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Ricardo Gozzi
CHAOS A.D.

O que está em jogo na invasão da Ucrânia pela Rússia e qual o papel dos EUA no conflito

Gás, zonas de influência externa e segurança norteiam os mais recentes movimentos de Moscou e Washington no tabuleiro de xadrez internacional

Ricardo Gozzi
24 de fevereiro de 2022
11:53 - atualizado às 6:31
Rússia mantém tropas na fronteira da Ucrânia e bolsas reagem hoje
Vladimir Putin, presidente da Rússia, autorizou ação militar contra a Ucrânia

O alvo dos bombardeios é a Ucrânia, mas a guerra é entre Rússia e Estados Unidos.

Gás, zonas de influência externa e segurança norteiam os mais recentes movimentos de Moscou e Washington no tabuleiro de xadrez internacional.

Vamos explorar nos próximos parágrafos cada um desses aspectos para entender melhor os desdobramentos que levaram a Rússia a atacar a Ucrânia na madrugada desta quinta-feira.

Resquícios da Guerra Fria

Antes, porém, é preciso recuperar um pouco da história.

Como chegamos até aqui, afinal?

Já se vão mais de 30 anos desde o fim da Guerra Fria. Mas seu espectro ainda vaga pelo mundo.

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Até o início dos anos 1990, duas grandes alianças militares garantiam que a Guerra Fria não esquentasse ao ponto de levar Estados Unidos e União Soviética a um conflito nuclear.

Os EUA formaram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A URSS estabeleceu o Pacto de Varsóvia.

Nas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, as zonas de influência de EUA e URSS na Europa constituíam a fronteira física e também uma zona tampão entre as duas superpotências.

Um ataque a qualquer um de seus membros pelo bloco rival seria considerado uma agressão a todos. Apesar da tensão permanente, a tão temida guerra de destruição mútua não ocorreu.

Fonte: The Washington Post

Bloco esfacelado

A dissolução da URSS permitiu aos EUA emergirem como a única superpotência global. Por muito tempo comprou-se a ideia de que a queda da Cortina de Ferro traria consigo o fim da história.

Uma a uma, as repúblicas socialistas que compunham a URSS ganharam independência e precisaram trilhar caminhos próprios para ingressar no sistema internacional.

Enquanto algumas se aliaram quase imediatamente ao bloco ocidental - caso dos países bálticos -, outras permaneceram alinhadas com Moscou.

Fim do Pacto de Varsóvia e expansão da Otan

Em meio ao processo de dissolução da URSS, o Pacto de Varsóvia foi extinto em março de 1991. Já a Otan, que tinha entre suas funções “deter o avanço do comunismo”, seguiu não apenas existindo, mas também se expandindo.

Inicialmente, Moscou conseguiu de Washington garantias verbais de que a Otan não seguiria em expansão. A promessa norte-americana, porém, não se manteria.

De país em país, a Otan continuou crescendo. Ela passou a incorporar antigos membros do Pacto de Varsóvia. Até praticamente cercar a Rússia com bases militares e sistemas de mísseis.

Agora que a Ucrânia manifestou a intenção de se associar à Otan, somente a Bielorrússia e a Finlândia separam fisicamente a Rússia da aliança militar ocidental.

Fonte: The Economist

É disso que Vladimir Putin se queixa quando exige garantias firmes por parte da Otan. Com a Rússia praticamente cercada por bases militares hostis, a ausência de respostas a seus temores levou Moscou a buscar alternativas. Analistas consideram que, para Moscou, a saída militar tornou-se menos custosa do que a diplomacia.

"A pergunta que deveríamos nos fazer é por que a Otan continuou existindo mesmo depois de 1990? Se a Otan deveria deter o comunismo, por que agora ela está se expandindo em direção à Rússia?"

Noam Chomsky, filósofo e linguista norte-americano, sobre a expansão da Otan

E o gás?

Tão importante quanto os temores russos diante da expansão da Otan é a questão do fornecimento de gás à Europa.

A Rússia terminou de construir no ano passado o Nord Stream 2. Trata-se do segundo ramal de um gasoduto que liga a Rússia à Alemanha através do Mar Báltico.

Além de aumentar a oferta, o gasoduto barateia o custo do gás fornecido à Europa, pois vai direto do fornecedor ao consumidor.

Este é, inclusive, um dos pontos de atrito com a Ucrânia. Os ramais do Nord Stream permitem à Rússia contornar países que cobrariam royalties pela passagem da tubulação por seus territórios, como Ucrânia e Polônia.

A Europa na encruzilhada

No início da semana, porém, o aumento da tensão na Ucrânia forçou o chanceler alemão, Olaf Scholz, a adiar a inauguração do ramal.

O governo dos EUA tenta dissuadir a Alemanha de conceder os alvarás restantes e afirma estar em busca de alternativas para garantir que a Europa não fique sem o fornecimento de gás, crucial principalmente nos meses de inverno.

A Casa Branca alega que o Nord Stream 2 deixará a Europa muito dependente da Rússia para suas necessidades energéticas.

Ao mesmo tempo, os EUA mobilizam-se para se transformarem nos maiores exportadores mundiais de gás natural liquefeito. O plano no momento é aumentar a produção de GNL em 20% até o fim do ano.

E agora?

Durante a madrugada, Putin autorizou uma “ação militar especial” do exército russo no leste da Ucrânia. Hoje, múltiplas explosões eram ouvidas em diferentes partes do país, e não apenas no leste. Em Kiev, autoridades locais impuseram lei marcial e ordenaram que somente trabalhadores de serviços essenciais tivessem autorização para circular pela cidade.

Neste momento, tentar prever os desdobramentos é impossível.

Na melhor das hipóteses, Putin estabelecerá uma conexão terrestre entre o Rostov e a Crimeia pelo leste da Ucrânia, garantindo contiguidade territorial e controle sobre uma área onde os laços étnicos e culturais com a população local são um fato.

Na pior, estamos diante dos primeiros movimentos de uma guerra em grande escala. Entretanto, o fato de a Ucrânia não ser membro pleno da Otan torna essa possibilidade improvável.

Também é improvável um envolvimento direto dos EUA, que, depois da conturbada saída do Afeganistão, no ano passado, encontra-se em seu primeiro período sem envolvimento em guerras desde o ano 2000.

“A Ucrânia está à própria sorte. A reação do ocidente será na forma de sanções econômicas e não num embate armado”, acredita João Beck, economista e sócio da BRA.

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