Renúncia de Liz Truss, novela de Elon Musk-Twitter e pesquisas eleitorais; confira o que foi destaque no Brasil e no mundo nesta semana
A penúltima semana de outubro contou com mudanças no Reino Unido, balanços trimestrais nos EUA e corrida presidencial no Brasil
Apesar da penúltima semana de outubro ter sido agitada, o destaque foi a renúncia da premiê do Reino Unido, Liz Truss. Contudo, a novela da aquisição do Twitter pelo bilionário Elon Musk segue com novos capítulos.
No Brasil, as eleições e os desdobramentos das campanhas de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) são os principais assuntos do noticiário. Na noite desta sexta-feira (22), o candidato à reeleição foi sabatinado no SBT, já que o petista não compareceu ao debate.
Na sabatina, Bolsonaro (PL) manteve o discurso dos debates anteriores, como o apoio do Congresso Nacional e ataques ao adversário.
Além disso, nesta semana foram divulgadas as pesquisas de intenção de voto Ipespe, Datafolha, Ideia e Modal.
Confira a seguir os principais destaques da semana:
Renúncia de Liz Truss
A primeira-ministra do Reino Unido Liz Truss renunciou ao cargo, na última quinta-feira (20), em meio a uma forte crise política no país.
Leia Também
Em um pronunciamento rápido à BBC, Truss afirmou que permanecerá no cargo até que seu sucessor seja escolhido pelo partido. A primeira-ministra foi sucessora de Boris Johnson, também conservador que acabou caindo por pressões políticas.
A renúncia ocorre apenas um dia depois de, em meio à pressão para que entregasse o cargo, Liz Truss ter afirmando que é “uma combatente, não uma desistente”.
Em apenas 45 dias, Liz Truss tornou-se a primeira chefe de governo do Reino Unido a servir sob dois diferentes monarcas. Empossada pela rainha Elizabeth II no início de setembro, ela entregou hoje sua renúncia ao rei Charles III.
Os investidores se sentiram aliviados com a saída dela e a morte do pacote original de corte de impostos que poderia jogar o Reino Unido em uma crise ainda mais profunda.
Assim que a notícia da renúncia de Truss se tornou pública, a libra subiu a US$ 1,1257 ante US$ 1,1221, enquanto os juros projetados pelo do Gilt de 10 anos recuaram a 3,851%.
Elon Musk planeja demissões no Twitter
Depois de anunciar que enxugaria a força de trabalho da Tesla em 10% — isto é, o equivalente a quase 6 mil pessoas —, Elon Musk informou seus planos para o Twitter caso se torne oficialmente dono da rede social.
Segundo informações do The Washington Post, a ideia do bilionário é demitir cerca de 75% dos funcionários da plataforma de mídia social e manter menos de 2 mil empregados na empresa.
Ou seja, se Musk realmente levar o plano para frente após fechar o acordo com o Twitter, estaremos falando de 5,6 mil pessoas na rua.
O conselheiro geral da empresa, Sean Edgett, informou aos funcionários que ainda não havia “nenhuma confirmação dos planos do comprador após a conclusão do negócio” e recomendou que a equipe aguardasse por anúncios diretamente da companhia ou de Elon Musk, segundo memorando interno acessado pela Bloomberg.
Nesta semana, a empresa do bilionário, Tesla, divulgou os resultados do último trimestre.
A fabricante de veículos elétricos registrou lucro líquido de US$ 3,292 bilhões no terceiro trimestre, o dobro do obtido no mesmo período do ano anterior. Já o lucro por ação saltou de US$ 0,48 para US$ 0,95 na mesma base de comparação.
Os investidores, no entanto, não se satisfizeram, pelo menos em um primeiro momento, com o lucro quase recorde da Tesla. E a grande responsável por isso foi a receita da empresa, que veio abaixo do esperado.
Pesquisas eleitorais
Nesta semana foram divulgadas novas pesquisas dos institutos Ipespe, Datafolha, Idea e modalmais. Em comum, os levantamentos apontam que a disputa tende a ficar ainda mais acirrada na última semana de campanha eleitoral.
Além disso, a diferença de votos válidos entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) está entre a margem de erro. Confira a seguir as pesquisas da semana:
Ipespe: Lula tem 53% dos votos válidos e Bolsonaro com 47%
O Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) divulgou na terça-feira (18), os resultados de sua mais recente pesquisa de intenção de voto para presidente no segundo turno. E, de maneira geral, os dados ficaram em linha com outros levantamentos do tipo publicados ao longo dos últimos dias.
Considerando apenas os votos válidos, Lula aparece na liderança com 53% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 47% — o petista oscilou um ponto para baixo, e o atual presidente, um ponto para cima.
A pesquisa Ipespe tem margem de erro de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. Assim, Lula e Bolsonaro estão tecnicamente empatados, no limite da margem.
A coleta de dados foi feita entre ontem e hoje; o levantamento ouviu 1.100 eleitores no país. Confira a pesquisa completa.
Datafolha: Lula tem 49% dos votos totais contra 45% de Bolsonaro
A 11 dias do segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 49% dos votos totais, ante 45% do rival, segundo pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira (19).
Considerando os votos válidos — que excluem brancos, nulos e indecisos da conta — Lula aparece com 52% contra 48% de Bolsonaro. Os indecisos são 1% e brancos e nulos, 4%.
O Datafolha ouviu 2.912 pessoas em 181 municípios de segunda-feira (17) até quarta-feira (18). A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. Confira a matéria com a pesquisa completa.
Ideia: Lula e Bolsonaro estão empatados tecnicamente
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) estão empatados tecnicamente para o segundo turno da eleição, de acordo com a pesquisa Ideia divulgada na quinta-feira (20).
De acordo com o levantamento, o petista tem 52% dos votos válidos — que excluem da conta os brancos, nulos e indecisos — enquanto o chefe do Executivo tem 48%.
Em votos totais, ou seja, considerando branco e nulos, Lula tem 50%, e Bolsonaro, 46%. Indecisos são 2%, e aqueles que não têm preferência por nenhum dos candidatos também são 2%.
A pesquisa Ideia ouviu 1.500 eleitores por telefone entre os dias 14 e 19 de outubro. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.
Modal/Futura: Bolsonaro aparece liderando com 50,5% dos votos válidos contra 49,5% de Lula
O presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece pela primeira vez liderando os votos válidos numa pesquisa do segundo turno, segundo levantamento feito pelo Banco Modal em parceria com a Futura Consultoria.
De acordo com a sondagem estimulada, Bolsonaro tem 50,5% dos votos válidos — ou seja excluindo brancos, nulos e indecisos — contra 49,5% de Lula.
Considerando a intenção de voto estimulada, o atual chefe do Executivo aparece com 46,9% contra 45,9% do petista. Votos brancos e nulos são 3,8%, enquanto os indecisos são 3,3%.
Na pesquisa de intenção espontânea, Bolsonaro tem 46,3% contra 45% de Lula.
O Banco Modal e a Futura ouviram 2000 pessoas entre os dias 17 e 19 de outubro em todo o território nacional. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. Confira a pesquisa.
- As alianças e as gafes de Lula e Bolsonaro são capazes de influenciar o eleitor? Ouça o podcast 'Touros e Ursos":
Outros destaques da semana:
- As melhores empresas para trabalhar em 2022: Itaú Unibanco é eleito melhor empregador do país entre as grandes companhias; veja ranking completo
- As propostas de Lula que podem afetar o seu bolso, segundo seu assessor econômico Guilherme Mello
- Chile e mineradoras: projeto de lei busca o pagamento de royalties e empresas do setor ameaçam país com boicote
- Hotmart, plataforma de cursos online, demite mais de 200 funcionários para “reestruturação interna”
O que se sabe até agora sobre o complô dos ‘Kids Pretos’ para matar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes — e que teria a participação do vice de Bolsonaro
A ideia de envenenamento, de acordo com o plano do general, considerava a vulnerabilidade de saúde e a ida frequente de Lula a hospitais
É hora de taxar os super-ricos? G20 faz uma proposta vaga, enquanto Lula propõe alíquota que poderia gerar US$ 250 bilhões por ano no mundo
Na Cúpula do G20, presidente Lula reforça as críticas ao sistema tributário e propôs um número exato de alíquota para taxar as pessoas mais ricas do mundo
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer
Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro
O primeiro dia do G20 no Rio: Biden, Xi e Lula falam de pobreza, fome e mudanças climáticas à sombra de Trump
As incertezas sobre a política dos EUA deixaram marcas nos primeiros debates do G20; avanços em acordos internacionais também são temas dos encontros
O tamanho do corte que o mercado espera para “acalmar” bolsa, dólar e juros — e por que arcabouço se tornou insustentável
Enquanto a bolsa acumula queda de 2,33% no mês, a moeda norte-americana sobe 1,61% no mesmo intervalo de tempo, e as taxas de depósito interbancário (DIs) avançam
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Milei muda de posição na última hora e tenta travar debate sobre taxação de super-ricos no G20
Depois de bloquear discussões sobre igualdade de gênero e agenda da ONU, Milei agora se insurge contra principal iniciativa de Lula no G20
A escalada sem fim da Selic: Campos Neto deixa pulga atrás da orelha sobre patamar dos juros; saiba tudo o que pensa o presidente do BC sobre esse e outros temas
As primeiras declarações públicas de RCN depois da divulgação da ata do Copom, na última terça-feira (12), dialogam com o teor do comunicado e do próprio resumo da reunião
De Elon Musk a âncora da Fox News: ministros escolhidos por Donald Trump agradam correligionários e deixam críticos de cabelo em pé
De lado a lado, elogios e críticas às escolhas de Donald Trump para seu gabinete de governo têm motivos parecidos
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Lula ainda vence a direita? Pesquisa CNT/MDA mostra se o petista saiu arranhado das eleições municipais ou se ainda tem lenha para queimar
Enquanto isso, a direita disputa o espólio de Bolsonaro com três figuras de peso: Tarcísio de Freitas, Michelle Bolsonaro e Pablo Marçal
Quantidade ou qualidade? Ibovespa repercute ata do Copom e mais balanços enquanto aguarda pacote fiscal
Além da expectativa em relação ao pacote fiscal, investidores estão de olho na pausa do rali do Trump trade
Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado
Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo
Mubadala não tem medo do risco fiscal: “Brasil é incrível para se investir”, diz diretor do fundo árabe
O Mubadala Capital, fundo soberano de Abu Dhabi, segue com “fome de Brasil”, apesar das preocupações dos investidores com o fiscal
Campos Neto acertou, mudanças na previdência privada, disparada do Magazine Luiza (MGLU3) e mais: confira os destaques do Seu Dinheiro na semana
Na matéria mais lida da semana no portal, André Esteves, do BTG Pactual, afirma que o presidente do BC, está correto a respeito da precificação exagerada do mercado sobre o atual cenário fiscal brasileiro
Lula fala em aceitar cortes nos investimentos, critica mercado e exige que Congresso reduza emendas para ajuda fazer ajuste fiscal
O presidente ainda criticou o que chamou de “hipocrisia especulativa” do mercado, que tem o aval da imprensa brasileira
Rodolfo Amstalden: Lula terá uma única e última chance para as eleições de 2026
Se Lula está realmente interessado em se reeleger em 2026, ou em se aposentar com louvor e construir Haddad como sucessor, suspeito que sua única chance seja a de recuperar nossa âncora fiscal
O que Lula e Bolsonaro acharam da vitória de Trump? Veja como políticos brasileiros de esquerda e direita reagiram à eleição do republicano
Nomes como Haddad, Tarcísio, Alckmin e a presidente do PT, Gleisi Hoffman, se manifestaram, presencialmente ou via redes sociais, sobre o resultado das eleições americanas