Putin pode ser forçado a dar um calote em breve — e o motivo é uma ordem de Biden; entenda a nova ofensiva dos EUA
Governo norte-americano tenta a todo custo fechar as brechas que ainda estão abertas e que mantêm a economia russa funcionando — e financiando as tropas em solo ucraniano
Devo, não nego. Pago quando os EUA deixarem. Parece que, em breve, esse será o mantra do presidente da Rússia, Vladimir Putin — pelo menos no que depender do presidente norte-americano, Joe Biden.
Isso porque o Tesouro dos EUA proibirá a partir desta quarta-feira (25) que o governo russo pague aos detentores de títulos por meio de bancos norte-americanos.
A medida aumenta as chances de que a Rússia dê calote na dívida pendente — e é a mais recente sanção contra Moscou em resposta à invasão da Ucrânia.
Putin e o fim de uma exceção
Desde que a guerra entre Rússia e Ucrânia começou, em 24 de fevereiro, o governo de Biden concedeu uma exceção crucial às sanções contra Moscou.
Graças a essa exceção o banco central da Rússia conseguia processar pagamentos a detentores de títulos por meio de instituições financeiras norte-americanos e internacionais.
Mas essa exceção desaparecerá nas primeiras horas de amanhã, segundo o Departamento do Tesouro dos EUA.
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Quanto a Rússia deve?
A Russa enfrenta quase US$ 400 milhões em pagamentos devidos em títulos denominados em dólar em 23 e 24 de junho, de acordo com a agência de notícias Dow Jones.
Ao todo, a Rússia deve cerca de US$ 1 bilhão em pagamentos de cupons até o final de 2022 — mas o país tem conseguido recursos com as vendas de petróleo, gás e outras commodities, especialmente para países como a China.
E se não der pra pagar, Putin?
A Rússia está programada para fazer cerca de US$ 100 milhões em pagamentos de dívida externa na sexta-feira (27).
Dado que o fim da exceção era esperado, o país começou a transferir o dinheiro na semana passada para se antecipar às novas restrições.
Se houver falta de pagamento, a Rússia terá um período de carência de até 30 dias para encontrar uma solução, como fez no início de maio, quando recebeu dinheiro para os investidores no último minuto após o bloqueio inicial dos pagamentos.
No caso do pagamento aos norte-americanos, eles não serão barrados após 25 de maio. De acordo com uma licença emitida pelo Tesouro em 7 de abril, os investidores dos EUA têm até 30 de junho para se desfazer da instituição financeira russa Alfa-Bank AO e até 1º de julho para se desfazer da empresa de diamantes Alrosa PJSC.
*Com informações da CNBC e do The Washington Post
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