“Efeito Elon Musk”? Uso do Twitter aumenta depois da aquisição pelo dono da Tesla
Na primeira semana de novembro, os downloads diários do Twitter aumentaram 28% em relação a outubro. Apenas no terceiro dia do mês, o aplicativo foi instalado em 636.770 aparelhos eletrônicos, o maior número em um dia desde maio
A sombra da morte do Twitter foi dissipada há pouco mais de uma semana. Apesar da negociação conturbada, demissão em massa de funcionários e saída dos anunciantes, o número de usuários aumentou após a aquisição da plataforma pelo bilionário Elon Musk.
Na primeira semana de novembro, os downloads diários do Twitter aumentaram 28% em relação a outubro. Apenas no terceiro dia do mês, o aplicativo foi instalado em 636.770 aparelhos eletrônicos, o maior número em um dia desde maio. Os dados foram divulgados pela empresa de análise de redes sociais Apptopia.
Outro recorde foi batido: cerca de 245,4 milhões de pessoas navegaram pelo aplicativo em um único dia, 6 de novembro, segundo a empresa de análise. Elon Musk tem acompanhado esses números de perto e até já se pronunciou por meio da própria rede social:
Apesar dos números animadores, ainda não é possível afirmar quão ativos são os novos usuários no Twitter, de acordo com a Apptopia.
Em geral, a empresa aponta que o “novo surto de crescimento” decorre de pessoas curiosas para entender o que está acontecendo com a plataforma após a aquisição de Musk. Por outro lado, a Apptopia não consegue rastrear as “desinstalações” de aplicativos como o Twitter.
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Embora os números de usuários tenham aumentado nos últimos dias, as contas do passarinho azul seguem no vermelho.
No último balanço divulgado — que compreende as operações financeiras entre maio e junho —, a gigante de tecnologia registrou prejuízo líquido de US$ 270 milhões. Os resultados do terceiro trimestre ainda não foram apresentados — e não devem repercutir a gestão de Musk.
Sendo assim, o bilionário tem planos de adicionar uma paywall, ou seja, uma barreira virtual para o acesso ao conteúdo da plataforma, em breve. A ideia é que os usuários da rede social tenham alguns minutos ou horas gratuitas durante o mês, passado o limite, o acesso só seria possível para os assinantes.
Além disso, o dono da Tesla já considera a possibilidade de cobrar uma assinatura mensal aos usuários, o Twitter Blue, com ferramentas exclusivas e o selo de verificação de forma automática. Inicialmente, o plano custaria cerca de US$ 8 por mês, o equivalente a R$ 41,39 no câmbio atual.
Contudo, a única medida efetiva para conter gastos, até agora, foi o corte de pelo menos 3,7 mil colaboradores do Twitter na última semana, o que representa cerca de 50% do quadro de funcionários da rede social em todo o mundo — inclusive no Brasil.
*Com informações de Reuters, Business Insider, The Verge e Platformer