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Flavia Alemi

Flavia Alemi

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pela FIA. Trabalhou na Agência Estado/Broadcast e na S&P Global Platts.

Panorama dos gestores

Lula ou Bolsonaro? Por que os gestores de fundos ficaram pessimistas com ambos

Reclamação principal é quanto a falta de clareza dos programas de governo tanto de Lula quanto de Bolsonaro

Flavia Alemi
Flavia Alemi
14 de julho de 2022
13:05 - atualizado às 13:06
Montagem com foto oficial dos presidentes Lula e Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Imagem: Reprodução

Um presidente que tenta aprovar medidas populistas para conseguir se reeleger e um ex-presidente que quer voltar ao cargo prometendo abrir mão do arcabouço fiscal.

Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva disputam praticamente sozinhos o Planalto, para a tristeza do mercado financeiro, que vê com maus olhos as promessas de aumento de gastos de ambos.

Na pesquisa mensal da série “Os Melhores Fundos de Investimento”, comandada pelo analista Bruno Mérola, da Empiricus, as principais gestoras de investimentos do Brasil se mostraram pessimistas com os riscos fiscais do país no próximo governo.

A 80 dias do primeiro turno das eleições, os gestores reclamam da falta de clareza dos programas de governo dos dois principais candidatos e observam com olhar de desaprovação o aumento do populismo fiscal.

  • Quer ter acesso à série “Os Melhores Fundos de Investimento”? Clique aqui.

O que Lula diz

Fazendo um breve retrospecto, temos à esquerda Lula prometendo revogar o teto de gastos e revisar a reforma trabalhista realizada após o impeachment de Dilma Rousseff em 2016.

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Ao mesmo tempo, Lula disse em reportagem publicada pelo Financial Times no dia 11 de julho que aprendeu “muito jovem com minha mãe analfabeta que não podia gastar mais do que ganhava.”

Ou seja, não dá para saber exatamente quais os planos de Lula para o fiscal.

O que Bolsonaro está fazendo

À direita, temos Bolsonaro, que ganhou o coração da Faria Lima em 2018 prometendo um governo liberal e colocando Paulo Guedes como ministro da economia.

Porém, o atual governo já furou o teto de gastos algumas vezes. Primeiro com a PEC dos Precatórios, no final do ano passado, e, mais recentemente, com a apelidada PEC Kamikaze.

Ambas as medidas contribuíram para quebrar a confiança que o mercado financeiro depositou no governo.

E o que dizem os gestores

Para os gestores do Kapitalo Zeta, os programas em discussão no Congresso devem elevar as despesas do governo a ponto de gerar uma queda da inflação deste ano. Porém, eles ainda enxergam piora do quadro de aumento de preços por dois motivos:

  1. A ociosidade da economia parece ser bem menor que o esperado;
  2. Medidas fiscais tendem a impactar negativamente a inflação de curto prazo, mas aumentar a pressão nos preços de médio-longo prazo.

A Kinea Capital engrossa o coro, dizendo que a inflação corrente continua pressionada em meio a uma âncora fiscal fragilizada.

“Investir no país tem sido balancear pelo lado positivo preços atrativos e alta estrutural de commodities e pelo lado negativo a ausência de uma âncora fiscal crível para enfrentar mares externos turbulentos”, escreveram os gestores da Kinea em sua carta mais recente.

Junho/22 foi um mês para esquecer

Incerteza fiscal à parte, o bom desempenho dos fundos multimercado neste ano foi posto à prova no mês passado, no qual várias estratégias tiveram queda relevante.

O Vista Multiestratégia, que vem se destacando com folga na indústria, teve a primeira queda do ano em junho, de 5,2%.

De acordo com a gestora, a perda foi explicada pelo descasamento do hedge aplicado em juros desenvolvidos com a principal posição do fundo, o petróleo. 

  • No primeiro episódio do Market Makers, novo podcast de Thiago Salomão e Renato Santiago, o gestor da Vista João Landau explica como funciona a estratégia. Clique aqui para saber mais.

O Verde foi outro que ficou no negativo em junho, com queda de 1,86%. Segundo a gestora de Luis Stuhlberger, as perdas vieram da exposição em bolsa local, da posição comprada em real e das posições em commodities.

“O real se desvalorizou de maneira importante, as taxas de juros se mantêm pressionadas, mas os políticos continuam numa espécie de metaverso brasiliense, onde o populismo é moeda corrente e a única coisa que importa é a eleição”, disse a Verde em carta enviada a clientes.

Quem conseguiu se manter em alta em junho foram os fundos multimercado da SPX. O SPX Nimitz e o SPX Raptor tiveram ganho de 2,4% e 3,7%, respectivamente.

De acordo com a gestora de Rogério Xavier, as contribuições positivas para a performance do Nimitz foram nos mercados de ações e moedas. Já as contribuições negativas foram nos mercados commodities, crédito e juros

Dos fundos indicados pela equipe da Empiricus, selecionamos 10 para mostrar como está a rentabilidade no ano até agora.

FundoRentabilidade no ano (até 30/06)
Vista Multiestratégia39,1%
SPX Raptor40,8%
SPX Nimitz21,6%
Legacy Capital B18,5%
Vista Hedge16,2%
Vinland Macro Plus20,2%
Ibiuna Hedge STH13,7%
Kapitalo K1012,9%
Gávea Macro Plus16,5%
Absolute Vertex
Verde
13,9%
7,6%
CDI5,4%
Fonte: Anbima

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