Alerta máximo: Rússia cumpre a promessa e fecha torneira do gás para Alemanha; entenda o que isso significa para a economia global
As manutenções dos gasodutos russos começaram hoje e estão programadas para terminar no dia 21, mas analistas temem que Putin prorrogue o prazo de bloqueio
Agora é oficial: a Europa já pode realmente se preocupar com o risco de escassez de gás. Se antes a possibilidade de Vladimir Putin cortar o fornecimento aterrorizava os europeus, o anúncio de que a Rússia vai fechar a torneira já nesta segunda-feira (11) veio para azedar os humores por lá.
É tradição que os gasodutos russos entrem em fase de manutenção em julho. Seguindo à risca o calendário, as manutenções começaram hoje e, em teoria, devem chegar ao fim em 21 de julho.
Entretanto, com a guerra na Ucrânia e as sanções cada vez mais severas do Ocidente contra Moscou, o temor é que Putin contra-ataque usando o período de manutenção e estenda o prazo de bloqueio do combustível para a Europa.
“Não podemos descartar a possibilidade de que o transporte de gás não seja retomado depois do período estipulado por razões políticas”, disse o chefe da Agência Federal de Redes da Alemanha, Klaus Müller.
Putin contra-ataca?
O fluxo de gás russo para a Europa já caiu cerca de 60% nos últimos meses.
Caso a retaliação de Putin realmente ocorra, o continente deverá ficar sem gás por um tempo maior que o prazo usual de dez dias.
Leia Também
A medida impacta diretamente o reabastecimento dos estoques de gás para fornecer às famílias europeias combustível suficiente para manter as luzes acesas e as casas aquecidas durante o inverno.
Além do problema no reabastecimento, se Putin fechar a torneira por mais tempo que o normal, a Europa também enfrentará uma enorme pressão nos preços do gás.
Vale destacar que a população europeia já enfrenta uma disparada nos preços de energia, o que forçou os formadores de políticas a criarem medidas de emergência para lidar com a situação.
Putin e as manutenções da Rússia
As obras de manutenção vão começar pelo gasoduto Nord Stream 1, que transporta gás da Rússia para a Alemanha.
A unidade é a maior infraestrutura de importação da commodity da Europa e leva cerca de 55 bilhões de metros cúbicos (m³) de gás por ano para o país europeu.
Com o reparo dos gasodutos anunciados por Putin, os fluxos de gás russo devem cair para zero já no final do dia.
Veja também: Riscos para a economia no 2° semestre: Lula x Bolsonaro, inflação e juros I Recessão nos EUA?
O gás na Alemanha
Há alguns meses, quando surgiram os primeiros temores de que a Rússia fecharia a torneira para a Europa, a Alemanha estipulou um plano de emergência de gás de três etapas para preparar o país para um possível choque de oferta.
O primeiro passo era uma "fase de alerta precoce" para evitar uma deterioração do fornecimento.
Na terceira e última fase, o governo e o regulador alemão Bundesnetzagentur iniciariam o racionamento de gás — e teriam que decidir como fariam a distribuição do combustível em todo o país.
Atualmente, o país se encontra na segunda fase do plano, com as instalações de armazenamento de gás aproximadamente 64% cheias, segundo a emissora alemã ZDF.
Para analistas do Eurasia Group, se Putin realmente bloqueasse o fornecimento do combustível além do período de manutenção no gasoduto Nord Stream 1, a Alemanha provavelmente seria forçada a passar para o nível três.
“A segurança do abastecimento ainda está garantida, mas a situação é grave”, afirmou o porta-voz do Ministério Federal da Economia e Ação Climática da Alemanha na semana passada.
Caso entre no terceiro nível, a Alemanha priorizará o fornecimento de gás a residências alemãs e serviços como hospitais, o que coloca em risco a produção de produtos como fertilizantes, produtos farmacêuticos e cosméticos.
Putin vai começar uma guerra econômica?
Uma potencial retaliação russa às sanções das potências ocidentais representaria um cenário de “guerra econômica máxima”, segundo Henning Gloystein, diretor de energia, clima e recursos do Eurasia Group, em entrevista à CNBC.
“Não devemos nos iludir: cortar o fornecimento de gás é um ataque econômico contra nós por Putin”, disse o ministro da Economia alemão, Robert Habeck.
Para Henning Gloystein, o bloqueio do presidente russo Vladimir Putin não seria um ataque apenas à Alemanha, mas sim à Europa por completo.
“A Alemanha tem a maior população da Europa, é a maior economia, é o maior consumidor de gás, é o maior importador individual de gás russo e tem nove fronteiras terrestres. Então, o que quer que aconteça lá se espalha para o resto do continente.”
*Com informações de CNBC e BBC
Dívida impagável: Rússia multa o Google em US$ 20 decilhões, valor mais alto que o PIB global e maior que todo o dinheiro existente no mundo
Desde 2021, o Kremlin vem aplicando multas ao Google por restringir o acesso de canais russos no YouTube e hospedar conteúdo crítico ao Kremlin
Felipe Miranda: O Brasil vai virar a Argentina?
Em conversas raras que acontecem sempre, escuto de grandes investidores: “nós não olhamos para o macro. Somos buffettianos e, portanto, só olhamos para o micro das empresas.”
O que falta para a Selic voltar a cair? Campos Neto responde o que precisa acontecer para os juros baixarem no Brasil
O presidente do Banco Central também revelou as perspectivas para a questão fiscal mundial e os potenciais impactos das eleições dos EUA no endividamento norte-americano
BRICS vai crescer: 13 países são convidados para integrar o bloco — e, após negativa do Brasil, Venezuela recorre a amigo para ser chamada
Em 1º de janeiro deste ano, países como Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã passaram a fazer parte do grupo
A história não acaba: Ibovespa repercute balanço da Vale e sinalizações de Haddad e RCN em dia de agenda fraca
Investidores também seguem monitorando a indústria farmacêutica depois de a Hypera ter recusado oferta de fusão apresentada pela EMS
O banco é da Dilma? A oferta que Putin fez ao Brasil e que dá à ex-presidente US$ 33 bilhões para administrar
Dilma Rousseff virou “banqueira” pela primeira vez quando assumiu a chefia do Novo Banco de Desenvolvimento, em março de 2023
Os seres humanos não vão competir com a Inteligência Artificial, Rússia quer se livrar do dólar e guerra de chips entre EUA e China: Os destaques do Seu Dinheiro na semana
O debate sobre a inteligência artificial no mundo corporativo foi destaque no Seu Dinheiro; veja as matérias mais lidas da última semana
O que falta para o gringo voltar a investir no Brasil? Só a elevação do rating pela Moody’s não é o suficiente, diz chairman da BlackRock no país
À frente da divisão brasileira da maior gestora de investimentos do mundo, Carlos Takahashi falou sobre investimento estrangeiro, diversificação e ETFs no episódio desta semana do podcast Touros e Ursos
‘Putin prefere [a eleição de] Trump’ nos Estados Unidos, diz economista Roberto Dumas Damas; entenda
Dumas Damas vê Donald Trump menos propenso a ajudar na defesa da Ucrânia e de Taiwan; por outro lado, republicano pode “se meter” no confronto no Oriente Médio
Depois de empate com sabor de vitória, Ibovespa reage à Vale em meio a aversão ao risco no exterior
Investidores repercutem relatório de produção da Vale em dia de vencimento de futuro de Ibovespa, o que tende a provocar volatilidade na bolsa
Rússia quer se livrar do dólar e lança documento para criar criptomoeda comum aos BRICS — e critica forma como FMI trata emergentes
Alguns problemas impedem o lançamento de uma CBDC que englobe todo o bloco e os detalhes você confere a seguir
O “moody” de Rogério Xavier sobre o Brasil: “eu tenho dado downgrade a cada notícia”; saiba o que pensa o gestor da SPX
Na avaliação do sócio-fundador da SPX, gastos parafiscais de R$ 100 bilhões sustentam PIB acima do esperado, mas fazem dívida correr o risco de “explodir”
Brasil com grau de investimento, mais uma revisão positiva do PIB e inflação dentro da meta? Tudo isso é possível, segundo Haddad
O ministro da Fazenda admitiu em evento nesta segunda-feira (14) que o governo pode revisar mais uma vez neste ano a projeção para o Produto Interno Bruto de 2024
Sinais de mais estímulos à economia animam bolsas da China, mas índices internacionais oscilam de olho nos balanços
Enquanto isso, os investidores aguardam o relatório de produção da Vale (VALE3) enquanto a sede da B3, a cidade de São Paulo, segue no escuro
Selic de dois dígitos será mais norma que exceção, diz economista do Citi; como os bancões gringos veem juros e inflação no Brasil?
Cautela do Banco Central em relação à pressão inflacionária é bem vista por economistas do Citi, do JP Morgan e do BofA, que deram suas projeções para juros em 2024 e 2025
Guerra no Oriente Médio: o que está em jogo agora pode mudar de vez o mercado de petróleo. Como fica a ação da Petrobras (PETR4)? A resposta não é óbvia
A guerra ganhou novos contornos com o ataque do Irã a Israel na terça-feira (01). Especialistas acreditam que, dessa vez, o mercado não vai ignorar a implicância dos riscos geopolíticos para o petróleo; saiba se é hora de colocar os papéis da Petrobras na carteira para aproveitar esse avanço
Rodolfo Amstalden: Brasil com grau de investimento: falta apenas um passo, mas não qualquer passo
A Moody’s deixa bem claro qual é o passo que precisamos satisfazer para o Brasil retomar o grau de investimento: responsabilidade fiscal
Para 41%, economia brasileira piorou no último ano sob governo Lula, segundo pesquisa Genial/Quaest
A pesquisa foi feita em setembro de 2024 com dois mil entrevistados e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos
Largada com bandeira vermelha: outubro começa com conta de energia elétrica mais cara a partir de hoje
A medida eleva o preço para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos passa de R$ 4,463 para R$ 7,877
Um recado para o Ocidente: Putin anuncia novas regras para uso de armas nucleares da Rússia
Vladimir Putin já vinha sinalizando que mudaria as regras para o uso de armas nucleares pela Rússia devido a apelos de Zelensky para o uso de mísseis de longo alcance em território russo