael Menin para atualizar aquela conversa. Mas o executivo está confiante de que, com as mudanças nas regras do programa habitacional, o arrefecimento da inflação e o fim do ciclo de alta da Selic, uma nova fase está por vir.

“O segmento econômico está muito mais equilibrado do que estava no começo do ano. A combinação de um preço de venda mais elevado e da manutenção da capacidade de compra do cliente fará com que a empresa consiga repassar parte dos custos mantendo o bom volume de vendas”, afirmou o CEO ao Seu Dinheiro.

O cenário traçado pelo executivo casa com as expectativas dos investidores para a companhia. Ao menos é o que indicam as ações MRVE3, que, junto com outros nomes da construção civil, registram forte alta desde o início de agosto.

Leia Também

Com o rali recente, os papéis da incorporadora acumulam alta da ordem de 75% em relação às mínimas do fim de junho. Veja abaixo a trajetória ao longo deste ano da companhia na B3:

Fonte: Tradingview

Afinando o compasso

Um dos principais fatores por trás do otimismo de Menin com a recuperação da operação principal da empresa, que foca em empreendimentos para famílias de baixa renda, é o pacote de alterações no Casa Verde e Amarela anunciado pelo governo ao longo dos últimos três meses.

“O programa ficou muito tempo sem ter nenhum ajuste a despeito de a gente conviver com uma inflação alta. E não conseguimos repassar os preços na mesma velocidade em que o custo subiu porque o nosso cliente tem uma baixa capacidade de absorver aumento.”

De acordo com o CEO, o descompasso entre as regras e o ambiente macroeconômico foi solucionado após debates de “nível de maturidade muito elevado” entre o governo e representantes do setor.

As conversas resultaram em uma expansão no limite de renda de duas faixas do programa, redução nas taxas de juros, alterações na regra de subsídios fornecidos pela União e um incremento no prazo máximo para os financiamentos.

“As mudanças permitem que o cliente volte a ter uma uma capacidade de compra adequada ao preço do imóvel”, destaca Menin.

Reduzindo os ruídos

Além do destravamento no repasse de custos para os lançamentos voltados ao CVA, o executivo celebra um arrefecimento da inflação que, ainda que “muito sutil”, alivia a pressão de custos sobre o setor.

Felizmente, o pior ficou para trás e há um cenário de estabilidade para alguns materiais que é fruto do câmbio mais comportado, da acomodação no preço das commodities e de algumas ações do governo, como o corte do ICMS dos combustíveis. Isso fez com que passássemos a enxergar uma leve tendência de redução de custo em insumos do nosso segmento.

Rafael Menin, MRV

Contribui também para o cenário positivo o fim do ciclo de alta dos juros, oficializado pela última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada

Menin aposta que a trajetória da Selic pode voltar a apontar para baixo antes do previsto: “A percepção, conversando com investidores, é de que uma eventual redução dos juros aconteça num prazo um pouco mais curto do que o consenso dos economistas acreditava dois meses atrás.”

Rafael Menin é copresidente da MRV desde 2014 | Foto: Gabriel Araújo/Divulgação

Acelerando os lançamentos

Para não perder a oportunidade de surfar nesse combo de perspectivas positivas para a construção, a MRV incrementou a previsão de lançamentos para o segundo semestre de 2022.

Parte dos projetos que devem ir ao mercado até o final deste ano já estavam prontos para estrear nos primeiros seis meses do ano. “A companhia optou por não lançar, entendemos que os empreendimentos não teriam uma boa rentabilidade e não remunerariam adequadamente o capital da MRV”, argumenta o CEO.

Com isso, o Valor Geral de Vendas (VGV) lançado pela empresa ficou em R$ 2,1 bilhões no segundo trimestre. A soma é 11,6% inferior à registrada no mesmo período do ano anterior. A queda no número de novas unidades foi ainda maior, de 20,3%, com pouco mais de nove mil imóveis.

Menin promete que os números serão diferentes no próximo balanço: “Nós teremos um segundo semestre muito mais forte em lançamentos do que foi a primeira metade do ano”. O executivo também garante que haverá público para os novos imóveis.

Infelizmente, 30 milhões de famílias brasileiras moram em condições inadequadas. Por um lado, esse déficit é uma oportunidade para uma empresa como a nossa e significa que, independentemente de qualquer que seja o governo ou modelo de transação imobiliária no segmento econômico, teremos uma demanda elevada por muitos anos.

Rafael Menin, MRV

Além da procura aquecida, a MRV é beneficiada pela competição relativamente baixa dentro do segmento de baixa renda. Mas o CEO não celebra a ausência de novos rivais e atribui o cenário às dificuldades provocadas pela demora na atualização do programa habitacional governamental.

“A competição já foi maior, mas diminuiu em função desse desequilíbrio recente, o que não é bom para o país e para o consumidor. Quanto mais competição, mais eficientes são as empresas e mais opções o cliente tem”, pondera.

Outras rotas de crescimento da MRV (MRVE3)

Menin não esconde o otimismo com as perspectivas para a operação principal da MRV nos próximos trimestres, mas também destaca que a construção de empreendimentos para famílias de baixa renda pode perder espaço para outras frentes de negócio da companhia no futuro.

“Há quatros anos nós decidimos expandir a empresa via subsidiárias. Não é trivial entrar em novos mercados e um novo país, mas esse foi o caminho escolhido por nós para complementar a nossa atividade core e trazer resiliência ao negócio”, afirma.

A decisão mostrou-se acertada, já que a Urba, de loteamentos, e a Luggo, que desenvolve imóveis para a locação, amenizaram o impacto da compressão das margens da atividade core no balanço da construtora.

Isso sem falar na Resia, a incorporadora norte-americana que se tornou um dos principais destaques nos últimos balanços da MRV. A operação dos EUA registrou um salto de 162,3% nas vendas líquidas em relação ao mesmo período do ano passado.

A Resia foi a única a apresentar crescimento no Valor Geral de Vendas (VGV), que chegou a R$ 955 milhões, recorde para um trimestre.

“Essas cinco avenidas de atuação se somam e fazem com que a empresa fique mais protegida frente a crises e preparada para surfar os bons momentos”, aponta o executivo.

O que o futuro guarda para a Resia?

Com números tão impressionantes, analistas acreditam que a operação da MRV nos EUA ainda não está precificada e pode ser um gatilho de alta para os papéis MRVE3. Mas o acionamento desse gatilho dependerá dos planos da companhia para a Resia.

A MRV já admitiu que há possibilidades tanto de entrada de um parceiro na empresa quanto de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

Rafael Menin não revela qual será o futuro da subsidiária, mas indica que a saída não deve ser a bolsa, pelo menos por enquanto. “O que eu posso dizer é que a Resia despertou interesse de investidores importantes e que alguma operação privada será feita nos próximos meses.”

O CEO também confirmou que, no futuro, a empresa deve ir ao mercado e fortalecer a estrutura de capital para atender aos objetivos do projeto, que incluem a entrega de 12 mil unidades por ano.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEXTOU COM O RUY

Acabou a farra do Ibovespa? Setembro começou mal para a Bolsa, mas não é motivo para preocupação

6 de setembro de 2024 - 6:07

Alguns fatores parecem ter pesado no humor, como os velhos riscos fiscais que voltaram aos holofotes e o bloqueio da plataforma X

PAGAMENTO EXTRA

Este fundo imobiliário deve anunciar dividendos extraordinários de até R$ 2,50 por cota ainda neste ano

5 de setembro de 2024 - 14:26

Um dos fatores que irá definir qual será o valor exato da distribuição é a conclusão da venda de dois imóveis

FUNDOS IMOBILIÁRIOS HOJE

E agora, BRCO11? Natura (NTCO3) quer devolver galpão do fundo imobiliário antes da hora; veja qual será o impacto na receita do FII

5 de setembro de 2024 - 13:12

A Natura enviou uma notificação ao FII informando a decisão em rescindir antecipadamente o contrato de locação no imóvel Bresco Canoas

DESTAQUES DA BOLSA

Ação da Light (LIGT3) dispara mais de 30% na B3 em meio a adiamento de assembleia com bondholders

5 de setembro de 2024 - 12:54

A companhia de energia elétrica anunciou mais um adiamento da assembleia de bondholders que visa a discutir os termos e condições do “scheme of arrangement”

É O FIM DOS CALOTES?

Fundo imobiliário dispara 10% na B3 após WeWork pagar todos os aluguéis devidos ao FII; impacto nos dividendos será de mais de R$ 7 por cota

5 de setembro de 2024 - 11:32

Vale destacar que, apesar de ter quitado as obrigações com o Torre Almirante, a WeWork ainda enfrenta um impasse com outros fundos imobiliários da B3

FIM DA NOVELA?

Ambipar (AMBP3) cai forte na B3 após gestora supostamente ligada a Tanure indicar dois membros para o conselho da empresa; veja quem são os candidatos

5 de setembro de 2024 - 10:35

Após enfim realizar seu desejo de indicar novos conselheiros na Ambipar, a Trustee pediu a convocação de uma assembleia geral extraordinária para votar as nomeações

FII DO MÊS

Com alta da Selic no radar e de olho nos dividendos, analistas mantêm BTLG11 como fundo imobiliário favorito do mês

5 de setembro de 2024 - 6:07

A perspectiva de uma alta dos juros em setembro ameaça frear o desempenho da indústria de FIIs e, por isso, os especialistas optaram por um velho conhecido

SINAL VERDE PRA COMPRAR?

UBS BB eleva preço-alvo de ação de dona da Centauro e Nike no Brasil

4 de setembro de 2024 - 17:52

Grupo SBF (SBFG3) passa por aceleração das vendas de seu estoque e alívio da dívida líquida; segundo banco, há espaço para ainda mais crescimento até 2026

Money Picks

Setor elétrico: BTG Pactual e Empiricus são unânimes nas recomendações para setembro; AURE3, TAEE11 e TRPL4 ficam fora do top 10

4 de setembro de 2024 - 16:12

As duas instituições optaram pelas mesmas companhias do setor elétrico em setembro; veja os motivos e por que o momento é favorável para essas empresas

SEM OTIMISMO

Não é hora de ter Vale (VALE3) na carteira? Bancão de investimentos rebaixa peso de ações da mineradora

4 de setembro de 2024 - 14:47

O Bank of America rebaixou a recomendação para a gigante da mineração no portfólio de América Latina, de “equal weight” para “underweight”

SD Select

Onde investir em setembro? Bolsa brasileira tem 3 ‘gatilhos’ e analista aponta 10 ações que podem se beneficiar desse cenário

4 de setembro de 2024 - 12:00

Para Larissa Quaresma, mesmo com agosto positivo, a Bolsa brasileira ainda está barata e pode renovar máximas; veja onde investir em setembro

Conteúdo BTG Pactual

Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) ou Itaú (ITUB4)? Veja os bancos recomendados pelo BTG Pactual em setembro para buscar dividendos

4 de setembro de 2024 - 10:00

Carteira do BTG Pactual, que rendeu 266,2% do Ibovespa desde a criação, tem dois “bancões” recomendados para setembro – veja quais são

BILIONÁRIOS NA VAREJISTA

Lemann e sócios convertem bônus de subscrição e voltam a ter o controle de fato sobre a Americanas (AMER3)

4 de setembro de 2024 - 9:48

Com exercício parcial de bônus de subscrição, trio de bilionários passou a deter 50,01% do capital votante da Americanas (AMER3)

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O mês do cachorro louco mudou? Depois das máximas históricas de agosto, Ibovespa luta para sair do vermelho em setembro

4 de setembro de 2024 - 8:15

Temores referentes à desaceleração da economia dos EUA e perda de entusiasmo com inteligência artificial penalizam as bolsas

ALONGAMENTO DE PERFIL

Petrobras (PETR4) lança títulos no exterior no valor de US$ 1 bilhão; confira quanto a estatal vai pagar aos investidores

4 de setembro de 2024 - 7:31

De acordo com o comunicado da petroleira, o rendimento ao investidor será de 6,25% ao ano e os recursos serão usados para recomprar até US$ 1 bilhão de outros títulos

LÍDER OUTRA VEZ

Itaú (ITUB4) é a ação mais recomendada (de novo) para investir em setembro; veja o ranking com recomendações de 14 corretoras

4 de setembro de 2024 - 6:12

Figurinha repetida no ranking de ações mais indicadas pelos analistas para investir no mês, o banco acumulou cinco indicações das 14 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro

Conteúdo Empiricus

Vale apostar na recuperação da Americanas (AMER3)? Analistas ‘botam mais fé’ no turnaround de outra varejista

3 de setembro de 2024 - 16:52

“Show de volatilidade” da Americanas nos últimos dias não empolga analistas, que veem outra varejista em processo de turnaround como um investimento mais atrativo para o momento

DESTAQUES DA BOLSA

Azul (AZUL4) arremete na bolsa em meio a negociações com bondholders — enquanto mercado continua de olho em potencial recuperação judicial nos EUA

3 de setembro de 2024 - 15:02

Os papéis reagem a rumores de que a empresa iniciaria hoje negociações com detentores de títulos de dívida da companhia emitidos no mercado internacional para captar recursos

FIIs HOJE

Fundo imobiliário cai 10% na bolsa após zerar dividendos; FII já havia cortado proventos e pago apenas um centavo por cota no mês anterior

3 de setembro de 2024 - 10:52

Segundo comunicado enviado aos cotistas na última sexta-feira (30), o FII também não realizará nenhuma amortização de capital em setembro

NA MODA

Ações das Lojas Renner (LREN3) sobem quatro vezes mais que Ibovespa desde o balanço do 2T24 — e este banco vê espaço para mais

3 de setembro de 2024 - 10:45

JP Morgan reiterou a recomendação equivalente a compra para Lojas Renner e elevou o preço-alvo para R$ 21,00, o que representa um potencial de alta de 24%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar