Muito além do Photoshop: Adobe vai pagar US$ 20 bilhões pela Figma; ação despenca em Nova York após balanço
Adobe pretende integrar recursos de seus produtos, como tecnologias de ilustração, fotografia e vídeo, à plataforma da Figma

O Acrobat e o Photoshop foram fundamentais para transformar a Adobe numa empresa de US$ 150 bilhões. Mas é a ampla gama de soluções oferecida em seu ecossistema que a mantém há décadas entre as potências do setor de tecnologia. E é pensando nisso que a Adobe acaba de agregar um item de alto valor a seus usuários. A companhia norte-americana de tecnologia anunciou na manhã de hoje a aquisição da Figma por US$ 20 bilhões.
Sim, é um negócio de mais de R$ 100 bilhões. E o montante será pago em dinheiro e ações.
Fundada em 2012, a Figma ganhou mercado a partir de uma plataforma de design baseada em nuvem. Por meio dela, equipes conseguem desenvolver seus projetos coletivamente e em tempo real, desde a criação de itens gráficos à programação de aplicativos.
Não é que o abrangente ecossistema da Adobe não dispusesse de um item parecido, mas a plataforma da Figma domina um mercado onde o Adobe XD apenas engatinha.
De acordo com a Adobe, a Figma deve fechar 2022 com receita anual recorrente superior a US$ 400 milhões.
O que a Adobe quer com o Figma
Com a aquisição, a Adobe pretende integrar recursos de seus outros produtos, como tecnologias de ilustração, fotografia e vídeo, à plataforma da Figma.
Leia Também
Para muito além do Photoshop, os serviços de software da Adobe para profissionais de foto e vídeo inclui programas como o Illustrator e o Premiere Pro.
“A grandeza da Adobe está enraizada em sua capacidade de criar novas categorias e fornecer tecnologias de ponta por meio de inovação orgânica e aquisições inorgânicas”, disse Shantanu Narayen, CEO da Adobe.
“A combinação da Adobe com a Figma é transformadora e acelerará nossa visão de criatividade colaborativa”, assegurou.
Depois que o acordo for fechado, o fundador e CEO da Figma, Dylan Field, continuará à frente da empresa. Ele se reportará a David Wadhwani, presidente de mídias digitais da Adobe.
Desde o início do ano, a Figma cobra pelos serviços de criação coletiva. Entretanto, a área de produção individual segue gratuita.
A principal dúvida entre os usuários no momento é se o uso individual passará a ser cobrado também.
Adobe reporta lucro, mas guidance decepciona
Junto com a aquisição, a Adobe também deu publicidade ao balanço referente ao terceiro trimestre de 2022.
A empresa divulgou lucro ajustado de US$ 3,40 por ação, superando as estimativas da Refinitiv de US$ 3,33 por ação. A empresa também reportou US$ 4,43 bilhões em receita, em linha com as projeções.
Apesar da aquisição e do lucro, porém, as ações da Adobe caíram mais de 16% hoje em Nova York. O movimento é visto como uma reação à projeção de US$ 4,52 bilhões em receita no quarto trimestre. Analistas esperavam um guidance de US$ 4,6 bilhões em receita.
*Com informações da CNBC e do MarketWatch.
Leia também:
- EXCLUSIVO "BOLSONARO X LULA": com 7 de setembro e ânimos à flor da pele para eleições, saiba como as eleições podem mexer com o Ibovespa daqui para frente e o que aconteceu com a Bolsa nas últimas 6 eleições, de 1998 a 2018. Basta liberar o material gratuito neste link
- Copia mas não faz igual: Por que o BC dos Estados Unidos quer lançar um “Pix americano” e atrelar sistema a uma criptomoeda
Banco Master: Compra é ‘operação resgate’? CDBs serão honrados? BC vai barrar? CEO do BRB responde principais dúvidas do mercado
O CEO do BRB, Paulo Henrique Costa, nega pressão política pela compra do Master e endereça principais dúvidas do mercado
Como fica a garantia de R$ 250 mil dos CDBs de Banco Master e Will Bank caso a aquisição do grupo pelo BRB saia do papel?
Papéis passariam para o guarda-chuva do BRB caso compra do Banco Master pela instituição brasiliense seja aprovada
Banco Master: por que a aquisição pelo BRB é tão polêmica? Entenda por que a transação ganhou holofotes em toda a Faria Lima
A compra é vista como arriscada e pode ser barrada pelo Banco Central, dado o risco em relação aos “ativos problemáticos” do Banco Master
Impasse no setor bancário: Banco Central deve barrar compra do Banco Master pelo BRB
Negócio avaliado em R$ 2 bilhões é visto como ‘salvação’ do Banco Master. Ativos problemáticos, no entanto, são entraves para a venda.
Banco de Brasília (BRB) acerta a compra do Banco Master em negócio avaliado em R$ 2 bilhões
Se o valor for confirmado, essa é uma das maiores aquisições dos últimos tempos no Brasil; a compra deve ser formalizada nos próximos dias
Engie Brasil (EGIE3) anuncia compra usinas hidrelétricas da EDP por quase R$ 3 bilhões — e montante pode ser ainda maior; entenda
O acordo foi firmado com a EDP Brasil (ENBR3) e a China Three Gorges Energia, com um investimento total de R$ 2,95 bilhões
Vem divórcio? Azzas 2154 (AZZA3) recua forte na B3 com rumores de separação de Birman e Jatahy após menos de um ano desde a fusão
Após apenas oito meses desde a fusão, os dois empresários à frente dos negócios já avaliam alternativas para uma cisão de negócios, segundo a imprensa local
Mesmo mesmo com fim da exclusividade, Natura (NTCO3) negocia a venda da Avon Internacional com a IG4
A companhia segue avaliando alternativas para a divisão fora da América Latina, que podem incluir uma possível venda, parceria ou spinoff
Acionistas da Mobly (MBLY3) não querem vender sua parte para os fundadores da Tok&Stok — ao menos não pela metade do preço
Em fato relevante divulgado na madrugada desta quarta-feira (5), a Mobly disse que acionistas detentores de 40,6% do capital social da companhia não têm interesse em vender suas ações nos termos da proposta anunciada pela família Dubrule
Fundadores da Tok&Stok farão oferta pelo controle da Mobly (MBLY3) — mas querem um desconto pelas ações
A Mobly controla a Tok&Stok desde agosto de 2024, mas família fundadora da empresa adquirida ficou insatisfeita com o arranjo
Hidrovias do Brasil (HBSA3) ajusta a rota e vende negócio de cabotagem para reduzir peso da dívida
Com o negócio, a companhia se livra de R$ 521 milhões de saldo de dívida dessa operação, além de embolsar R$ 195 milhões
Totvs (TOTS3) desembarca da Linx, empresa de software da StoneCo
A expectativa é que a Stone receba propostas vinculantes pela unidade ainda este mês e que a operação de venda seja fechada neste primeiro semestre
Gol (GOLL4) avança na sua reestruturação e pede o cancelamento do registro de ações nos EUA
A decisão foi aprovada por unanimidade pelo conselho de administração durante assembleia no dia 17 de fevereiro
Alliança Saúde (AALR3) mira expansão em São Paulo e compra laboratórios da Cura; ações caem na B3
De acordo com a Alliança, o negócio deve aumentar em cerca de R$ 80 milhões a receita operacional bruta da empresa
PDG Realty (PDGR3) informa retirada de oferta da SHKP para aquisição da empresa e diz ter sido vítima de proposta ilegítima
A PDG Realty havia anunciado uma proposta feita pela Sun Hung Kai Properties Limited para a aquisição da empresa brasileira, porém a desenvolvedora de Hong Kong negou, e a operação caiu na mira da CVM
A xerife está de olho: CVM abre processo para investigar proposta supostamente falsa de aquisição da PDG Realty (PDGR3)
A PDG divulgou um fato relevante na noite de 19 de fevereiro comunicando que recebeu uma proposta não vinculante da SHKP
PDG (PDGR3) diz ter recebido proposta de aquisição não solicitada, mas alega ainda não ter conseguido contato com a suposta proponente
Negociada a 1 centavo desde setembro do ano passado, ação da construtora chegou a dobrar de valor após divulgação da proposta, o que não quer dizer muita coisa quando se trata de uma penny stock
Em meio à negociação com a Petz (PETZ3), Cobasi aprova desdobramento de ações
Empresa do setor pet não terá alteração no capital social
Ex-GetNinjas, Reag vai entrar no Novo Mercado da B3 e detalha cisão parcial; confira o que muda para os investidores
O avanço na cisão da Reag Investimentos faz parte das condições necessárias para a ex-GetNinjas entrar no seleto grupo da B3
Honda e Nissan confirmam o fim das negociações para a fusão dos negócios — e uma dessas montadoras enfrenta futuro incerto
As negociações para a fusão da Honda e da Nissan foram anunciadas no fim do ano passado e, caso fossem concluídas, criariam a terceira maior montadora do mundo