Mineração de bitcoin já não é mais tão lucrativa, e mineradores recorrem a empréstimos para sobreviver ao ‘grande inverno cripto’
Recentemente, a Binance lançou plataforma de lending de US$ 500 milhões para mineradores, que vêm sofrendo com alta no custo da energia e queda no preço do bitcoin
A mineração de bitcoin vem passando por dificuldades com a escalada do custo da energia em nível global e os preços depreciados da principal criptomoeda do mundo em um momento de mercado difícil.
Por isso, algumas empresas do mercado cripto têm se voltado a conceder crédito para mineradores, que têm precisado recorrer a empréstimos para sobreviver.
Recentemente, a Binance, maior exchange (corretora) de criptomoedas do mundo, lançou uma plataforma de lending para mineradores de bitcoin no valor de US$ 500 milhões.
As plataformas de lending são alternativas para concessão de crédito a empresas que atuam no mercado de criptoativos, uma vez que elas geralmente não conseguem obter financiamentos junto a instituições financeiras tradicionais.
A companhia disse que a Binance Pool é voltada para grandes empresas de mineração de bitcoin e de infraestrutura para ativos digitais, de capital aberto ou fechado, em nível global.
Os mutuários terão acesso a linhas de crédito com prazos de 18 a 24 meses, com taxas de juros variando de 5% a 10%. Eles também deverão oferecer hardware de mineração ou criptoativos como garantia, ativos cuja qualidade será avaliada pela própria Binance.
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A Binance não é a primeira a atuar nesse mercado. No início do mês, a Maple Finance anunciou US$ 300 milhões em lending para mineradores, a uma taxa de juros que pode chegar a 20%.
Mineração de bitcoin passa por seu momento mais difícil
Por ser uma atividade intensiva em consumo de energia, a mineração de bitcoin tem sofrido com a escalada dos preços nesse mercado em um momento em que a criptomoeda se encontra bastante depreciada e sem perspectivas de voltar a se valorizar no curto e médio prazo.
As receitas com mineração de bitcoin caíram quase 60% desde o início do ano, de acordo com o site Blockchain.com. A cotação do bitcoin recuou na mesma proporção no período, atingindo o atual patamar na faixa dos US$ 19 mil, do qual vem apresentando dificuldade para sair.
Apenas em setembro, a empresa Compute North pediu falência, a Iris Energy vendeu US$ 100 milhões em ações para gerar caixa, a Compass Mining fechou as suas operações na Geórgia, e a Poolin, uma das maiores mineradoras, congelou saques. A dificuldade de mineração da rede também se encontra no seu nível mais alto da história.
*Com informações do Decrypt
Papo Cripto #029: Crise das ‘moedas fortes’: libra e euro em queda dão espaço para bitcoin e criptomoedas crescerem, segundo analista. Ouça a entrevista no tocador abaixo:
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