Os supersalários da Eletrobras (ELET3): saiba quanto o presidente, vice e conselheiros vão ganhar
Três propostas foram apreciadas em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) e aprovadas por maioria de acionistas — a principal delas diz respeito à remuneração fixa da alta administração da empresa, sem reajuste desde abril de 2015
*CORREÇÃO: Por um erro da redação, a matéria original informava de forma incorreta que a terceira proposta aprovada dizia respeito à remuneração retroativa. Na verdade, não há previsão de qualquer pagamento retroativo. Segue a íntegra da nota corrigida:
A Eletrobras (ELET3) confirmou que os acionistas reunidos em assembleia aprovaram nesta quinta-feira (22) a proposta de supersalários e outros mecanismos de remuneração por meio da compra de ações da empresa.
Três propostas foram apreciadas e aprovadas por maioria de acionistas — a principal delas trata da remuneração fixa da alta administração da Eletrobras, sem reajuste desde abril de 2015.
Confira os reajustes aprovados nesta quinta-feira para o presidente, Wilson Ferreira Júnior, para os vice-presidentes e conselheiros de administração da empresa:
- Presidente: de R$ 52,3 mil para R$ 300 mil
- Vice-presidentes: de R$ 49,8 mil para R$ 110 mil
- Conselheiros de administração: de R$ 5,4 mil para entre R$ 60 mil e R$ 200 mil
Eletrobras e incentivos
Os acionistas da Eletrobras reunidos em assembleia também aprovaram a adoção de incentivos de curto e longo prazos.
Esses incentivos são compostos pelo Plano de Remuneração Baseado em Opções de Compra de Ações e pelo Plano de Remuneração Baseado em Ações Restritas, até o limite de 1,3% do capital social da companhia — até 1,1% para o primeiro caso e até 0,2% para o segundo.
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Com esses planos, os participantes têm opções de comprar ações periodicamente a preço e em período definidos pelo Conselho de Administração da Eletrobras.
A terceira proposta aprovada hoje diz respeito ao valor total destinado à remuneração dos administradores, membros do Conselho Fiscal e dos Comitês Estatutários de Assessoramento ao Conselho de Administração.
Esse montante é de R$ 35.905.159,55, contra R$ 15.441.482,03 que haviam sido aprovados na AGO realizada em abril de 2022. A diferença, segundo a Eletrobras, destina-se exclusivamente ao pagamento dos valores reajustados a partir de 22 de dezembro de 2022 (data da aprovação em AGE) e até 30 de março de 2023, não havendo, portanto, previsão de qualquer pagamento retroativo.
Uma assembleia polêmica
A realização da assembleia contrariou despacho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, que determinou aos entes de Estado com participação na empresa — União e BNDES — que pedissem a suspensão da AGE.
Rêgo cita possíveis irregularidades na iniciativa. Antes disso, a equipe de transição do governo eleito já havia pedido a suspensão dessa AGE.
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