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Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
AS APROVADAS

Cogna (COGN3), Yduqs (YDUQ3) ou Ânima (ANIM3)? Saiba qual é a ação nota dez do BTG Pactual no setor de educação

Ventos contrários ainda podem comprometer o ano letivo de 2022 das empresas do segmento, mas três delas aparecem como as primeiras da classe para o banco

Carolina Gama
29 de abril de 2022
16:17
Logo da Cogna
Imagem: Divulgação/Flavio Fabene

A nota vermelha parece não fazer mais parte do boletim das empresas de educação. Cogna (COGN3), Yduqs (YDUQ3), Ânima (ANIM3) e outras gigantes do setor devem ver a tendência de baixa em seus resultados operacionais chegarem ao fim, ao mesmo tempo em que apresentam números melhores de admissão referentes ao primeiro trimestre

No entanto, ventos contrários ainda podem comprometer o ano letivo de 2022. Ticket médio pressionado, despesas financeiras e investimentos a serem feitos (capex, no jargão do mercado financeiro) mais elevados, além do aumento de custos ligados à inflação, deixam a luz de alerta ligada para o setor. 

A lista de desafios para que essas empresas tirem nota dez este ano não é pequena, mas três delas aparecem entre as favoritas do BTG Pactual, com recomendação de compra: Cruzeiro do Sul (CSED3), Ânima (ANIM3) e Vitru (VTRU). 

As primeiras da classe

Apesar de estar entre as preferidas do BTG, a Ânima (ANIM3) deve apresentar resultados mistos no primeiro trimestre, previstos para o dia 16 de maio: enquanto a receita líquida e margem Ebitda seguirão em expansão, os resultados financeiros ainda devem vir pressionados. 

Já a receita líquida da Ânima deve mais que dobrar para R$ 882 milhões em base anual, impulsionada pela Laureate. 

A empresa deve registrar 75 mil entradas no segmento de graduação presencial — um aumento de 140% na comparação anual  ano —, atingindo 286 mil alunos, embora esse bom desempenho deva ser ligeiramente compensado por uma média consolidada de alunos mais baixa.

No caso da Vitru (VTRU), os resultados do primeiro trimestre, previstos também para o dia 16 de maio, devem ser mais sólidos, com expansão da receita líquida e margens estáveis.

A receita líquida projetada é de R$ 175 milhões, alta 16% — graças a um incremento de 21% nas entradas de ensino à distância (152 mil alunos) e expansão da base de alunos (agora em 326 mil versus 273 mil um ano atrás).

No caso da Cruzeiro do Sul, o BTG não fez previsões detalhadas. Mas vale lembrar que a oferta pública de ações da empresa saiu a R$ 14,00. Considerando o valor atual, de R$ 3,99, os papéis CSED3 acumulam queda de mais de 70% desde o IPO.

Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) no trimestre

No caso da Cogna (COGN3), o BTG espera resultados fracos no primeiro trimestre, cuja divulgação está prevista para 12 de maio. 

Esse desempenho, segundo o banco, reflete a fraca dinâmica presencial da Kroton e a venda das escolas K12 (ensino básico) para a Eleva em outubro, apesar da margem Ebitda ligeiramente melhor. 

A receita líquida consolidada deve cair 8% em termos anuais, para R$ 1,16 bilhão, enquanto mais despesas financeiras devido ao aumento das taxas de juros devem levar a um prejuízo líquido ajustado de R$ 17 milhões.

Para a Yduqs (YDUQ3), o BTG espera que números trimestrais melhores em 12 de maio, refletindo maior consumo e ticket médio que, aliados a um melhor controle de custos, devem impulsionar a expansão da margem. 

A receita deve crescer 10% em termos anuais, para R$ 1,19 bilhão, enquanto o lucro líquido ajustado deve chegar a R$ 71 milhões, representando um crescimento de 2% na mesma base de comparação. 

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