Sem dar grande atenção ao novo governo e possíveis interferências, Petrobras (PETR4) detalha seu plano estratégico falando em continuidade
Temas que mais preocupam o mercado após a divulgação dos próximos passos da Petrobras (PETR4) são distribuição de dividendos e política de investimentos
A Petrobras (PETR4) já está na mira dos investidores há algumas semanas, desde quando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já era tido como favorito na corrida presidencial. E especialmente hoje, as ações reagiram negativamente (PETR4 -4,01%, a R$ 25,59/PETR3 -3,75%, a R$ 29,25) ao novo plano estratégico da companhia, vigente entre 2023 e 2027.
Durante teleconferência realizada mais cedo com investidores, os executivos da estatal buscaram mostrar um discurso de continuidade ao falar sobre o futuro da empresa, sem dar muito destaque ao fato de que a cadeira do Executivo terá um novo mandatário dentro de um mês — e que isso pode mudar bastante coisa para a Petrobras e seus investidores, que temem interferências na gestão.
Logo no início do Petrobras Day, o diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Rodrigo Araújo, deixou essa mensagem bastante clara.
- Magazine Luiza (MGLU3) já era? Cara ou barata? Com uma queda de mais de 40% no ano, alguns fatores marcantes podem impactar a ação e concorrentes daqui para frente. Acesse neste link mais detalhes.
"O novo plano reflete continuidade, nosso compromisso com a empresa", afirmou, destacando os projetos de baixo custo e as baixas emissões de carbono.
Ele ainda citou a geração de valor nas áreas em que a Petrobras possui vantagem competitiva e a distribuição do que é gerado pela empresa como pilares importantes nos próximos anos, fazendo alusão aos dividendos recordes distribuídos pela empresa nos últimos trimestres — e um dos alvos do novo governo, que critica a atual política adotada.
Neste ano, a Petrobras consagrou-se a terceira maior pagadora de dividendos do mundo. Logo, é importante para a gestão atual "marcar esse território", que fez da empresa uma das mais rentáveis do mercado.
Leia Também
Por que a mensagem é importante
Falar em continuidade a essa altura pode parecer básico, mas não é. Isso porque os objetivos traçados no plano estratégico estarão sujeitos à sucessão de poder em Brasília.
A companhia manteve, por exemplo, a previsão de distribuição de dividendos entre US$ 60 bilhões e US$ 70 bilhões no período de 2023 a 2027.
Os valores são os mesmos previstos no plano estratégico anterior, válido para o período entre 2022 e 2026, período em que Jair Bolsonaro (PL) ainda estava no poder e quando a estatal foi alvo de longos elogios do mercado por conta de sua gestão, tida como exemplar.
O tom da teleconferência busca, em certa medida, atenuar o medo de que um novo governo mude tudo o que foi planejado.
De acordo com o coordenador do Grupo de Trabalho de Minas e Energia da transição de governo, Maurício Tolmasquim, a nova presidência da Petrobras vai analisar o plano e ver se está de acordo com sua visão para a empresa — ou seja, o discurso busca convencer, mas tudo ainda está em aberto.
Em relatório, o BTG Pactual afirma que revisões futuras são "muito prováveis", citando que a abordagem da Petrobras para seus diversos segmentos também tende a mudar no futuro. Com isso, os analistas acreditam que o nível de retornos do papel deve ser afetado no curto e no médio prazo.
Além dos dividendos da Petrobras (PETR4)
No mesmo relatório, a equipe do BTG Pactual cita as diretrizes para o Capex da Petrobras (PETR4). O novo plano estratégico prevê uma elevação de 15% no nível de investimentos para os próximos cinco anos.
A meta é investir US$ 78 bilhões no período, com foco em Exploração e Produção (E&P), que ficará com 82% do total investido.
Dos US$ 64 bilhões destinados para a E&P, o pré-sal terá direito a 67% dos investimentos. Isso é positivo para o mercado, já que essa divisão tem boa produtividade e, portanto, mais rentabilidade.
Sendo o grande responsável pela geração de caixa da estatal, o pré-sal faz crescer os olhos de quem busca dividendos gordos.
No relatório, os analistas do BTG reforçam que o novo governo tem uma agenda clara de transição energética, o que pode fazer com que a participação da energia renovável aumente dentro do escopo de investimentos, alterando o plano.
"Também não descartamos novos investimentos para aumentar a capacidade de produção de combustíveis, pois no médio prazo isso aumentaria a capacidade do governo de interferir nos preços dos combustíveis e reduziria a dependência brasileira da importação de combustíveis", diz o documento.
Vale lembrar que uma mudança no plano nesse sentido também acompanha tendências globais de outras petroleiras como Shell, Equinor e BP. No entanto, são atividades com retornos bem menores.
Na avaliação do Santander, é justamente esse conjunto de temas que ofusca as novidades trazidas pelo novo plano estratégico.
"Uma empresa que não está mais oferecendo aos investidores o que eles mais buscaram em 2022, a nosso ver: o maior rendimento de dividendos no setor de petróleo", escrevem os analistas.
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Petrobras (PETR4) antecipa plano de investimentos de US$ 111 bilhões com ‘flexibilidade’ para até US$ 10 bilhões em dividendos extraordinários
A projeção de proventos ordinários prevê uma faixa que começa em US$ 45 bilhões; além disso, haverá “flexibilidade para pagamentos extraordinários de até US$ 10 bilhões”
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos