Carrefour (CRFB3) quer separar portfólio de imóveis e ‘destravar valor’ dos ativos. Mas será que esse é um bom negócio?
Anúncio do Carrefour foi bem recebido pelo mercado; CRFB3 apresenta um dos melhores desempenhos do Ibovespa hoje, em alta de mais de 3%
O povo francês é reconhecido internacionalmente como refratário a tratar com estrangeiros em outros idiomas que não o seu. Ou pelo menos quando se trata de turistas. No Brasil, porém, o Carrefour parece ter se adaptado tão bem à cultura local que já estuda separar uma nova unidade de negócios.
Afinal, o próprio Grupo Carrefour Brasil (CRFB3) é resultado de uma cisão de sua matriz francesa. Em 2017, a abertura de capital da ramificação brasileira do Carrefour movimentou mais de R$ 5 bilhões.
Valendo atualmente cerca de R$ 40 bilhões na bolsa, o Carrefour Brasil considera que ainda há valor a ser destravado em suas ações e anunciou nesta terça-feira a realização de estudos para a cisão de sua unidade de negócios imobiliários — o Carrefour Real Estate.
O mercado aparentemente comprou a ideia. Tanto que as ações da rede de supermercados (CRFB3) chegaram a subir mais de 3% e estiveram entre as maiores altas do Ibovespa hoje durante a sessão. Mas, no fechamento, perderam um pouco de fôlego e encerram o dia com alta de 1,09%, a R$ 18,55.
O que o Carrefour pretende com a cisão
A ideia com a cisão é chamar a atenção para o valor de um portfólio com mais de 450 ativos imobiliários, entre lojas próprias, shopping centers e galerias comerciais, além de outros projetos.
Se levada a cabo, a cisão resultará em uma das maiores empresas latinoamericanas de empreendimentos imobiliários com foco no varejo.
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De saída, a nova empresa teria R$ 1,5 bilhão de lucro líquido operacional, quando se considera receita bruta menos o custo operacional.
A intenção do Carrefour é desenvolver o projeto em duas etapas. A primeira é repassar os ativos a uma nova holding, a Carrefour Real Estate. A segunda é avaliar a venda de uma fatia minoritária na holding a um investidor estratégico.
A cisão como estratégia para aumentar o valor do negócio
É comum empresas listadas em bolsa promoverem cisões. Em muitos casos, a decisão é tomada quando a direção de uma empresa considera que os participantes do mercado estão subavaliando o valor de seus ativos.
Em setembro, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) anunciou que preparava a cisão do Grupo Éxito.
No início de outubro, a Vale (VALE3) revelou que está tentando vender uma participação minoritária em seu negócio de metais.
Nem sempre a cisão é um bom negócio
É claro que nem sempre o mercado compra a versão da empresa para a cisão. Que o diga a Cogna (COGN3).
Em 2020, a gigante da educação cindiu a Vasta, proprietária de sistemas de ensino como Anglo, pH, Maxi e Pitágoras.
Lançada por US$ 19 na Nasdaq, a ação da Vasta é cotada hoje a US$ 4,75. Já a Cogna perdeu mais de 50% de valor de mercado desde a operação.
A gestora de fundos Squadra, que ganhou notoriedade pela aposta vendida nas ações do IRB (IRBR3), está entre as críticas à estratégia de cisão.
De acordo com a gestora, esse tipo de divisão tende a reduzir o fluxo de caixa das companhias porque cria ineficiências do ponto de vista fiscal e de balanço patrimonial.
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