Eve, a fabricante do ‘carro voador’ da Embraer (EMBR3), fecha nova parceria com potencial de 200 pedidos para expandir o uso do seu veículo
Parceria comercial com a Falko envolve pedido potencial de 200 aeronaves do tipo eVTOL e a colaboração para o desenvolvimento de uma rede global de operadoras desse tipo de veículo
A Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3) que fabrica o eVTOL, veículo elétrico de pouso e decolagem vertical, anunciou uma nova parceria comercial nesta terça-feira (11), desta vez com a Falko, líder global em leasing de aeronaves comerciais regionais.
O acordo envolve um pedido potencial de 200 aeronaves eVTOL, apelidadas de "carro voador", além do desenvolvimento de uma rede global de operadoras desse tipo de veículo, em apoio às missões de mobilidade aérea urbana.
A parceria começará com o estabelecimento de um grupo de trabalho para colaborar com os operadores existentes da Falko no desenvolvimento inicial de rotas onde as aeronaves da Eve possam ser implantadas em mercados primários de utilização, diz comunicado divulgado pela Embraer.
Também serão introduzidos o software de gerenciamento de tráfego aéreo da Eve, capacidades de serviços e atendimento às operações de frota "para criar uma malha aérea dimensionada e segura para cada operador da Falko que utilizar aeronaves da Eve", diz a companhia.
O voo da Eve
A subsidiária de mobilidade urbana da Embraer está voando, com o perdão do trocadilho. No decorrer dos últimos meses, a Eve assegurou encomendas de 17 clientes, por meio de cartas de intenções não vinculantes. Isto resultou em um “pipeline” de 1.735 veículos avaliados em aproximadamente US$ 5,2 bilhões.
A empresa foi a maior responsável pelo excelente desempenho das ações da sua controladora no ano passado. Com uma alta de mais de 180%, os papéis da Embraer (EMBR3) tiveram a maior valorização do Ibovespa em 2021.
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O anúncio desta terça, no entanto, não animou os papéis, que caíram 1,10%, uma das maiores baixas do Ibovespa em um dia positivo para o índice.
Agora, a Eve se prepara para combinar seus negócios com a Zanite, uma empresa de aquisição de propósito específico (Spac, na sigla em inglês) focada no setor de aviação. Esse tipo de companhia capta recursos na bolsa de valores com o único objetivo de adquirir outras empresas, sendo apelidadas de "cheque em branco".
Como a Zanite tem ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), isso significa que, após a operação, a Eve se tornará uma empresa de capital aberto em Wall Street. A Embraer continuará como controladora, com participação de 82% na Eve Holding.
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