🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Estadão Conteúdo

Impactos dos juros

Aperto monetário global é novo entrave para crescimento da economia brasileira

Com vários países endurecendo a política monetária, o mundo tende a crescer menos, com impactos sobre o comércio global

Crescimento da economia deve ficar comprometido em 2023

O movimento de alta de juros nas principais economias do mundo deve se transformar em mais um entrave para o desempenho da atividade econômica do Brasil.

O aperto monetário em andamento tem potencial para provocar uma desaceleração global e pode empurrar a economia brasileira para um desempenho ainda mais pífio no ano que vem - hoje, as previsões de crescimento estão próximas de 0,5%.

Os analistas dizem também que a atuação mais dura dos bancos centrais aumenta a pressão sobre o rumo das contas públicas do País.

Com um cenário de inflação elevada disseminada pela economia global, a lista de bancos centrais que subiu os juros é extensa - das grandes economias, apenas a China e o Japão não integram esse grupo.

Na quarta-feira (21), o Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) promoveu mais uma alta das taxas de juros em 0,75 ponto porcentual. Na quinta (22), foi a vez do Banco da Inglaterra (BoE) subir os juros em 0,50 ponto porcentual. Há duas semanas, o aperto monetário veio da Banco Central Europeu.

Inflação global

"Há uma particularidade nesse momento. A inflação é global. É necessário que os principais BCs tomem as rédeas da alta de preços e subam os juros", diz Silvio Campos Neto, economista da consultoria Tendências. "É um aperto global não visto há muitos anos."

Leia Também

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 13,75% ao ano na quarta-feira, interrompendo o maior ciclo de aperto monetário em 23 anos.

Na prática, juros mais altos encarecem o crédito das famílias e o investimento das empresas, prejudicando o desempenho da economia.

Com vários países endurecendo a política monetária, o mundo tende a crescer menos, com impactos sobre o comércio global, levando, por exemplo, a uma queda dos preços das commodities. O Brasil é um grande exportador de minério de ferro e soja, e, portanto, é afetando quando os preços desses itens recuam.

"Um PIB global mais baixo no ano que vem é ruim para as exportações brasileiras. Hoje, a gente projeta um crescimento de 0,7%, 0,8% para o Brasil em 2023. E por que não projetamos 1,2%? Porque uma parte desse pedaço vem justamente da desaceleração da economia global, acabando por resvalar na nossas exportações", diz Marco Maciel, sócio e economista da Kairós Capital.

Olho no fiscal

O cenário de aperto global ainda deve fazer com que os investidores se debrucem de forma mais criteriosa sobre o rumo das contas públicas do País.

Há uma dúvida sobre qual será o futuro do teto de gastos - considerada a principal âncora fiscal - e como o próximo governo vai lidar com as pressões de aumento de gastos, em especial com a manutenção do valor de R$ 600 para o Auxílio Brasil.

Ao subir os juros, os países mais avançados tiram a atratividade das economias consideradas emergentes, como a brasileira, porque são considerados mais seguros para investir. Com um retorno melhor lá fora, os investidores devem olhar com mais detalhes os fundamentos econômicos dos países com potencial para receber algum tipo de recurso.

"É um mundo muito complexo, e o dinheiro tem de ir para algum lugar. Isso faz aparecer algumas janelas de oportunidade. Mas quem ganhar a eleição precisa fazer o dever de casa, que é consertar o fiscal", afirma Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Órama Investimentos. "O problema é não fazer o dever de casa. Nesse cenário, o juro ficaria alto por muito mais tempo, e o crescimento seria prejudicado."

A gestão das contas públicas se tornou o principal nó da gestão macroeconômica do Brasil. A União acumula déficits primários desde 2014. Neste ano, as contas até devem voltar para o azul, mas a previsão do próprio governo é a de que déficit volte em 2023.

"O problema é que a luta para mais estímulos fiscais estará dada (em 2023), e isso poderá fazer com que a política fiscal fique ainda mais difícil, o que coloca dificuldade na gestão de política monetária", afirma Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia mais:

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O EFEITO BORBOLETA DO TARIFAÇO

O mundo vai pagar um preço pela guerra de Trump —  a bolsa já dá sinais de quando e como isso pode acontecer

15 de abril de 2025 - 14:34

Cálculos feitos pela equipe do Bradesco mostram o tamanho do tombo da economia global caso o presidente norte-americano não recue em definitivo das tarifas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça

15 de abril de 2025 - 8:14

Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25

AGENDA DE RESULTADOS

Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências

15 de abril de 2025 - 6:47

De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump

CRIPTO HOJE

Bitcoin (BTC) sustenta recuperação acima de US$ 84 mil — mercado cripto resiste à pressão, mas token Mantra despenca 90% sob suspeita de ‘rug pull’

14 de abril de 2025 - 14:50

Trégua nas tarifas de Trump e isenção para eletrônicos aliviam tensões e trazem respiro ao mercado cripto no início da semana

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje

14 de abril de 2025 - 8:46

Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: PIB da China, política monetária na Europa e IGP-10 são destaques em semana de balanços nos EUA

14 de abril de 2025 - 6:30

Após dias marcados pelo aumento das tensões entre China e Estados Unidos, indicadores econômicos e os balanços do 1T25 de gigantes como Goldman Sachs, Citigroup e Netflix devem movimentar a agenda desta semana

REVISÃO

JP Morgan reduz projeção para o PIB brasileiro e vê leve recessão no segundo semestre; cortes de juros devem começar no fim do ano

11 de abril de 2025 - 12:55

Diante dos riscos externos com a guerra tarifária de Trump, economia brasileira deve retrair na segunda metade do ano; JP agora vê Selic em 1 dígito no fim de 2026

DINHEIRO ENTRANDO

Dividendos e JCP: Santander (SANB11) anuncia o pagamento de R$ 1,5 bilhão em proventos; veja quem mais paga

10 de abril de 2025 - 19:33

Acionistas que estiverem inscritos nos registros do banco no dia 17 de abril terão direito ao JCP

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA

10 de abril de 2025 - 8:12

Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão

VALE A PENA?

Não foi só o Banco Master: entre os CDBs mais rentáveis de março, prefixado do Santander paga 15,72%, e banco chinês oferece 9,4% + IPCA

9 de abril de 2025 - 18:35

Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado; no mês passado, estoque de CDBs no país chegou a R$ 2,57 trilhões, alta de 14,3% na base anual

FACA DE DOIS GUMES

Países do Golfo Pérsico têm vantagens para lidar com o tarifaço de Trump — mas cotação do petróleo em queda pode ser uma pedra no caminho

9 de abril de 2025 - 13:07

As relações calorosas com Trump não protegeram os países da região de entrar na mira do tarifaço, mas, em conjunto com o petróleo, fortalecem possíveis negociações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho

8 de abril de 2025 - 8:15

Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: A arte da negociação — ou da guerra?

7 de abril de 2025 - 20:00

Podemos decidir como as operações militares começam, mas nunca será possível antecipar como elas terminam. Vale para a questão militar estrito senso, mas também se aplica à guerra tarifária

Todo mundo em pânico

Retaliação da China ao tarifaço de Trump derrete bolsas ao redor do mundo; Hong Kong tem maior queda diária desde 1997

7 de abril de 2025 - 6:52

Enquanto as bolsas de valores caem ao redor do mundo, investidores especulam sobre possíveis cortes emergenciais de juros pelo Fed

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: IPCA, ata do Fomc e temporada de balanços nos EUA agitam semana pós-tarifaço de Trump

7 de abril de 2025 - 6:30

Além de lidar com o novo cenário macroeconômico, investidores devem acompanhar uma série de novos indicadores, incluindo o balanço orçamentário brasileiro, o IBC-Br e o PIB do Reino Unido

EM RECUPERAÇÃO

Com eleições de 2026 no radar, governo Lula melhora avaliação positiva, mas popularidade do presidente segue baixa

5 de abril de 2025 - 17:58

O governo vem investindo pesado para aumentar a popularidade. A aposta para virar o jogo está focada principalmente na área econômica, porém a gestão de Lula tem outra carta na manga: Donald Trump

ELE NÃO PARA

O agente do caos retruca: Trump diz que China joga errado e que a hora de ficar rico é agora

4 de abril de 2025 - 16:35

O presidente norte-americano também comentou sobre dados de emprego, juros, um possível acordo para zerar tarifas do Vietnã e a manutenção do Tik Tok por mais 75 dias nos EUA

ESPERAR PARA VER

A pressão vem de todos os lados: Trump ordena corte de juros, Powell responde e bolsas seguem ladeira abaixo

4 de abril de 2025 - 14:00

O presidente do banco central norte-americano enfrenta o republicano e manda recado aos investidores, mas sangria nas bolsas mundo afora continua e dólar dispara

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell

4 de abril de 2025 - 8:16

Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem

MODO DEFESA

Ações para se proteger da inflação: XP monta carteira de baixo risco para navegar no momento de preços e juros altos

3 de abril de 2025 - 19:14

A chamada “cesta defensiva” tem dez empresas, entre bancos, seguradoras, companhias de energia e outros setores classificados pela qualidade e baixo risco

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar