O Banco Central e o Fed na encruzilhada: está na hora de aliviar ou apertar ainda mais os juros?
As bolsas sofreram na última semana após a inflação ter vindo acima do esperado nos EUA, e por aqui o presidente do BC indicou que uma alta residual na Selic é possível. Os mercados cantaram vitória antes do tempo?

Depois de um rali recente nas bolsas americanas e na B3, os mercados vêm sendo convidados pelos presidentes dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos a caírem na real.
Recentemente, Roberto Campos Neto resolveu dar uma de “estraga-festas” e alertar os investidores e cidadãos que a luta contra a inflação não está ganha.
Na última terça-feira, foi a vez de a inflação americana vir acima do esperado e lembrar os mercados de que talvez eles estivessem cantando vitória antes do tempo. Não por acaso, as bolsas despencaram no mundo inteiro após o banho de água fria.
No podcast Touros e Ursos, eu, o Victor Aguiar e o Vinícius Pinheiro comentamos a encruzilhada dos BCs. Ouça ou assista abaixo:
Agora, às vésperas de mais uma Super Quarta - dia de decisão de política monetária aqui e nos EUA - aumentaram as apostas em mais uma alta de 0,25 ponto percentual na Selic e de 1,0 ponto nas taxas do Tio Sam, antes praticamente fora do radar.
Os juros vão subir mais?
Mas será que o Banco Central brasileiro vai mesmo subir novamente os juros? E seria o Federal Reserve capaz de dar um aperto tão forte, para os padrões americanos?
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A encruzilhada vivida neste momento pelas autoridades monetárias aqui e nos EUA, bem como as expectativas para a Super Quarta, foram o tema do podcast Touros e Ursos desta semana.
Além da discussão sobre inflação e política monetária, nós também escolhemos os nossos touros e ursos da semana. Teve Burger King, Arminio Fraga, Rei Charles e muito mais.
Para ouvir o podcast na íntegra, basta clicar no tocador abaixo!
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