Se inflação ceder, BC poderá reduzir juros no segundo semestre de 2023, diz presidente do Itaú
Para Milton Maluhy, economia brasileira deve seguir o ritmo da desaceleração global no ano que vem
Conforme o mercado adia as expectativas para o início dos cortes na Selic e até cogita um novo aumento dos juros, o presidente do Itaú Unibanco (ITUB4), Milton Maluhy, tem uma visão oposta. Ou seja, ele diz que a visão do banco é de que o Banco Central comece a reduzir as taxas no segundo semestre de 2023.
Mas com uma condição: "Caso as pressões inflacionárias venham a arrefecer de forma consistente, o Banco Central poderá, gradual e cautelosamente, voltar a reduzir a taxa de juros em algum momento no segundo semestre do ano que vem", afirmou o executivo durante o Macro Vision 2022, evento promovido anualmente pelo Itaú há 12 anos.
Ele ressaltou, ainda, que a economia brasileira deve seguir o ritmo de desaceleração da economia mundial.
"A intensidade dessa desaceleração, à qual pode se contrapor uma nova rodada de estímulos fiscais, irá determinar o ritmo de redução da inflação", afirmou Maluhy.
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Maluhy fez ainda um balanço das medidas de estímulo adotadas globalmente no início da pandemia. Para ele, em diversos países as políticas de estímulo foram “além do necessário, do razoável, e foram mantidas por tempo demais”.
Isso levou, segundo o executivo, a um descompasso entre demanda e oferta global. Agora, o aperto monetário sincronizado deve levar a uma forte desaceleração do PIB no ano que vem.
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Para o executivo, 2023 será um ano de transição em diversas áreas da economia, desde uma transição da inflação para desinflação até uma transição no mundo trabalho, de arranjos temporários adotados na pandemia para esquemas mais permanentes.
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