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Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
OLÉ!

Apple dribla crise de chips e justifica protagonismo entre big techs com trimestre histórico; confira o desempenho da maçã e a reação do mercado

Os últimos três meses do ano são de extrema importância para a empresa, pois fornecem a Wall Street uma visão de como seus produtos podem se comportar no ano seguinte

Carolina Gama
27 de janeiro de 2022
19:29 - atualizado às 23:40
Apple
Imagem: Shutterstock

A Apple voltou a provar nesta quinta-feira (27) que seu protagonismo entre as big techs é merecido. Depois de ser a primeira empresa dos Estados Unidos a atingir valor de mercado de US$ 3 trilhões, a maçã mostrou do que é capaz: driblou a crise na cadeia de abastecimento e registrou a maior receita trimestral de sua história. 

E, diferente do que aconteceu no trimestre passado, quando, mesmo com números astronômicos, as suas ações foram penalizadas após a divulgação do balanço, desta vez, o mercado gostou do que viu. Os papéis da Apple avançam 6% no after market em Nova York.

Essa reação do mercado não é sem motivo: os últimos três meses do ano são de extrema importância para a Apple, pois fornecem a Wall Street uma visão de como os produtos da empresa podem se comportar no ano seguinte. 

Dessa vez, quem estava sob os holofotes era o iPhone 13. Este foi o primeiro trimestre completo de comercialização do modelo, fornecendo um ponto de dados sobre como o telefone mais recente da Apple está sendo vendido. O iPhone 13 foi lançado em setembro.

A Apple em números

A empresa comandada por Tim Cook superou as estimativas de analistas de vendas em todas as categorias de produtos, exceto iPads. O lucro também foi superior às projeções.

Veja como a Apple se saiu em seu primeiro trimestre fiscal - que corresponde ao período entre outubro e dezembro de 2021 - em relação às estimativas da Refinitiv obtidas pela CNBC e em comparação anual: 

Leia Também

  • Lucro por ação: US$ 2,10 versus US$ 1,89 estimado, alta de 25% 
  • Receita: US$ 123,9 bilhões versus US$ 118,66 bilhões estimados, alta de 11% 
  • Receita do iPhone: US$ 71,63 bilhões versus US$ 68,34 bilhões estimados, alta de 9% 
  • Receita de serviços: US$ 19,52 bilhões versus US$ 18,61 bilhões estimados, alta de 24% 
  • Receita de outros produtos: US$ 14,70 bilhões versus US$ 14,59 bilhões estimados, alta de 13% 
  • Receita do Mac: US$ 10,85 bilhões versus US$ 9,52 bilhões estimados, alta de 25% 
  • Receita do iPad: US$ 7,25 bilhões versus US$ 8,18 bilhões estimados, queda de 14% 

iPads, um caso à parte

O desempenho do iPad não decepcionou à toa. As vendas encolheram em relação ao ano passado e ficaram abaixo das estimativas dos analistas muito provavelmente porque a Apple não conseguiu fabricar dispositivos suficientes e priorizou outros aparelhos. 

Vale lembrar ainda que, em outubro do ano passado, a Apple alertou que esperava que as vendas do iPad caíssem devido a restrições de oferta.

O futuro da Apple

A Apple não forneceu previsões para o trimestre atual em seu balanço. Desde que a pandemia começou, no início de 2020, a empresa não oferece orientações financeiras trimestrais específicas.

Mas, segundo a Bloomberg, a Apple deve lançar uma versão compatível com o 5G do seu iPhone SE nos próximos meses, juntamente com versões atualizadas de seus laptops iPad e Mac.

Embora pareça uma boa notícia, os especialistas dizem que ainda levará algum tempo até que esses supostos produtos apareçam nos resultados da Apple.

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