Negócio ameaçado? Ultrapar (UGPA3) diz que venda da Extrafarma pode não sair
A Pague Menos (PGMN3) anunciou em maio do ano passado a compra da rival Extrafarma, contralada pela Ultrapar, por R$ 700 milhões; negócio está sendo avaliado pelo Cade
Os medicamentos geralmente têm reações adversas. No caso da Ultrapar (UGPA3), o que seria um remédio para os seus negócios pode ter um efeito adverso.
A empresa informou nesta terça-feira (10) que arquivou na Securities and Exchange Commission (SEC), o regulador do mercado norte-americano, o formulário 20-F de 2021, traz informações gerais sobre a empresa e sobre os riscos para os investidores.
No documento, a Ultrapar menciona a possibilidade da venda da Extrafarma, rede de farmácias que faz parte do grupo, não ser consumada.
Segundo a companhia, caso isso aconteça, "pode ter um efeito adverso sobre nossos negócios, operações, situação financeira e resultados operacionais".
A Ultrapar negocia a venda da rede para a Pague Menos (PGMN3), transação que está em análise pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A Pague Menos anunciou em maio do ano passado a compra da rival Extrafarma por R$ 700 milhões.
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Ultrapar (UGPA3) vai ficar sem gás?
Além de colocar em dúvida a transação envolvendo a Extrafarma, a Ultrapar (UGPA3) também menciona no formulário F-20 outro risco: o de atrasos no fornecimento da Petrobras.
Segundo o documento, a empresa pode ser prejudicada por atrasos ou interrupções relevantes no fornecimento de gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha) ou combustíveis derivados de petróleo da Petrobras, que é a principal fornecedora.
Isso afetaria a capacidade de suas empresas Ultragaz ou Ipiranga de fornecer os produtos aos seus clientes.
Além disso, a Ultrapar chama atenção para a competição de seus produtos com fontes alternativas de energia que possam ganhar espaço no futuro em meio à imposição e aplicação de leis ambientais mais rigorosas.
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