Tá difícil comprar carro? 10 dicas que podem ajudar a ter um zero-km (ou quase isso) na garagem
Cenário macroeconômico não ajuda, mas há formas de aproveitar o momento e garantir um carro mais novo ou até mesmo zero

Depois de dois anos de pandemia — continuamos na pandemia, aliás, mas em fase de recuperação —, o mercado automotivo esperava um 2022 melhor. Em janeiro, com boa parte da população vacinada e expectativa de melhores dias, a indústria vislumbrava crescimento de 8,5% nas vendas de carros (leves e pesados). Seis meses depois essa projeção caiu para 1%.
A produção também foi revista: a alta de 9,5% caiu para 4,1%. Isso, em boa parte, por conta das exportações. Apesar da crise na Argentina, houve um expressivo aumento dos envios de veículos leves e pesados a países como Colômbia, Chile, Peru, México e Uruguai.
O que a Anfavea e executivos das montadoras dizem é convergente: a crise dos semicondutores ainda afeta a indústria. Além da alta do dólar e dos problemas com frete, outros fatores que não eram esperados em janeiro contribuíram para essa reavaliação não tão positiva do mercado.
De fora, eles citam a guerra na Ucrânia e fechamentos por lockdown de fornecedores na China. Do Brasil, inflação e disparada das taxas de juros afetam a demanda.
Veículos pesados (caminhões, principalmente) e motocicletas são os únicos segmentos mais promissores.
Está cada vez mais difícil financiar um carro, zero ou não
Embora o cenário que se desenha não seja negativo, mas com o pé no freio, o consumidor que deseja trocar ou comprar um carro zero continua fazendo contas.
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Primeiramente porque houve uma inversão: se antes da pandemia, 65% dos veículos vendidos eram por financiamento (CDC) e 35% à vista, hoje é o contrário. Ou seja, 35% apenas são financiados. E para piorar, o crédito está bem mais restrito, porque os bancos estão mais exigentes.
Olhe a diferença: em 2019, os juros cobrados no CDC para veículos iam de 10% a 22% ao ano, em média. Hoje, tem banco de montadora (que costuma ter taxas mais atraentes) pedindo perto de 30% ao ano pelo financiamento de um veículo novo.
Bancos “tradicionais” extrapolam os 27%. Antes da pandemia, o banco de montadora que mais cobrava, tinha juros de 21,85% ao ano. Dos “tradicionais”, a média era de 19%.
Há 3 anos, com o mercado andando de lado, cerca de 20 a 30% apenas dos pedidos de financiamentos não eram aprovados. Hoje já chegam à metade as negativas.
Ou à vista ou melhor esperar por ofertas
A realidade de quem compra carro hoje é a troca do usado junto com algum valor em cima para fazer o pagamento à vista ou o financiamento no menor valor possível para encarar esses juros altíssimos.
Ah, e claro, sem dizer que os carros estão, em média, 39% mais caros quando comparamos os valores de 2019 com os de 2022 – lembrando que houve uma redução de 18,5% nas alíquotas de IPI para automóveis novos, de acordo com dados da Bright Consulting.
Conforme a consultoria, a demanda pelos hatches compactos, veículos mais acessíveis do mercado, caiu. Enquanto isso, subiu a procura pelos SUVs, porém, o aumento das vendas destes não compensa a queda dos menores e mais baratos.
“Todo mundo sabe do amor e carinho que o brasileiro passou a ter pelos SUVs”, disse Cassio Pagliarini, Chief Strategy Officer da Bright.
Motivos não faltam, segundo ele. “Aparentam mais modernidade, absorvem melhor os custos de equipamentos e novas legislações, oferecem mais conforto e proteção”, explicou.
Caminho dos modelos de entrada aos SUVs está mais longo
De acordo com Pagliarini, entretanto, os compradores que deixaram de comprar os veículos de entrada não alcançarão os SUVs enquanto durarem as atuais condições econômicas.
“A evolução depende da sociedade, com o aumento consistente no número de empregos e redução das incertezas, uma receita pouco provável no futuro próximo”, disse o CSO da Bright.
Ele observa que várias marcas estão com ofertas e anúncios de preços mais atrativos e subsídio de taxa de juros voltaram a aparecer na mídia, o que deve continuar até o final de 2022.
Ainda assim, Pagliarini acha prematuro esse cenário representar o fim da série anual de aumentos. “Pode ser que sim, se a guerra da Ucrânia acabar logo, se o preço do petróleo recuar, se o nó logístico global afrouxar, se a agitação política diminuir – todas receitas improváveis nos próximos 18 meses.”
Para o consumidor final, qual é a perspectiva?
O dólar é um complicador quando pensamos em preços. E se ficar acima do atual patamar, embora seja bom para as exportações, não alivia os aumentos de preços, lembrando que em breve teremos as linhas 22/23 de todos os carros nas lojas.
Para quem esperou tanto tempo para comprar um carro, parece que o sonho fica distante. Bons carros acima de R$ 100 mil são realidade para poucos.
A Anfavea pleiteia com o Governo Federal a redução do IOF, que tem três incidências entre o carro sair da fábrica e chegar ao consumidor: da montadora à concessionária, da concessionária ao consumidor e depois na contratação do seguro. Mas por enquanto, nada foi decidido.
Sem muitas perspectivas de melhoras em preços e ambiente econômico, não dá para garantir que em breve o preço dos carros cairá ou os descontos voltarão.
Dez dicas para melhorar sua compra do carro
Confira algumas sugestões que podem orientar melhor o consumidor que não alcança a compra na velocidade em que os preços sobem.
- Para quem for trocar ou comprar, busque algo que possa adquirir à vista. Os juros do CDC acima de 25% ao ano estão proibitivos;
- Na troca, não aceite “troco” pelo seu usado. Saiba antes quanto ele vale e se não concordar com o que a concessionária oferecer, tente revendê-lo para um lojista ou particular;
- Se tiver de financiar o novo, busque alternativas para que seja o menor valor e prazo possíveis. Dê o máximo de entrada que conseguir e pague parcelas menores;
- Seja qual for a modalidade de pagamento, é imprescindível pesquisar. Cada concessionária tem sua política de preços, então você expandir para outras além das mais próxima de sua casa ou trabalho;
- Se recorrer ao CDC, pesquise também as taxas de juros de seu banco e outras opções além daquelas que o vendedor da loja te oferecer;
- O ICMS de São Paulo é mais alto. Um exemplo: um novo Hyundai HB20 Sense parte de R$ 77.190 em todos os estados, exceto São Paulo (onde custa R$ 79.790) e Zona Franca de Manaus (R$ 75.646). Mas não se iluda: não adianta comprá-lo em outro Estado e trazê-lo para São Paulo porque o consumidor paga a diferença de ICMS;
- Enquanto alguns carros foram consideravelmente renovados entre as versões 2022 e 2023, como os novos Hyundai HB20 e Fiat Argo, outros pouco mudam, como a Fiat Strada 23, que recebeu apenas, em algumas versões, novos itens de série. Por isso, vale a pena buscar ainda versões 22 menos alteradas e negociar descontos;
- Mesmo para um carro que mudou bastante na linha 2023, pode ser vantajoso procurar pela versão antiga 2022, até porque muitas vezes na mudança de ano o carro fica mais caro. Aí vale negociar um desconto maior com esses argumentos;
- A compra do carro envolve um alto valor. Assim como não se compra um apartamento sem saber onde bate o sol ou a vista da janela, não se compra um carro sem dirigi-lo. Parece inócuo dizer, mas faça um test-drive mais longo que conseguir para ter certeza que é aquele carro que vai atender às suas necessidades;
- Se a compra do novo não for viável, considere comprar um usado ou seminovo em boas condições para, no futuro, mais capitalizado, adquirir um carro zero. Você deve fazer uma vistoria cautelar no usado antes da compra para garantir que o carro esteja em ordem. E ao negociar com um lojista ou particular, terá mais margem de desconto do que se for comprar um modelo novo.
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