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Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
SHOPPING MAIS ATRAENTE

BTG Pactual vê ano mais sólido para Iguatemi (IGTI11) e bom ponto de entrada nas ações; confira o potencial de alta

Grupo sofreu com piora do cenário macroeconômico e aumento de taxa de juros, combinação que ajudou seus papéis a acumularem queda de 12% nos últimos 30 dias

Carolina Gama
18 de janeiro de 2022
12:50 - atualizado às 12:58
Shopping JK Iguatemi, pertencente ao Iguatemi (IGTI11) follow-on
Fachada do shopping JK Iguatemi, em São Paulo - Imagem: Divulgação

Os temores ligados à explosão de casos de covid-19 provocados pela variante Ômicron do coronavírus não devem ser um obstáculo para o desempenho das ações de uma das maiores administradoras de shoppings do Brasil neste ano: a Iguatemi (IGTI11).

Depois de ser penalizada pela pandemia, pela piora do cenário macroeconômico – com vendas fracas no varejo, baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e aceleração da inflação – e pelo aumento da taxa de juros, os papéis da Iguatemi são vistos como bons olhos pelo BTG Pactual.

Após revisar as estimativas de lucros, o banco acredita que a queda de 12% das ações do grupo nos últimos 30 dias representa uma boa oportunidade de entrada, recomendando a compra desses papéis.

O BTG fixou em R$ 27 o preço-alvo para a unit da Iguatemi (IGTI11) em 12 meses, o que representa um potencial de alta de 56,25% em relação ao fechamento de ontem, de R$ 17,28.

“Os múltiplos atuais - bem abaixo dos níveis históricos - são muito atraentes, com a Iguatemi pronta para entregar um sólido 2022, já que seu portfólio premium já está performando muito bem”, diz o BTG em relatório.

O que o BTG está vendo

O BTG destaca que embora o preço das ações da Iguatemi esteja abaixo dos níveis de março de 2020, já se consegue observar uma boa recuperação na maioria dos indicadores operacionais — entre eles, a retomada das vendas dos shoppings, que já estavam acima dos níveis pré-pandemia no terceiro trimestre de 2021.

“Esperamos que as vendas cresçam dois dígitos no quarto trimestre de 2021 na comparação com o mesmo período de 2019”, diz o BTG.

O banco cita ainda os aluguéis cobrados pela Iguatemi, que estão acima dos níveis de 2019 e repassando a inflação e as taxas de ocupação, que foram abaladas pela covid-19, mas já  mostraram uma boa recuperação em 2021 e devem continuar crescendo em 2022.

“Operacionalmente, a Iguatemi se recuperou totalmente da covid-19, mas sua valorização, não; daí a oportunidade de compra”, diz o BTG.

Iguatemi de cara nova

Na recomendação de compra das ações, o BTG ajustou projeções de resultados e modelo de avaliação considerando a recente reestruturação societária pela qual passou a Iguatemi.

Para 2021, o banco espera um lucro maior, de R$ 341,6 milhões – uma alta de 44% em relação às estimativas anteriores, enquanto o lucro por ação deve ser de R$ 1,29, queda de 4% sobre a previsão anterior.

No caso de 2022, a nova projeção de lucro caiu 33%, para R$ 165,5 milhões, enquanto o lucro por ação passou de R$ 1,40 na estimativa anterior para R$ 0,63 agora.

As mudanças foram impulsionadas, principalmente, por um cenário mais conservador para o crescimento da receita estimada para 2022 e 2023, devido a uma perspectiva macro mais fraca.

 O banco também levou em consideração um cenário de elevação da taxa de básica – Selic -, impactando as despesas com juros. 

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