A terceira via respira: candidaturas alternativas crescem na pesquisa BTG/FSB, mas estão bem longe de alcançar Lula e Bolsonaro
Lula e Bolsonaro caem na margem de erro enquanto candidaturas alternativas finalmente ganham algum terreno
Quem trabalha com campanha política costuma dizer que, no período eleitoral, uma semana é uma eternidade.
Em intervalos relativamente breves, um cenário altamente provável se dilui - ou o que antes parecia improvável começa a ganhar forma.
No caso das eleições de outubro no Brasil, o cenário-base segue inalterado: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ir para o segundo turno com Jair Bolsonaro (PL), o atual inquilino do Palácio do Planalto.
O que parece começar a mudar de forma e talvez precise ser observado com mais atenção é a formação de uma terceira via.
Até aqui, com exceção das intenções de voto em Ciro Gomes (PDT), o desinteresse do eleitorado dava o tom do desempenho de outras candidaturas alternativas.
Restando pouco mais de dois meses e meio para as eleições, a mais recente edição da pesquisa promovida pelo Instituto FSB, encomendada pelo banco BTG Pactual, mostra que a terceira via ainda respira.
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Lula e Bolsonaro cedem terreno, mas dentro da margem de erro
Tanto Lula quanto Bolsonaro cederam terreno em relação à pesquisa anterior, divulgada no fim de junho.
Lula passou de 43% para 41% e Bolsonaro oscilou de 33% para 32% no cenário completo da sondagem realizada entre 8 e 10 de julho.
E, se em maio a pesquisa BTG/FSB captou a possibilidade uma vitória de Lula já no primeiro turno, a continuidade da série agora mostra um tira-teima entre o petista e Bolsonaro como o desfecho mais provável da votação de 2 de outubro.
Uma terceira via em crescimento?
Lateralmente, depois de muito patinarem, as candidaturas que tentam se posicionar como alternativas a Lula e Bolsonaro parecem ganhar algum terreno.
A evolução começa a ser percebida já no terceiro lugar. Ciro Gomes saiu de 8% no fim de julho e retornou a seu teto histórico de 9% na pesquisa BTG/FSB.
Em quarto lugar, Simone Tebet (MDB) passou de 3% para 4%.
Na sequência, André Janones (Avante) subiu de 2% para 3%.
Embora as oscilações individuais encontrem-se dentro da margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, a soma da intenção de votos em Lula e Bolsonaro recuou três pontos.
Já a soma das intenções de voto nas candidaturas alternativas passou de 15% para 19%.
Cenários de segundo turno seguem estáveis
Lula venceria em todos os cenários de segundo turno
A pesquisa BTG/FSB continua mostrando o ex-presidente Lula como vitorioso em todos os cenários de segundo turno pesquisados.
No mais provável, Lula venceria Bolsonaro por 53% a 37%. Em relação à pesquisa anterior a vantagem do petista sobre o atual presidente passou de 15 para 16 pontos porcentuais.
No caso de um segundo turno diante de Ciro Gomes, Lula venceria por 48% a 30%. Contra Simone Tebet, o ex-presidente ganharia por 52% a 27%.
Bolsonaro perderia em todos os cenários de segundo turno
No caso de Bolsonaro, além de perder para Lula em um provável segundo turno, o atual presidente também seria derrotado por Ciro Gomes e Simone Tebet.
Ciro venceria Bolsonaro por 48% a 38%.
Já a vitória de Simone Tebet se daria dentro da margem de erro, por 42% a 40%, de 41% a 40% na pesquisa anterior.
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